* BEST PICTURE*
* MELHOR FILME*
* Vencedor: Oppenheimer
Também concorriam:
* American Fiction (Ficção Americana)
* Anatomy of a Fall (Anatomia de Uma Queda)
* Barbie
* The Holdovers (Os Rejeitados)
* Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores)
* Maestro
* Past Lives (Vidas Passadas)
* Poor Things (Pobres Criaturas)
* The Zone of Interest (Zona de Interesse)
Daltopinião: e o maior favorito saiu vencedor! A obra-prima de Nolan, que já havia vencido o Globo de Ouro, BAFTA, Critics’ Choice, entre outros, dificilmente sairia da cerimônia sem a estatueta dourada também, e deu a lógica. O filme nos conta com maestria a vida de J. Robert Oppenheimer, fisico que lidera uma equipe durante o Projeto Manhattan, levando ao desenvolvimento do maior artefato de destruição até então criado pela humanidade, a bomba atômica. Temos aqui uma película magnífica, bem ao estilo de seu diretor, que não permite que ninguém saia indiferente após assistí-la. Cinema representado em toda sua grandeza e com o bônus de ter o Oscar entregue pelo mestre Al Pacino.
*DIRECTING*
*MELHOR DIRETOR*
* Vencedor: Christopher Nolan, por Oppenheimer
Também concorriam:
* Justine Triet, por Anatomy of a Fall (Anatomia de Uma Queda)
* Martin Scorsese, por Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores)
* Yorgos Lanthimos, por Poor Things (Pobres Criaturas)
* Jonathan Glazer, por The Zone of Interest (Zona de Interesse)
Daltopinião: desde seu segundo longa, o surpreendente Amnésia, de 2000, que Nolan já havia mostrado a todos que ali estava um cineasta diferente, que em pouco tempo entraria para o clube dos grandes de sua área, e isso foi comprovado com filmes incríveis que vieram depois, como O Grande Truque, de 2006, a trilogia do Batman (2005 – 2012), A Origem, de 2010 e o inigualável Interestelar, de 2014, só para citar alguns. Christopher Nolan dá enorme personalidade a cada um de seus filmes, jamais sendo “apenas mais um”, e seu incrível talento acabou laureado com uma série de prêmios este ano, como Globo de Ouro, BAFTA, Critics’ Choise, entre outros. É claro que o Oscar não poderia ficar faltando para este genial diretor.
* ACTOR IN A LEADING ROLE*
* MELHOR ATOR*
* Vencedor: Cillian Murphy, por Oppenheimer
Também concorriam:
* Bradley Cooper, por Maestro
* Colman Domingo, por Rustin
* Paul Giamatti, por The Holdovers (Os Rejeitados)
* Jeffrey Wright, por American Fiction (Ficção Americana)
Daltopinião: figurinha carimbada nos filmes de Nolan, faltava a Murphy um grande papel de protagonista onde ele poderia mostrar uma atuação com a potência que ele entregou na magnífica série Peaky Blinders, onde ele é quase uma força da natureza. E enfim veio Oppenheimer, e o desfecho todos sabemos… uma profusão de prêmios para este grande ator, onde o Oscar acabou sendo a cereja do bolo. Merecidíssimo. Em tempo. destaque também para seu belo discurso pacifista ao receber a estatueta dourada.
* ACTRES IN A LEADING ROLE*
* MELHOR ATRIZ*
* Vencedora: Emma Stone, por Poor Things (Pobres Criaturas)
Também concorriam:
* Annette Bening, por NYAD
* Lily Gladstone, por Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores)
* Sandra Hüller, por Anatomy of a Fall (Anatomia de Uma Queda)
* Carey Mulligan, por Maestro
Daltopinião: aqui tínhamos uma batalha muito acirrada… de uma lado Emma Stone, com a atuação de sua vida em Pobres Criaturas, e do outro Lily Gladstone, que havia entregado uma atuação espetacular em Assassinos da Lua das Flores. Cada uma vencedora de um Globo de Ouro na temporada, qualquer uma das duas que saísse vencedora seria merecedora, seria como ter que escolher entre Paul e John. E Emma Stone acabou vencedora, por uma interpretação impressionante e desafiadora, com uma aula de atuação, onde o desenvolvimento de sua personagem no filme é de uma potência poucas vezes vista. Como apenas 35 anos ela já leva seu segundo Oscar para casa, com todos os méritos.
* WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)*
* MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*
* Vencedor: Justine Triet & Arthur Harari, por Anatomy of a Fall (Anatomia de Uma Queda)
Também concorriam:
* David Hemingson, por The Holdovers (Os Rejeitados)
* Bradley Cooper & Josh Singer, por Maestro
* Samy Burch (roteiro); Samy Burch & Alex Mechanik (história), por May December (Segredos de um Escândalo)
* Celine Song, por Past Lives (Vidas Passadas)
Daltopinião: vencedor do Globo de Ouro nesta categoria, o filme francês era o grande favorito no Oscar também, e a previsão acabou se concretizando. O roteiro deste thriller intrigante, em que uma escritora alemã é suspeita de matar seu marido francês nos alpes, tendo como única testemunha o filho de 11 anos deficiente visual, fez grande sucesso nas premiações da Sétima Arte, e teria vencido também como Melhor Filme Internacional, caso tivesse sido indicado pela França nesta categoria. Destaque para o cãozinho Messi, que rouba a cena no filme e fez o mesmo na cerimônia do Oscar. Vitória merecida.
* WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)*
* MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*
* Vencedor: Cord Jefferson, por American Fiction (Ficção Americana)
Também concorriam:
* Greta Gerwig & Noah Baumbach, por Barbie
* Christopher Nolan, por Oppenheimer
* Tony McNamara, por Poor Things (Pobres Criaturas)
* Jonathan Glazer, por The Zone of Interest (Zona de Interesse)
Daltopinião: confesso que me surpreendi com a vitória de Ficção Americana, esperava a vitória de Oppenheimer por aqui, mas que grata surpresa! O roteiro deste filme traz a história de um escritor negro de enorme talento, mas que nunca faz sucesso por se recusar a mostrar os negros de forma estereotipada em seus escritos… até que, pressionado por seu editor, cria uma obra repleta de preconceitos… o resultado? Assista este grande filme e descubra! Obra que faz pensar, ousada e com muita critica social, a vitória de Ficção Americana foi merecidíssima.
* ACTOR IN A SUPPORTING ROLE*
* MELHOR ATOR COADJUVANTE*
* Vencedor: Robert Downey Jr. , por Oppenheimer
Também concorriam:
* Sterling K. Brown, por American Fiction
* Robert De Niro, por Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores)
* Ryan Gosling, por Barbie
* Mark Ruffalo, por Poor Things (Pobres Criaturas)
Daltopinião: já vencedor do Globo de Ouro nesta categoria, Downey Jr. era também o maior favorito para levar o Oscar para casa, apesar de grandes atuações como a de Sterling K. Brown e Mark Ruffalo. Em sua terceira indicação (havia concorrido por Chaplin – Melhor Ator, em 1993 e por Trovão Tropical – Melhor Ator Coadjuvante, em 2009), o eterno Homem de Ferro confirma uma das maiores voltas por cima da indústria do Cinema, e saiu merecidamente laureado.
* ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE*
* MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*
* Vencedora: Da’Vine Joy Randolph, por The Holdovers (Os Rejeitados)
Também concorriam:
* Emily Blunt, por Oppenheimer
* Danielle Brooks, por The Color Purple (A Cor Púrpura)
* America Ferrera, por Barbie
* Jodie Foster, por NYAD
Daltopinião: Da”Vine Joy Randolph era a favorita nesta categoria, pois já havia vencido também o Globo de Ouro por sua grandiosa atuação em Os Rejeitados. Ela domina a tela em suas cenas, entregando atuações poderosas, em diversas camadas. Atriz e cantora de sucesso na Broadway, ela agora parece ter vindo para ficar e brilhar também no Cinema… sorte dos fãs da Sétima Arte.
