OSCAR 2017 – Comentários sobre todas as categorias
*BEST PICTURE*
*MELHOR FILME*
* Vencedor: Moonlight (Moonlight: Sob a Luz do Luar)
Também concorriam:
* Arrival (A Chegada)
* Hacksaw Ridge (Até o Último Homem)
* Hidden Figures (Estrelas Além do Tempo)
* Lion (Lion: Uma Jornada para Casa)
* La La Land (La La Land: Cantando Estações)
* Fences (Um Limite Entre Nós)
* Hell or High Water (A Qualquer Custo)
* Manchester by The Sea (Manchester à Beira-Mar)
Daltopinião: a vitória de “Moonlight” tornou-se histórica pela absurda gafe quando da revelação de quem venceria o Oscar de Melhor Filme… ecoando o concurso de Miss Universo, Warren Beatty e Faye Dunaway anunciaram “La La Land”, e quando o erro foi corrigido, o elenco do musical já estava no palco pronto para fazer seus agradecimentos. Consternação geral e erro imperdoável da organização. Mas gafes à parte, a vitória ficou em ótimas mãos, com o belíssimo drama baseado numa peça de teatro, que pinta a imagem da solidão num belíssimo estilo contemplativo. Atuações grandiosas e direção inspirada, “Moonlight: Sob a Luz do Luar” é um filme em três atos com uma narrativa peculiar, que abraça as relações humanas e o autoconhecimento de forma grandiosa. Foi também o vencedor do Globo de Ouro de Melhor Drama este ano.
*DIRECTING*
*MELHOR DIRETOR*
* Vencedor: Damien Chazelle, por La La Land (La La Land: Cantando Estações)
Também concorriam:
* Denis Villeneuve, por Arrival (A Chegada)
* Mel Gibson, por Hacksaw Ridge (Até o Último Homem)
* Kenneth Lonergan, por Manchester by The Sea (Manchester à Beira-Mar)
* Barry Jenkins, por Moonlight (Moonlight: Sob a Luz do Luar)
Daltopinião: o jovem cienasta Damien Chazelle já havia dito a que veio com “Whiplash”, há dois anos, e agora consegue sua consagração definitiva com a vitória pela Direção de “La La Land”, sem contar que seu filme já havia vendido 7 Globos de Ouro este ano (incluindo Melhor Diretor). Ele era o favorito por seu belíssimo musical contemporâneo, que alcançou enorme sucesso de público e crítica, e aos 32 anos, se tornou com méritos o mais jovem vencedor da estatueta de Melhor Diretor da história do Oscar. Incluindo sua indicação também este ano para Melhor Roteiro Original por “La La Land”, esta foi a terceira vez que Chazelle concorreu (a outra foi por Melhor Roteiro Adaptado por “Wiplash”).
*ACTOR IN A LEADING ROLE*
*MELHOR ATOR*
* Vencedor: Casey Affleck, por Manchester by The Sea (Manchester à Beira-Mar)
Também concorriam:
* Andrew Garfield, por Hacksaw Ridge (Até o Último Homem)
* Ryan Gosling, por La La Land (La La Land: Cantando Estações)
* Viggo Mortensen, por Captain Fantastic (Capitão Fantástico)
* Denzel Washington, por Fences (Um Limite Entre Nós)
Daltopinião: o melhor trabalho entre os concorrentes foi a atuação portentosa de Denzel Washington em “Fences (Um Limite Entre Nós)”, mas aí seria o terceiro Oscar… esqueça, a Academia não faria isso, apenas Jack Nicholson, Walter Brennan (e este sempre como Coadjuvante) e Daniel Day-Lewis conseguiram tal feito entre os homens, é um feito absurdamente difícil. Então estava claro que escolheriam outro nome, e o eleito acabou sendo Casey Affleck, por sua excelente atuação em “Manchester à Beira-Mar”, um filme de fortíssima carga emocional, de difícil realização. Affleck, que já havia levado para casa o Globo de Ouro de Melhor Ator em Drama por este papel, com a ajuda do diretor Kenneth Lonergan, conseguiu entregar um grandíssimo trabalho, superior a qualquer um que ele já havia apresentado antes, e por isso não se pode dizer que tenha sido uma vitória injusta. Esta foi a primeira vitória de Casey Affleck, e sua segunda nomeação ao Oscar. Ele já havia concorrido em 2007 para Melhor Ator Coadjuvante por “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford”.
