OSCAR 2025 – Comentários de todas as Categorias

OSCAR 2025 – Comentários de todas as Categorias

 

* BEST PICTURE*
* MELHOR FILME*

* Vencedor: Anora

Também concorriam:

* The Brutalist (O Brutalista)
* A Complete Unknown (Um Completo Desconhecido)
* Conclave
* Dune: Part Two (Duna: Parte 2)
* Emilia Pérez
* I’m Still Here (Ainda Estou Aqui)
* Nickel Boys
* The Substance (A Substância)
* Wicked

Daltopinião: a mais importante categoria do Oscar foi mudando de favorito ao longo das semanas. Por terem vencido o Globo de Ouro, Emilia Pérez e O Brutalista largaram na frente nessa corrida, e com a posterior implosão (merecida) do filme francês, o longa (e bota longa nisso… 3h36min de filme!) de Brady Cobert reinou quase sozinho por alguns dias, só que a ascenção meteórica de Anora (que já havia vencido a Palma de Ouro em Cannes) nas semanas derradeiras, justo na reta de chegada, o fez chegar em igualdade de favoritismo com o Brutalista, e o ótimo filme que conta a história de uma jovem stripper do Brooklyn e do filho de um oligarca russo que engatam um romance improvável, acabou sendo o grande vencedor, mesmo não sendo melhor, cinematograficamente falando, do que O Brutalista, Conclave ou do filme de Walter Salles. E por falar nele, não posso deixar de citar a presença do brasileiríssimo Ainda Estou Aqui entre os 10 melhores filmes do ano, aos olhos da Academia. Histórico e motivo de muito orgulho!

*DIRECTING*
*MELHOR DIRETOR*

* Vencedor: Sean Baker, por Anora

Também concorriam:

* Brady Cobert, por The Brutalist (O Brutalista)
* James Mangold, por A Complete Unknown (Um Completo Desconhecido)
* Jacques Audiard, por Emilia Pérez
* Coralie Fargeat, por The Substance (A Substância)

Daltopinião: aqui a briga se resumia a dois nomes, Baker e Cobert (que havia vencido o Globo de Ouro), em igualdade de condições, e a Academia acabou optando pelo diretor de Anora, que sem dúvida nenhuma entregou um trabalho impecável. O cineasta e roteirista estadunidense levou seu 1° Oscar de Melhor Diretor mantendo seu estilo inconfundível de cinema independente. Seus filmes são sempre espontâneos, vivos, e Baker demonstra total controle sobre o que quer contar em cada cena que constrói. Ele agora acabou por se consagrar como algo que já se notava em seus primeiros filmes, que é o de ser atualmente uma das vozes mais interessantes em Hollywood.

* ACTOR IN A LEADING ROLE*
* MELHOR ATOR*

* Vencedor: Adrien Brody, por The Brutalist (O Brutalista)

Também concorriam:

* Timothée Chalamet, por A Complete Unknown (Um Completo Desconhecido)
* Colman Domingo, por Sing Sing
* Ralph Fiennes, por Conclave
* Sebastian Stan, por The Apprentice (O Aprendiz)

Daltopinião: sem surpresas nesta categoria… já vencedor do Globo de Ouro, do BAFTA e do Critics’ Choice neste ano, Adrien Brody era o grande favorito para levar sua segunda estatueta dourada para casa, ele que já havia vencido em 2003 por O Pianista. Brody vive László Toth, um arquiteto húngaro e judeu que foge da europa nazista para os EUA. Sua interpretação é excelente, nos mostrando alguém sempre no limite, uma atuação, com o perdão do trocadilho infame, brutal! Vitória merecida.