* ANIMATED FEATURE FILM*
* LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*
* Vencedor: The Boy and The Heron (O Menino e a Garça), por Hayao Miyazaki & Toshio Suzuki
Também concorriam:
* Elemental (Elementos), por Peter Sohn & Denise Ream
* Nimona, por Nick Bruno, Troy Quane, Karen Ryan & Julie Zackary
* Robot Dreams (Meu Amigo Robot), por Pablo Berger, Ibon Cormenzana, Ignasi Estapé & Sandra Tapia Díaz
* Spider-Man: Across The Spider-Verse (Homem-Aranha: Através do Aranhaverso), por Kemp Powers, Justin K. Thompson,
Phil Lord, Christopher Miller & Amy Pascal
Daltopinião: quando o Studio Ghibli está na parada, as gigantes Disney, Pixar e até um universo inteiro de heróis com poderes de aranha se veem impotentes… afinal, estamos falando de Miyazaki-sensei, um dos maiores gênios da animação que este planeta já viu. Aqui ele fazia dupla com Toshio Suzuki, e a nova criação da dupla já havia sido vencedora de inúmeros prêmios ao longo do ano, como por exemplo o Globo de Ouro. O excelente O Menino e a Garça era o grande favorito na categoria, e isso se confirmou com todos os méritos.
* PRODUCTION DESIGN*
* DESIGN DE PRODUÇÃO (DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS)*
* Vencedor: Poor Things (Pobres Criaturas), por James Price & Shona Heath (Direção de Arte) e Zsuzsa Mihalek (Cenários)
Também concorriam:
* Barbie, por Sarah Greenwood (Direção de Arte) e Katie Spencer (Cenários)
* Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores), por Jack Fisk (Direção de Arte) e Adam Willis (Cenários)
* Napoleon (Napoleão), por Arthur Max (Direção de Arte) e Ellli Griff (Cenários)
* Oppenheimer, por Ruth De Jong (Direção de Arte) e Claire Kaufman (Cenários)
Daltopinião: a Direção de Arte e os Cenários desta obra-prima cinematográfica chamada Pobres Criaturas foi muito acima da média, explorando todas as possibilidades e ajudando a contar com maestria a história desta fábula deliciosamente insana, ousada, divertida e imperdível. O Oscar foi para ótimas mãos.
* CINEMATOGRAPHY*
* FOTOGRAFIA*
* Vencedor: Oppenheimer, por Hoyte van Hoytema
Também concorriam:
* El Conde (O Conde), por Edward Lachman
* Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores), por Rodrigo Prieto
* Maestro, por Matthew Libatique
* Poor Things (Pobres Criaturas), por Robbie Ryan
Daltopinião: a Fotografia de Assassinos da Lua das Flores foi soberba, mas a Academia não parece ser muito fã de Martin Scorsese (vide que este grandioso filme simplesmente saiu de mãos abanando da cerimônia deste ano)… com isso, Hoyte van Hoytema, que havia entregado um incrível trabalho em Oppenheimer acabou sendo o grande laureado. Ele já havia vencido neste ano o prêmio da American Society of Cinematographers, tendo sua Fotografia, com uma iluminação muito específica para o filme de Nolan, reconhecida com todo o merecimento.
* COSTUME DESIGN*
* FIGURINO*
* Vencedor: Poor Things (Pobres Criaturas), por Holly Waddington
Também concorriam:
* Barbie, por Jacqueline Durran
* Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores), por Jacqueline West
* Napoleon (Napoleão), por Janty Yates & Dave Crossman
* Oppenheimer, por Ellen Mirojnick
Daltopinião: todos os concorrentes haviam mostrado trabalhos impecáveis, mas a vitória de Pobres Criaturas, com seu incrível Figurino, tinha que ser sacramentada. Todo aquele que assistir a esta fábula sublime, irá notar a qualidade e a inspiração do trabalho da figurinista Holly Waddington (vencedora também do BAFTA neste ano), que mais do que merecidamente, levou a estatueta dourada para casa.