*ACTRESS IN A LEADING ROLE*
*MELHOR ATRIZ*
* Vencedora: Emma Stone, por La La Land (La La Land: Cantando Estações)
Também concorriam:
* Isabelle Huppert, por Elle (Elle)
* Ruth Negga, por Loving (Loving)
* Natalie Portman, por Jackie (Jackie)
* Meryl Streep, por Florence Foster Jenkins (Florence: Quem é Essa Mulher?)
Daltopinião: Meryl, concorrendo pela incrível vigésima vez (!!!) não venceria seu quarto Oscar… afinal, segundo o profundo conhecedor da Sétima Arte, Donald Trump, ela é apenas uma atriz supervalorizada. A melhor atuação aqui foi mesmo a da excepcional atriz francesa Isabelle Huppert, por “Elle”, mas não se pode apagar o grande trabalho entregue por Emma Stone, na melhor atuação de sua carreira, em “La La Land: Cantando Estações”. Era a favorita da Academia e acabou levando seu primeiro Oscar para casa já em sua segunda nomeação. Ela já havia concorrido como Melhor Atriz Coadjuvante por “Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância”, em 2015.
*WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)*
*MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*
* Vencedor: Kenneth Lonergan, por Manchester by The Sea (Manchester à Beira-Mar)
Também concorriam:
* Taylor Sheridan, por Hell or High Water (A Qualquer Custo)
* Damien Chazelle, por La La Land (La La Land: Cantando Estações)
* Yorgos Lanthimos e Efthimis Filippou , por The Lobster (O Lagosta)
* Mike Mills, por 20th Century Women (Mulheres do Século XX)
Daltopinião: aqui o favorito era Damien Chazelle , que já havia vencido o Globo de Ouro desta categoria este ano, mas Kenneth Lonergan, correndo por fora, acabou sendo o vencedor por seu grande script para “Manchester à Beira-Mar”. Não se pode dizer que tenha sido uma premiação injusta. Curiosa mesmo nessa categoria foi a participão do estranhíssimo roteiro de “O Lagosta”, um filme de crítica social ácido e criativo, mas inegavelmente bizarro. Incluindo sua nomeação este ano para Melhor Diretor, esta foi a quarta participação e primeira vitória de Lonergan, que já havia concorrido em 2003 por “Gangues de Nova York”, e em 2001 por “Conte Comigo”, ambos por Melhor Roteiro Original.
*WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)*
*MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*
* Vencedor: Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney, por Moonlight (Moonlight: Sob a Luz do Luar)
Também concorriam:
* Eric Heisserer, por Arrival (A Chegada)
* August Wilson, por Fences (Um Limite Entre Nós)
* Allison Schroeder e Theodore Melfi, por Hidden Figures (Estrelas Além do Tempo)
* Luke Davis, por Lion (Lion: Uma Jornada para Casa)
Daltopinião: venceu o melhor e o favorito, pois “Moonlight: Sob a Luz do Luar” entregou um roteiro visceral e marcante, que realmente se destacava na categoria. Mas há de se louvar a participação de a “A Chegada”, grande roteiro que prova que a ficção-científica pode sim encarar de frente os roteiros dos grandes dramas. Esta foi a primeira estatueta de Barry Jenkins, e incluindo sua nomeação este ano para Melhor Diretor, foi a segunda vez que ele concorria, enquanto Tarell Alvin McCraney venceu já em sua primeira nomeação.
*ACTOR IN A SUPPORTING ROLE*
*MELHOR ATOR COADJUVANTE*
* Vencedor: Mahershala Ali, por Moonlight (Moonlight: Sob a Luz do Luar)
Também concorriam:
* Jeff Bridges, por Hell or High Water (A Qualquer Custo)
* Lucas Hedges, por Manchester by The Sea (Manchester à Beira-Mar)
* Dev Patel, por Lion (Lion: Uma Jornada para Casa)
* Michael Shannon, por Nocturnal Animals (Animais Noturnos)
Daltopinião: ator muito conhecido pelos fãs de séries (“The 4400”, “House of Cards” e agora “Luke Cage”), Mahershala Ali agora conquista a Tela Grande por sua grande atuação como Juan, em “Moonlight: Sob a Luz do Luar”. Já que o vencedor do Globo de Ouro na categoria, “Aaron Taylor Johnson”, absurdamente não foi sequer indicado mesmo entregando um excelente trabalho em “Animais Noturnos”, o caminho ficou mais fácil para Mahershala ser o primeiro ator muçulmano a levar a estatueta para casa. Sei que é complicado mas guardem esse nome, pois o Cinema finalmente reconheceu esse grande ator, que concorria pela primeira vez ao Oscar.
*ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE*
*MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*
* Vencedora: Viola Davis, por Fences (Um Limite Entre Nós)
Também concorriam:
* Naomie Harris, por Moonlight (Moonlight: Sob a Luz do Luar)
* Nicole Kidman, por Lion (Lion: Uma Jornada para Casa)
* Octavia Spencer, por Hidden Figures (Estrelas Além do Tempo)
* Michelle Williams, por Manchester by The Sea (Manchester à Beira-Mar)
Daltopinião: aqui a vitória era barbada… não tinha como o Oscar não ir para as mãos de Viola Davis, por sua espetacular atuação em “Um Limite Entre Nós”. Vencedora este ano do Globo de Ouro, do Bafta, do Screen Actors Guild, entre outros, o Oscar foi a cereja do bolo para esta grande atriz, vencedora com todos os méritos. Esta foi a terceira nomeação de Davis e sua primeira vitória. Ela já havia concorrido para Melhor Atriz Principal em 2012 por “Histórias Cruzadas” e para Melhor Atriz Coadjuvante em 2009 por “Dúvida”.
*ANIMATED FEATURE FILM*
*LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*
* Vencedor: Zootopia (Zootopia: Essa Cidade é o Bicho), por Byron Howard, Rich Moore e Clark Spencer
Também concorriam:
* Kubo and The Two Strings (Kubo e as Cordas Mágicas), por Travis Knight e Arianne Sutner
* Moana (Moana: Um Mar de Aventuras), por John Musker, Ron Clements e Osnat Shurer
* My Life as a Zucchini (Minha Vida de Abobrinha), por Claude Barras and Max Karli
* The Red Turtle (A Tartaruga Vermelha), por Michael Dudok de Wit e Toshio Suzuki
Daltopinião: apesar da qualidade inegável de concorrentes como “Kubo e as Cordas Mágicas” e “Moana: Um Mar de Aventuras”, o favoritismo era mesmo todo de “Zootopia: Essa Cidade é o Bicho”, que já havia vencido o Globo de Ouro este ano. Eu particularmente prefiro a maior originalidade dos dois primeiros, mas é inegável que este desenho da Disney é de enorme qualidade. Foi a primeira vitória de Byron Howard, que já havia concorrido anteriormente em 2009 por “Bolt – Supercão”, Rich Moore também teve sua primeira vitória em sua segunda aparição no Oscar, já tendo concorrido em 2013 por “Detona Ralph”, já Clark Spencer debutava na cerimônia.
*PRODUCTION DESIGN*
*DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS*
* Vencedor: La La Land (La La Land: Cantando Estações), por David Wasco (Direção de Arte) e Sandy Reynolds-Wasco (Cenários)
Também concorriam:
* Arrival (A Chegada), por Patrice Vermette (Direção de Arte) e Paul Hotte (Cenários)
* Fantastic Beasts and Where to Find Them (Animais Fantásticos e Onde Habitam), por Stuart Craig
(Direção de Arte) e Anna Pinnock (Cenários)
* Hail, Caesar! (Ave César!), por Jess Gonchor (Direção de Arte) e Nancy Haigh (Cenários)
* Passengers (Passageiros), por Guy Hendrix Dyas (Direção de Arte) e Gene Serdena (Cenários)
Daltopinião: apesar de não ser destacado, o favoritismo era mesmo de “La La Land: Cantando Estações”, que confirmou as previsões e saiu vitorioso nessa categoria, com méritos, apesar de eu ter gostado muito da Direção de Arte de “Animais Fantásticos e Onde Habitam”. Tanto David Wasco quanto Sandy Reynolds-Wasco venceram pela primeira vez, já em sua primeira nomeação.