* ACTRESS IN A LEADING ROLE*
* MELHOR ATRIZ*

* Vencedora: Mikey Madison, por Anora

Também concorriam:

* Cynthia Erivo, por Wicked
* Karla Sofía Gascón, por Emilia Pérez
* Demi Moore, por The Substance (A Substância)
* Fernanda Torres, por I’m Still Here (Ainda Estou Aqui)

Daltopinião: essa categoria tinha enorme interesse dos brasileiros, por motivos óbvios, mas apesar de Fernanda Torres ter nos presenteado com uma atuação sublime em Ainda Estou Aqui, seria uma surpresa tão grande quanto seu talento caso ela tivesse vencido. Em quase um século de Oscar, apenas por míseras duas vezes atrizes atuando em um idioma que não fosse o inglês foram agraciadas pela Academia como Melhor Atriz. Foram elas Sophia Loren, falando italiano em Duas Mulheres (1961) e Marion Cotillard, falando francês em PIAF (2007)… então seria uma gigantesca quebra de paradigma se tivessem dado a (merecida) vitória para a nossa Fernanda Torres. Dito isso, a disputa estava mesmo entre Demi Moore, por sua surpreendente atuação em A Substância, e Mikey Madison, brilhante em Anora. Era a vencedora do BAFTA (Madison) contra as duas vencedoras do Globo de Ouro (Moore e Torres), e o crescimento na reta final somado ao fato de atuar em um filme falado em inglês e não ser um filme de terror (estilo sempre desprezado pela Academia) acabou dando a vitória para a jovem Mikey Madison, já em sua primeira nomeação, numa atuação simplesmente impecável.

* WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)*
* MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*

* Vencedor: Sean Baker, por Anora

Também concorriam:

* Brady Corbet & Mona Fastvold, por The Brutalist (O Brutalista)
* Jesse Eisenberg, por A Real Pain (A Verdadeira Dor)
* Moritz Binder, Tim Fehlbaum e Alex David, por September 5 (Setembro 5)
* Coralie Fargeat, por The Substance (A Substância)

Daltopinião: nesta categoria eu ficaria com O Brutalista, que também era forte concorrente, mas a Academia se apaixonou mesmo por Anora – que sem a concorrência do fortíssimo roteiro de Conclave, que concorreu na categoria irmã de Roteiro Adaptado – que acabou sendo mesmo o grande vencedor, levando mais um de seus cinco Oscars para casa, consagrando Sean Baker ainda mais.

* WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)*
* MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*

* Vencedor: Peter Straughan, por Conclave

Também concorriam:

* James Mangold & Jay Cocks, por A Complete Unknown (Um Completo Desconhecido)
* Jacques Audiard, em colaboração com
Thomas Bidegain, Léa Mysius e Nicolas Livecchi, por Emilia Pérez
* RaMell Ross & Joslyn Barnes, por Nickel Boys
* Clint Bentley & Greg Kwedar (Roteiro), Clint Bentley, Greg Kwedar, Clarence Maclin e John “Divine G” Whitfield (História), por Sing Sing

Daltopinião: Conclave já havia vencido o Globo de Ouro e era favoritíssimo nesta categoria, um dos vencedores mais fáceis de se acertar na noite. O roteiro foi baseado no livro de Robert Harris, e nos mostra uma trama intrincada, com atmosfera densa e imersiva, de drama e suspense, em que após a morte do Papa, os cardeais se reúnem para escolher o sucessor, mas segredos profundos acabam vindo à tona, pondo em perigo as fundações da própria Igreja. Vitória mais que merecida.

* ACTOR IN A SUPPORTING ROLE*
* MELHOR ATOR COADJUVANTE*

* Vencedor: Kieran Culkin, por A Real Pain (A Verdadeira Dor)

Também concorriam:

* Yura Borisov, por Anora
* Edward Norton, por A Complete Unknown (Um Completo Desconhecido)
* Guy Pearce, por The Brutalist (O Brutalista)
* Jeremy Strong, por The Apprentice (O Aprendiz)

Daltopinião: Kieran Culkin já havia vencido de tudo esse ano, Globo de Ouro, Critics’ Choice, Bafta, entre outros, e o Oscar acabou sendo a cereja no bolo, nessa vitória previsível e muito merecida para o irmão de Macaulay, por sua atuação visceral em A Verdadeira Dor.

* ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE*
* MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*

* Vencedora: Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

Também concorriam:

* Monica Barbaro, por A Complete Unknown (Um Completo Desconhecido)
* Ariana Grande, por Wicked
* Felicity Jones, por The Brutalist (O Brutalista)
* Isabella Rossellini, por Conclave

Daltopinião: aqui o comentário, ao menos na parte das premiações ao longo da temporada, espelha o que eu escrevi na categoria anterior. Zoe Saldaña era favoritíssima, por já ter vencido Globo de Ouro, BAFTA, Critics’ Choice, entre outros prêmios. Apesar de Emilia Pérez ter virado um filme “maldito”, isso não foi suficiente para tirar o Oscar das mãos de Saldaña, sem dúvida nenhuma uma ótima e talentosa atriz, mas num filme que entrará para o limbo cinematográfico.

* ANIMATED FEATURE FILM*
* LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: Flow, por Gints Zilbalodis, Matīss Kaža, Ron Dyens e Gregory Zalcman

Também concorriam:

* Inside Out 2 (DivertidaMente 2), por Kelsey Mann e Mark Nielsen
* Memoir of a Snail, por Adam Elliot e Liz Kearney
* Wallace & Gromit: Vengeance Most Fowl (Wallace & Gromit: Avengança), por Nick Park, Merlin Crossingham e Richard Beek
* The Wild Robot (Robô Selvagem), por Chris Sanders e Jeff Hermann

Daltopinião: poucas vezes uma vitória no Oscar me deu tanto prazer… sim, Flow era o favorito, depois de vencer o Globo de Ouro e outros prêmios, mas a confirmação da vitória da animação letã foi como ver Davi derrotar Golias, que nesse caso eram os estúdios milionários que concorriam contra ele. Flow é original ao extremo e nos mostra animais como… animais, fugindo da mesmice dos animais antropomórficos ou falantes que sempre vemos nas animações. Flow simplesmente virou comoção nacional na Letônia, a ponto do gatinho ter virado até estátua na capital do país, e o Oscar agora fará companhia ao Globo de Ouro, que já estava exposto no Museu Nacional de Arte da Letônia. Feito com um software gratuito e produzido por uma equipe minúscula, Flow nos mostra as aventuras de um gatinho que para escapar de uma inundação, é obrigado a se unir a outras espécies de animais num barco, para poder sobreviver. Provando que às vezes a criatividade pode superar milhões de dólares, Flow é das vitórias mais poéticas da história do Oscar.

* PRODUCTION DESIGN*
* DESIGN DE PRODUÇÃO (DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS)*

* Vencedor: Wicked, por Nathan Crowley (Direção de Arte) e Lee Sandales (Cenários)

Também concorriam:

* The Brutalist (O Brutalista), por : Judy Becker (Direção de Arte) e Patricia Cuccia (Cenários)
* Conclave, por Suzie Davies (Direção de Arte) e Cynthia Sleiter (Cenários)
* Dune: Part Two (Duna: Parte 2), por Patrice Vermette (Direção de Arte) e Shane Vieau (Cenários)
* Nosferatu, por Craig Lathrop (Direção de Arte) e Beatrice Brentnerová (Cenários)

Daltopinião: o visual onírico de Wicked não poderia deixar de sair vitorioso nessa categoria, mesmo tendo outros grandes concorrentes. Nathan Crowley e Lee Sandales entregaram um trabalho primoroso no musical de fantasia da Universal, e merecidamente levaram a estatueta dourada para casa.

* CINEMATOGRAPHY*
* FOTOGRAFIA*

* Vencedor: The Brutalist (O Brutalista), por Lol Crawley

Também concorriam:

* Dune: Part Two (Duna: Parte 2), por Greig Fraser
* Emilia Pérez, por Paul Guilhaume
* Maria, por Ed Lachman
* Nosferatu, por Jarin Blaschke

Daltopinião: com fortes concorrentes, como Duna: Parte 2 e Nosferatu, o grande vencedor aqui foi mesmo O Brutalista, que levou 7 anos sendo desenvolvido e que conta com uma Fotografia poderosa, sem dúvida nenhuma um dos pontos altos deste grande filme. O Oscar fucou em boas mãos.

