O genocídio na Faixa de Gaza
Joka Faria
Que desafio escrever nestes dias de dor na humanidade. Acabei de assistir o depoimento de um menino na Faixa de Gaza. Como podemos estar diante de uma calamidade como esta, que nos atinge a todo momento?
Sou professor e vejo o desperdício nas merendas escolares. E estamos acompanhando de mãos atadas este genocídio. Aquele território foi invadido pelo povo de Israel, após o término da Segunda Guerra. Um povo que sofreu com milhões de mortes, assim como ciganos, homossexuais, deficientes físicos, pelo nazismo; e agora está fazendo o mesmo com mulheres e crianças sem nenhuma defesa do tal Hamas (que desapareceu?). Estão tentando eliminar mais de três milhões de pessoas? Como garotos como estes, ao chegarem à idade adulta, irão se comportar? Acharão a barbárie algo natural? Enfim, como pacificar aquela região? E agora com a possível eleição de Donald Trump na ainda maior potência bélica e econômica, enquanto os chineses não ocupam esta posição. E um país como o Brasil, seu presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se omite, assim como a África do Sul.
Eu gostaria de fazer poemas, crônicas, romances ao Povo Palestino. Como organizar uma resistência planetária contra este genocídio? Somos simples cidadãos, também vítimas das forças neoliberais. Como a humanidade irá superar essa política perversa? Como nos manifestar de forma que ecoe? Nos anos sessenta do século vinte, houve protestos contra a guerra do Vietnã e agora outro país se manifesta? Guerras, genocídios e a fome assolam a Faixa de Gaza. E na Europa uma guerra na Ucrânia. Nunca veremos uma proposta e uma ação que faça a ideologia capitalista perder a hegemonia?
João Carlos Faria
10 de Março de 2024, Domingo
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