*CINEMATOGRAPHY*
*FOTOGRAFIA*
* Vencedor: La La Land (La La Land: Cantando Estações), por Linus Sandgren
Também concorriam:
* Arrival (A Chegada), por Bradford Young
* Lion (Lion: Uma Jornada para Casa), por Greig Fraser
* Moonlight (Moonlight: Sob a Luz do Luar), por James Laxton
* Silence (Silêncio), por Rodrigo Prieto
Daltopinião: esta era uma categoria muito disputada, onde praticamente qualquer um dos concorrentes poderia ter sido vencedor. Como criticar por exemplo as belíssimas Fotografias de “Silêncio” ou “Lion: Uma Jornada para Casa”? Mas “La La Land: Cantando Estações” entregou mesmo um trabalho digno e merecedor de levar mais uma estatueta para casa. Linus Sandgren venceu pela primeira vez, logo em sua primeira nomeação.
*COSTUME DESIGN*
*FIGURINO*
* Vencedor: Fantastic Beasts and Where to Find Them (Animais Fantásticos e Onde Habitam), por Colleen Atwood
Também concorriam:
* Allied (Aliados) , por Joanna Johnston
* Florence Foster Jenkins (Florence: Quem é Essa Mulher?), por Consolata Boyle
* Jackie (Jackie), por Madeline Fontaine
* La La Land (La La Land: Cantando Estações), por Mary Zophres
Daltopinião: apesar da qualidade de “Jackie” nesta categoria, era inegável que “Animais Fantásticos e Onde Habitam” se destacava no “Figurino”, e merecia levar a estatueta dourada para casa, como realmente acabou acontecendo. O trabalho de Colleen Atwood, para variar, foi muito acima da média, e com isso ela saiu vitoriosa pela quarta vez. Seus Oscars anteriores foram por “Alice no País das Maravilhas” em 2011, “Memórias de uma Gueixa” em 2006 e “Chicago” em 2003. Fora suas vitórias, ela já havia concorrido por “Caminhos da Floresta” em 2015, “Branca de Neve e o Caçador” em 2013, “Nine” em 2010, “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” em 2008, “Desventuras em Série” em 2005, “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça” em 2000, “Bem-Amada” em 1999 e “Adoráveis Mulheres” em 1995.
*FILM EDITING*
*MONTAGEM*
* Vencedor: Hacksaw Ridge (Até o Último Homem), por John Gilbert
Também concorriam:
* Arrival (A Chegada), por Joe Walker
* Hell or High Water (A Qualquer Custo), por Jake Roberts
* La La Land (La La Land: Cantando Estações), por Tom Cross
* Moonlight (Moonlight: Sob a Luz do Luar), por Nat Sanders e Joi McMillon
Daltopinião: vários belos trabalhos aqui… muito difícil dizer qual “Montagem” foi a mais competente, e a vitória coube ao grande trabalho de John Gilbert por “Até o Último Homem”. Sem dúvida um dos destaques do filme de Mel Gibson foi sua “Edição”, e o prêmio foi merecido. Foi sua primeira vitória, e a segunda vez que concorria, tendo estado presente na cerimônia de 2002 pela Montagem de “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”.
*MAKEUP AND HAIRSTYLING*
*MAQUIAGEM & PENTEADO*
* Vencedor: Suicide Squad (Esquadrão Suicida), por Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson
Também concorriam:
* A Man Called Ove (Um Homem Chamado Ove) , por Eva Von Bahr e Love Larson
* Star Trek Beyond (Star Trek: Sem Fronteiras), por Joel Harlow e Richard Alonzo
Daltopinião: “Esquadrão Suicida” bater “Star Trek: Sem Fronteiras” em “Maquiagem”? Aliás, “Esquadrão Suicida” bater qualquer filme em qualquer categoria que seja? Vai entender os votantes da Academia… algumas vezes não dá pra entender o Oscar e suas escolhas. Esta foi a primeira vitória do trio Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson, e também a primeira vez que concorriam.