* FILM EDITING*
* MONTAGEM*
* Vencedor: Oppenheimer, por Jennifer Lame
Também concorriam:
* Anatomy of a Fall (Anatomia de Uma Queda), por Laurent Sénéchal
* The Holdovers (Os Rejeitados), por Kevin Tent
* Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores), por Thelma Schoonmaker
* Poor Things (Pobres Criaturas), por Yorgos Mavropsaridis
Daltopinião: Jennifer Lame já havia trabalhado com Nolan em Tenet, e desta vez em Oppenheimer se superou, entregando uma Montagem espetacular, que em muito ajudou Oppenheimer a atingir o nível de obra-prima. Foi a primeira vez em uma década que uma mulher saiu vencedora nesta categoria, fato que não acontecia desde Margaret Sixel, por Mad Max: Estrada da Fúria. E ela ainda venceu neste ano ninguém menos que Thelma Schoonmaker, a mulher com mais indicações nesta categoria na história, com 9 nomeações, e que concorria por Assassinos da Lua das Flores.
* MAKEUP AND HAIRSTYLING*
* MAQUIAGEM & PENTEADO*
* Vencedor: Poor Things (Pobres Criaturas), por Nadia Stacey, Mark Coulier & Josh Weston
Também concorriam:
* Golda (Golda – A Mulher de Uma Nação), por Karen Hartley Thomas, Suzi Battersby & Ashra Kelly-Blue
* Maestro, por Kazu Hiro, Kay Georgiou & Lori McCoy-Bell
* Oppenheimer, por Luisa Abel
* Poor Things (Pobres Criaturas), por Nadia Stacey, Mark Coulier & Josh Weston
* Society of The Snow (A Sociedade da Neve), por Ana López-Puigcerver, David Martí & Montse Ribé
Daltopinião: meu favorito aqui era Maestro, pelo impressionante trabalho de transformar fisicamente Bradley Cooper no maestro Leonard Bernstein, mas o visual incrivelmente marcante presente em Pobres Criaturas acabou dando a vitória para Nadia Stacey, Mark Coulier & Josh Weston. Em um filme que é uma fábula moderna, esta categoria é de grande importância, e não se pode dizer que não foi um prêmio merecido.
* MUSIC (ORIGINAL SCORE)*
* TRILHA SONORA ORIGINAL*
* Vencedor: Oppenheimer, por Ludwig Göransson
Também concorriam:
* American Fiction, por Laura Karpman
* Indiana Jones and The Dial of Destiny (Indiana Jones e a Relíquia do Destino), por John Williams
* Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores), por Robbie Robertson
* Poor Things (Pobres Criaturas), por Jerskin Fendrix
Daltopinião: sempre é bom ver o maior maestro da história do Oscar, John Williams, entre os concorrentes. Ele que estava em sua impressionante 53ª indicação (venceu em 5 delas)… sim, John Williams esteve presente em mais da metade de todas as cerimônias desde que o Oscar foi criado! Mas a vitória coube desta vez para o sueco Ludwig Göransson, que já havia vencido o Globo de Ouro, por seu grandioso trabalho em Oppenheimer, onde a impressionante trilha sonora ajuda a impulsionar as sensações das imagens que vemos na tela.