*MUSIC (ORIGINAL SCORE)*
*TRILHA SONORA ORIGINAL*
* Vencedor: La La Land (La La Land: Cantando Estações), por Justin Hurwitz
Também concorriam:
* Jackie (Jackie), por Mica Levi
* Lion (Lion: Uma Jornada para Casa), por Dustin O’Halloran e Hauschka
* Moonlight (Moonlight: Sob a Luz do Luar), por Nicholas Britell
* Passengers (Passageiros), por Thomas Newman
Daltopinião: a comovente Trilha de “La La Land: Cantando Estações” era a grande favorita e acabou mesmo levando o Oscar para casa, merecidamente. O musical comtemporâneo de Damien Chazelle não tinha como perder nesta categoria. Incluindo as duas músicas de Justin Hurwitz que concorriam este ano para “Melhor Canção” esta foi a terceira vez que ele concorria, tendo vencido aqui e também para “Original Song”… que noite para Hurwitz!
*MUSIC (ORIGINAL SONG)*
*CANÇÃO*
* Vencedor: La La Land (La La Land: Cantando Estações), por “City of Stars”
Música de Justin Hurwitz, canção de Benj Pasek e Justin Paul
Também concorriam:
* La La Land (La La Land: Cantando Estações), por “Audition (The Fools Who Dream)”
Música de Justin Hurwitz, canção de Benj Pasek e Justin Paul
* Trolls (Trolls), por “Can’t Stop the Feeling”
Música e canção de Justin Timberlake, Max Martin e Karl Johan Schuster
* Jim: The James Foley Story (Jim: a História de James Foley), por “The Empty Chair”
Música e canção de J. Ralph e Sting
* Moana (Moana: Um Mar de Aventuras), por “How Far I’ll Go”
Música e canção de Lin-Manuel Miranda
Daltopinião: vencedor para “Melhor Trilha Original” e concorrendo com duas músicas para “Melhor Canção”… isto que se chama debutar no Oscar de forma arrasadora, não é mesmo Justin Hurwitz? Ele acabou saindo vencedor por “City of Stars”, que bateu a bela concorrente de “Moana: Um Mar de Aventuras”. Seus companheiros na canção foram os letristas Benj Pasek, que concorria pela segunda vez (contando sua outra música nesta categoria) e venceu pela primeira, e Justin Paul, em situação idêntica ao de Pasek.
*VISUAL EFFECTS*
*EFEITOS VISUAIS*
* Vencedor: The Jungle Book (Mogli: O Menino Lobo), por Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones
e Dan Lemmon
Também concorriam:
* Deepwater Horizon (Horizonte Profundo: Desastre no Golfo), por Craig Hammack, Jason Snell,
Jason Billington e Burt Dalton
* Doctor Strange (Doutor Estranho), por Stephane Ceretti, Richard Bluff, Vincent Cirelli e Paul Corbould
* Kubo and The Two Strings (Kubo e as Cordas Mágicas), por Steve Emerson, Oliver Jones, Brian McLean
e Brad Schiff
* Rogue One: A Star Wars Story (Rogue One: Uma História Star Wars), por John Knoll, Mohen Leo, Hal Hickel
e Neil Corbould
Daltopinião: minha torcida ia toda para “Rogue One: Uma História Star Wars”, mas a vitória acabou mesmo com o favorito “Mogli: O Menino Lobo”, que entregou uma qualidade portentosa nos “Efeitos Visuais”, e mereceu ter levado o Oscar para a selva, ops, para casa. O premiadíssimo Robert Legato concorria pela quarta vez e levou sua terceira estatueta dourada para casa. Ele também havia vencido em 2012 por “A Invenção de Hugo Cabret”, e em 1998 por “Titanic”, além de ter sido nomeado em 1996 por “Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo”; Adam Valdez debutava na cerimônia e consequentemente venceu pela primeira vez; Andrew R. Jones concorria pela terceira vez e saiu vencedor pela segunda, já tendo sido laureado em 2010 por “Avatar” e nomeado em 2005 por “Eu, Robô”; já Dan Lemmon venceu pela primeira vez mas concorria pela terceira, tendo sido nomeado em 2015 por “Planeta dos Macacos: O Confronto” e em 2012 por “Planeta dos Macacos: A Origem”.
*SOUND EDITING*
*EDIÇÃO DE SOM*
* Vencedor: Arrival (A Chegada), por Sylvain Bellemare
Também concorriam:
* Deepwater Horizon (Horizonte Profundo: Desastre no Golfo), por Wylie Stateman e Renée Tondelli
* Hacksaw Ridge (Até o Último Homem), por Robert Mackenzie e Andy Wright
* La La Land (La La Land: Cantando Estações), por Ai-Ling Lee e Mildred Iatrou Morgan
* Sully (Sully: O Herói do Rio Hudson), por Alan Robert Murray e Bub Asman
Daltopinião: a bela e delicada ficção-científica “A Chegada” saiu vencedora com méritos! Apesar da concorrência de peso, sua “Edição de Som” foi mesmo de altíssima qualidade, sendo um dos destaques desta marcante película. Sylvain Bellemare levou seu primeiro Oscar, já na primeira vez em que concorria.
*SOUND MIXING*
*MIXAGEM DE SOM*
* Vencedor: Hacksaw Ridge (Até o Último Homem), por Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mckenzie e Peter Grace
Também concorriam:
* Arrival (A Chegada), por Bernard Gariépy Strobl e Claude La Haye
* La La Land (La La Land: Cantando Estações), por Andy Nelson, Ai-Ling Lee e Steve A. Morrow
* Rogue One: A Star Wars Story (Rogue One: Uma História Star Wars), por David Parker, Christopher Scarabosio
e Stuart Wilson
* 13 Hours: The Secret Soldiers of Benghazi (13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi), por Greg P. Russell,
Gary Summers, Jeffrey J. Haboush e Mac Ruth
Daltopinião: na briga equilibrada contra “A Chegada” e “Rogue One: Uma História Star Wars”, que também poderiam tr sido vencedores, quem acabou levando foi mesmo o grande filme de Mel Gibson, que também apresentou uma “Mixagem de Som” impecável. Provavelmente Kevin O’Connell foi o vencedor que mais comemorou a vitória neste Oscar… motivo? Ele concorria pela vigésima-primeira vez, e finalmente conseguiu sua primeira estatueta! Ele havia estado na cerimônia antes em 2008 por “Transformers”, em 2007 por “Apocalypto”, em 2006 por “Memórias de uma Gueixa”, em 2005 por “Homem-Aranha 2” (esses 4 por “Mixagem de Som”), em 2003 por “Homem-Aranha”, em 2002 por “Pearl Harbour”, em 2001 por “O Patriota”, em 1999 por “Armagedom”, em 1998 por “A Máscara do Zorro”, em 1998 por “Con Air – A Rota a Fuga”, em 1997 por “A Rocha”, em 1997 por “Twister”, em 1996 por “Maré Vermelha”, em 1993 por “Questão de Honra”, em 1991 por “Dias de Trovão”, em 1990 por “Chuva Negra”, em 1987 por “Tog Gun – Ases Indomáveis”, em 1986 por “Silverado”, em 1985 por “Duna”, e em 1984 por “Laços de Ternura” (todos esses últimos pela extinta categoria “Melhor Som”). Andy Wright venceu pela primeira vez, e incluindo sua indicação este ano também para “Edição de Som”, concorria pela segunda vez. Robert Mckenzie vivia a mesmíssima situação de Andy Wright, já Peter Grace levou seu primeiro Oscar já na primeira vez que concorria.
*FOREIGN LANGUAGE FILM*
*FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA*
* Vencedor: The Salesman (O Apartamento) – Irã. Direção de Asghar Farhadi
Também concorriam:
* Land of Mine (Terra de Minas) – Dinamarca. Direção de Martin Zandvliet
* A Man Called Ove (Um Homem Chamado Ove) – Suécia. Direção de Hannes Holm
* Tanna (Tanna) – Austrália. Direção de Bentley Dean e Martin Butler
* Toni Erdmann (Toni Erdmann) – Alemanha. Direção de Maren Ade
Daltopinião: a película iraniana era mesmo a grande favorita e confirmou o que se esperava, levando para seu país o segundo Oscar de sua história. A outra vitória havia sido de “A Separação”, na cerimônia de 2012, e fora isso o Irã também havia concorrido em 1999 por “Filhos do Paraíso”. Vale destacar que Asghar Farhadi não compareceu à cerimônia, em protesto à política de Donald Trump, mas mandou um belíssimo texto que foi lido quando seu filme saiu vencedor.