* MUSIC (ORIGINAL SONG)*
* CANÇÃO*
* Vencedor: Barbie, por “What I Made For?”. Música e Letra de Billie Eilish & Finneas O’Connell
Também concorriam:
* Flamin’ Hot (Flamin’ Hot: O Sabor que Mudou a História), por “The Fire Inside”. Música e Letra de Diane Warren
* Barbie, por “I’m Just Ken”. Música e Letra de Mark Ronson & Andrew Wyatt
* American Symphony, por “It Never Went Away”. Música e Letra de Jon Batiste & Dan Wilson
* Killers of The Flower Moon (Assassinos da Lua das Flores), por “Wahzhazhe (A Song for My People)”. Música e Letra de Scott George
Daltopinião: Billie Eilish & Finneas O’Connell já haviam vencido o Globo de Ouro nesta categoria e eram os favoritos destacados… e a lógica acabou prevalecendo. Este já é o segundo Oscar da jovem e talentosíssima cantora, que havia vencido em 2022 pela canção “No Time To Die” (sempre em parceria com Finneas O’Connell) de 007 – Sem Tempo Para Morrer. Algo me diz que ainda vamos ver essa dupla muitas vezes no Oscar…
* VISUAL EFFECTS*
* EFEITOS VISUAIS*
* Vencedor: Godzilla Minus One, por Takashi Yamazaki, Kiyoko Shibuya, Masaki Takahashi & Tatsuji Nojima
Também concorriam:
* The Creator (Resistência), por Jay Cooper, Ian Comley, Andrew Roberts & Neil Corbould
* Guardians of The Galaxy Vol. 3 (Guardiões da Galáxia Vol. 3), por Stephane Ceretti, Alexis Wajsbrot, Guy Williams & Theo Bialek
* Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One (Missão Impossível – Acerto de Contas Parte 1), por Alex Wuttke, Simone Coco, Jeff Sutherland
& Neil Corbould
* Napoleon (Napoleão), por Charley Henley, Luc-Ewen Martin-Fenouillet, Simone Coco & Neil Corbould
Daltopinião: que vitória mais do que agradável para mim foi a de Godzilla Minus One! Fã que sou de Tokusatsus e de Kaijus, torcia por ela mas não esperava pela vitória da produção japonesa frente aos milionários filmes ocidentais. Em 70 anos de filmes com o Godzilla, foi a 1ª vez que um filme da franquia estava no Oscar, e consequentemente a 1ª também em que saiu vencedora. Histórico! Destaque também para o time de vencedores, que subiu ao palco com uma miniatura do Godzilla em mãos… sensacional. Esta foi a 1ª vez que um filme de língua não-inglesa venceu esta categoria.
* SOUND*
* MELHOR SOM*
* Vencedor: The Zone of Interest (Zona de Interesse), por Tarn Willers & Johnnie Burn
Também concorriam:
* The Creator (Resistência), por Ian Voigt, Erik Aadahl, Ethan Van der Ryn, Tom Ozanich & Dean Zupancic
* Maestro, por Steven A. Morrow, Richard King, Jason Ruder, Tom Ozanich & Dean Zupancic
* Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One (Missão Impossível – Acerto de Contas Parte 1), por Chris Munro, James H. Mather, Chris Burdon
& Mark Taylor
* Oppenheimer, por Willie Burton, Richard King, Gary A. Rizzo & Kevin O’Connell
Daltopinião: aqui tínhamos fortes concorrentes, como Maestro e Oppenheimer, mas a vitória não poderia deixar de ir para as mãos de Zona de Interesse, filme com um Edição de Som que cria uma atmosfera sonora perturbadora, canalizando o som ao mostrar a vida do comandante de Auschwitz e sua família, que moram ao lado do funesto campo de concentração. Às vezes, alguns filmes nos lembram que tão importante quanto vê-los, é ouvi-los… e Zona de Interesse nos prova isso com maestria.
* INTERNATIONAL FEATURE FILM*
* LONGA-METRAGEM INTERNACIONAL*
* Vencedor: The Zone of Interest (Zona de Interesse) – Reino Unido
Também concorriam:
* Io Capitano – Itália
* Perfect Days (Dias Perfeitos) – Japão
* Society of The Snow (A Sociedade da Neve) – Espanha
* The Teachers’ Lounge – Alemanha
Daltopinião: com a inexplicável não indicação do poderoso Anatomia de Uma Queda pela França, que preferiu indicar outro filme (O Sabor da Vida, que sequer conseguiu ficar entre os finalistas), o caminho ficou aberto para a vitória da produção britânica, um grande filme, complexo, que nos mostra até onde o ser humano pode ir sem sentir remorso algum. Zona de Interesse nos deixa com um gosto amargo na boca, você não vai conseguir passar indiferente por este filme.