*DOCUMENTARY FEATURE*
*DOCUMENTÁRIO*
* Vencedor: O.J.: Made in America (sem nome em português), por Ezra Edelman e Caroline Waterlow
Também concorriam:
* Fire at Sea (Fogo no Mar), por Gianfranco Rosi e Donatella Palermo
* I Am Not Your Negro (Eu Não Sou Negro), por Raoul Peck, Rémi Grellety e Hébert Peck
* Life, Animated (Vida, Animada), por Roger Ross Williams and Julie Goldman
* 13 (13ª Emenda), por Roger Ross Williams e Julie Goldman
5 capitulos 7h e meia espn
Daltopinião: mais um concorrente que confirmou seu favoritismo, pois o documentário em forma de minissérie da ESPN sobre o ex-astro de futebol americano era destacado como franco-favorito nesta categoria. Tanto Ezra Edelman quanto Caroline Waterlow venceram pela primeira vez, já em sua primeira indicação ao Oscar.
*DOCUMENTARY SHORT SUBJECT*
*DOCUMENTÁRIO – CURTA*
* Vencedor: The White Helmets (Os Capacetes Brancos), por Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara
Também concorriam:
* Extremis (Extremis), por Dan Krauss
* 4.1 Miles (sem nome em português), por Daphne Matziaraki
* Joe’s Violin (O Violino de Joe), por Kahane Cooperman e Raphaela Neihausen
* Watani: My Homeland (sem nome em português), por Marcel Mettelsiefen e Stephen Ellis
Daltopinião: merecidíssima vitória para o curta de Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara, que fala sobre o grupo de voluntários que busca sobreviventes em meio aos escombros do massacre que vem ocorrendo na Síria. Imperdível e vale salientar, está disponível na Netflix. A dupla vencedora levou seu primeiro Oscar, mas já havia concorrido em 2015 para “Melhor Documentário”, por “Virunga”.
*SHORT FILM (ANIMATED)*
*CURTA DE ANIMAÇÃO*
* Vencedor: Piper, por Alan Barillaro e Marc Sondheimer
Também concorriam:
* Blind Vaysha, por Theodore Ushev
* Borrewed Time, por Andrew Coats e Lou Hamou-Lhadj
* Pear Cider and Cigarettes, por Robert Valley and Cara Speller
* Pearl, Patrick Osborne
(todos sem nome em português)
Daltopinião: se “Piper” não tivesse vencido seria uma absurda injustiça… o curta da Disney é simplesmente apaixonante e encantou a todos que o assistiram. Premiação merecidíssima para Alan Barillaro e Marc Sondheimer, que debutavam no Oscar e consequentemente foram laureados pela primeira vez.
*SHORT FILM (LIVE ACTION)*
*CURTA-METRAGEM*
* Vencedor: Sing, por Kristof Deák e Anna Udvardy
Também concorriam:
*Ennemis Intérieurs, por Sélim Azzazi inimigos interiores
*La Femme et le TGV, por Timo von Gunten e Giacun Caduff
*Silent Nights, por Aske Bang e Kim Magnusson
*Timecode, por Juanjo Giménez
(todos sem nome em português)
Daltopinião: o favorito aqui era o espanhol “Timecode”, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, mas para nossa surpresa a vitória coube a “Sing”, que fala sobre duas alunas que enfrentam uma professora cruel que proíbe que os desafinados cantem no coro da escola. Esta foi a primeira indicação ao Oscar tanto de Kristof Deák quanto de Anna Udvardy, e já saíram vitoriosos.
DALTO FIDENCIO
nils satis nisi optimum
http://www.facebook.com/dalto.fidencio
http://twitter.com/DaltoFidencio
Ruiva sempre me prestigia… é minha fã fiel, rs!
Tardo mas não falho, Beth! Grato por suas palavras!
É sempre com ansiedade que espero a Daltopinão, e sem nenhuma dúvida é a melhor!
Eu estava ansiosa à espera das Daltopiniões e estou satisfeitíssima em ler os melhores comentários sobre o Oscar 2017 que só poderiam ser do nosso querido colunista e crítico de cinema, Dalto Fidencio. Um grande orgulho tê-lo conosco.