* DOCUMENTARY FEATURE FILM*
* DOCUMENTÁRIO*
* Vencedor: 20 Days in Mariupol, por Mstyslav Chernov, Michelle Mizner & Raney Aronson-Rath
Também concorriam:
* Bobi Wine: The People’s President, por Moses Bwayo, Christopher Sharp & John Battsek
* The Eternal Memory, por Maite Alberdi
* Four Daughters, por Kaouther Ben Hania & Nadim Cheikhrouha
* To Kill a Tiger, por Nisha Pahuja, Cornelia Principe & David Oppenheim
Daltopinião: o favorito era o indiano To Kill a Tiger, mas a vitória acabou com o documentário ucraniano, que mostra um grupo de jornalistas sitiado na cidade de Mariupol após a invasão russa, lutando para continuar documentando as atrocidades do conflito. A narrativa é frenética e a atmosfera angustiante. Este foi o primeiro Oscar da história da Ucrânia, e um grande destaque nesta categoria também foi o grandioso discurso dos vencedores no palco.
* DOCUMENTARY SHORT FILM*
* DOCUMENTÁRIO – CURTA*
* Vencedor: The Last Repair Shop (A Última Loja de Consertos), por Ben Proudfoot and Kris Bowers
Também concorriam:
* The ABCs of Book Banning, por Sheila Nevins & Trish Adlesic
* The Barber of Little Rock, por John Hoffman and Christine Turner
* Island in Between, por S. Leo Chiang & Jean Tsien
* Nai Nai & Wai Po (Vovó & Avó), por Sean Wang & Sam Davis
Daltopinião: este belo documentário mostra um local em Los Angeles que providencia o reparo gratuito de instrumentos musicais utilizados por alunos de escolas públicas. Traz belíssimos e emocionantes depoimentos dos alunos, que nos contam histórias distintas mas sempre com um mesmo norte: o de quanto a música pode ser libertadora em nossas vidas. Vitória merecida.
* ANIMATED SHORT FILM*
* CURTA DE ANIMAÇÃO*
* Vencedor: War is Over! Inspired by The Music of John & Yoko, por Dave Mullins and Brad Booker
Também concorriam:
* Letter to a Pig, por Tal Kantor & Amit R. Gicelter
* Ninety-Five Senses, por Jerusha Hess & Jared Hess
* Our Uniform, por Yegane Moghaddam
* Pachyderme, por Stéphanie Clément & Marc Rius
Daltopinião: pura poesia em forma de animação… este curta sublime, sem uma palavra sequer, nos mostra uma partida de xadrez sendo disputada à distância durante uma guerra. Belíssimo, tocante e genial, assim como o autor da música citada no título. O Oscar aqui foi para ótimas e merecidas mãos.
* LIVE ACTION SHORT FILM*
* CURTA-METRAGEM*
* Vencedor: The Wonderful Story of Henry Sugar (A Incrível História de Henry Sugar), por Wes Anderson & Steven Rales
Também concorriam:
* The After (e Depois?), por Misan Harriman & Nicky Bentham
* Invencible, por Vincent René-Lortie & Samuel Caron
* Knight of Fortune, por Lasse Lyskjær Noer & Christian Norlyk
* Red, White and Blue, por Nazrin Choudhury & Sara McFarlane
Daltopinião: grande favorito nesta categoria, A Incrível História de Henry Sugar acabou mesmo levando a estatueta dourada para casa. Com um elenco poderoso, que contou com Benedict Cumberbatch, Ben Kingsley e Ralph Fiennes, entre outros, além da direção de Wes Anderson e de uma produção digna de um longa, o filme é uma fábula de pura fantasia cinematográfica, que foi a vencedora com todos os méritos.
DALTO FIDENCIO
nils satis nisi optimum
Fico sempre ansiosa aguardando a Daltopinião, seu trabalho é impecável!
Parabéns.
E sua opinião é sempre muito importante para mim!
Dalto, parabéns pelo excelente trabalho…dessa vez, você opinou sobre todas as categorias, que maravilha. Li todas as opiniões e alguns filmes cheguei a assistir, outros não. O Assassinos da Lua das Flores, por exemplo, não consegui ir até o final, denso demais e mexeu muito com minhas emoções. Não suporto ver como se deu a destruição dos povos originários, é demais para mim. Mas achei pertinente você comentar que este filme tão impecável, não levar nenhuma estatueta…o que será que aconteceu, né mesmo?
Obrigada por fazer parte do Entrementes!
É um prazer fazer parte da família Entrementes!
Ótimo trabalho do Dalto Fidencio.Seus comentarios nos ensinam muito sobre cinema.