* COSTUME DESIGN*
* FIGURINO*

* Vencedor: Wicked, por Paul Tazewell

Também concorriam:

* A Complete Unknown (Um Completo Desconhecido), por Arianne Phillips
* Conclave, por Lisy Christl
* Gladiator II (Gladiador 2), por Janty Yates e Dave Crossman
* Nosferatu, por Linda Muir

Daltopinião: apesar de todos os concorrentes serem de peso nesta categoria, Wicked com seu belíssimo e marcante Figurino era o favorito, e não tivemos surpresas por aqui. Paul Tazewell saiu merecidamente vencedor, se tornando a primeira pessoa negra a vencer em Melhor Figurino. Histórico, e que se repita muitas vezes!

* FILM EDITING*
* MONTAGEM*

* Vencedor: Anora, por Sean Baker

Também concorriam:

* The Brutalist (O Brutalista), por David Jancso
* Conclave, por Nick Emerson
* Emilia Pérez, por Juliette Welfling
* Wicked, por Myron Kerstein

Daltopinião: sem uma boa Montagem não se pode contar uma história com coerência em um filme, ela é fundamental para que a narrativa ocorra com perfeição, e Sean Baker, o “faz-tudo” em Anora (dirigiu, escreveu e montou) fez um trabalho de altíssimo nível aqui, vencendo outros grandes concorrentes, que concorriam em igualdade de condições.

* MAKEUP AND HAIRSTYLING*
* MAQUIAGEM & PENTEADO*

* Vencedor: The Substance, por Pierre-Olivier Persin, Stéphanie Guillon e Marilyne Scarselli

Também concorriam:

* A Different Man (Um Homem Diferente), por Mike Marino, David Presto e Crystal Jurado
* Emilia Pérez, por Julia Floch Carbonel, Emmanuel Janvier e Jean-Christophe Spadaccini
* Nosferatu, por David White, Traci Loader e Suzanne Stokes-Munton
* Wicked, por Frances Hannon, Laura Blount e Sarah Nuth

Daltopinião: numa categoria sem favoritos, Pierre-Olivier Persin, Stéphanie Guillon e Marilyne Scarselli acabaram sendo laureados por seu impressionante trabalho em A Substância, um dos filmes que surpreenderam na temporada, muito por sua incrível Maquiagem. Minha torcida era por Nosferatu, mas o Oscar foi para mãos merecidas.

* MUSIC (ORIGINAL SCORE)*
* TRILHA SONORA ORIGINAL*

* Vencedor: The Brutalist (O Brutalista), por Daniel Blumberg

Também concorriam:

* Conclave, por Volker Bertelmann
* Emilia Pérez, por Clément Ducol e Camille
* Wicked, por John Powell e Stephen Schwartz
* The Wild Robot (Robô Selvagem), por Kris Bowers

Daltopinião: minha preferida era a linda Trilha de Robô Selvagem, mas a poderosa Trilha de O Brutalista acabou vencedora, batendo inclusive os musicais Wicked e Emilia Pérez pelo caminho, coisa nada fácil de se fazer. Daniel Blumberg fez história, merecidamente.

* MUSIC (ORIGINAL SONG)*
* CANÇÃO*

* Vencedor: Emilia Pérez, por “El Mal”. Música de Clément Ducol e Camille; Letra de Clément Ducol, Camille e Jacques Audiard

Também concorriam:

* The Six Triple Eight (Batalhão 6888), por “The Journey”. Música e Letra de Diane Warren
* Sing Sing, por “Like A Bird”. Música e Letra de Abraham Alexander e Adrian Quesada
* Emilia Pérez, por “Mi Camino”. Música e Letra de Camille e Clément Ducol
* Elton John: Never Too Late, por “Never Too Late”. Música e Letra de Elton John, Brandi Carlile, Andrew Watt e Bernie Taupin

Daltopinião: numa das pouquíssimas categorias em que Emilia Pérez ainda era favorita após sua derrocada, ela acabou mesmo sendo a vencedora com El Mal, que já havia vencido o Globo de Ouro. Cá entre nós, Never Too Late, de Sir Elton John, era muito melhor…

* VISUAL EFFECTS*
* EFEITOS VISUAIS*

* Vencedor: Dune: Part Two (Duna: Parte 2), por Paul Lambert, Stephen James, Rhys Salcombe e Gerd Nefzer

Também concorriam:

* Alien: Romulus, por Eric Barba, Nelson Sepulveda-Fauser, Daniel Macarin e Shane Mahan
* Better Man (Better Man: A História de Robbie Williams), por Luke Millar, David Clayton, Keith Herft e Peter Stubbs
* Kingdom of the Planet of the Apes (O Reino do Planeta dos Macacos), por Erik Winquist, Stephen Unterfranz, Paul Story e Rodney Burke
* Wicked, por Pablo Helman, Jonathan Fawkner, David Shirk e Paul Corbould

Daltopinião: só concorrentes de peso nesta categoria, com grandes trabalhos apresentados… e desta vez não tivermos surpresas, como no ano passado, com o “underdog” japonês Godzilla Minus One derrotando as poderosas forças de Hollywood. O laureado foi Duna: Parte 2, impecável, sem dúvida alguma, completando seu domínio em Efeitos Visuais, já que a Parte 1 deste épico moderno já havia vencido em 2023. A produção criou um novo software só para colorir de azul os olhos dos Fremen, e a cena em que Paul Artreides cavalgou um verme de areia levou 3 meses para ser filmada. E vale citar que o longa usou não apenas CGI, mas efeitos práticos também.
Vitória incontestável.

* SOUND*
* MELHOR SOM*

* Vencedor: Dune: Part Two (Duna: Parte 2), por Gareth John, Richard King, Ron Bartlett e Doug Hemphill

Também concorriam:

* A Complete Unknown (Um Completo Desconhecido), por Tod A. Maitland, Donald Sylvester, TedCaplan, Paul Massey e David Giammarco
* Emilia Pérez, por Erwan Kerzanet, Aymeric Devoldère, Maxence Dussère, Cyril Holtz e Niels Barletta
* Wicked, por Simon Hayes, Nancy Nugent Title, Jack Dolman, Andy Nelson e John Marquis
* The Wild Robot (Robô Selvagem), por Randy Thom, Brian Chumney, Gary A. Rizzo e Leff Lefferts

Daltopinião: essa é uma categoria irmã da anterior, e na maioria das vezes o vencedor de Efeitos Visuais leva também o de Melhor Som… dito e feito, Duna: Parte 2 confirmou seu favoritismo, com todo o mérito.


* INTERNATIONAL FEATURE FILM*
* LONGA-METRAGEM INTERNACIONAL*

* Vencedor: I’m Still Here (Ainda Estou Aqui) ~ Brasil

Também concorriam:

* The Girl with the Needle ( A Garota da Agulha) ~ Dinamarca
* Emilia Pérez ~ França
* The Seed of the Sacred Fig (A Semente do Fruto Sagrado) ~ Alemanha
* Flow ~ Letônia

Daltopinião: e a nossa espera de tantas décadas finalmente acabou! Mais do que merecidamente, Ainda Estou Aqui, depois de quebrar recordes de bilheteria no exterior, de receber incontáveis críticas positivas pelo mundo todo, de impressionar inúmeros atores e cineastas de Hollywood… trouxe o Oscar para o Brasil! Esta obra-prima de Walter Salles, que fez o país parar para acompanhar a cerimônia, fez o mundo abrir os olhos para o nosso Cinema, provando que sim, nossa Sétima Arte pode muito bem criar pérolas cinematográficas. E ainda trouxe à tona um assunto que jamais deve ser esquecido: ditadura, nunca mais! Ainda Estou Aqui não é um filme recomendado, é um filme obrigatório… e que essa memorável vitória de nosso Cinema seja apenas a primeira de muitas!

 

* DOCUMENTARY FEATURE FILM*
* DOCUMENTÁRIO*

* Vencedor: No Other Land, por Basel Adra, Rachel Szor, Hamdan Ballal e Yuval Abraham

Também concorriam:

* Black Box Diaries, por Shiori Ito, Eric Nyari e Hanna Aqvilin
* Porcelain War, por Brendan Bellomo, Slava Leontyev, Aniela Sidorska e Paula DuPre’ Pesmen
* Soundtrack to a Coup d’Etat, por Johan Grimonprez, Daan Milius e Rémi Grellety
* Sugarcane, por Julian Brave NoiseCat, Emily Kassie e Kellen Quinn

Daltopinião: este forte documentário palestino-israelense nos mostra a destruição de uma cidade ocupada na Cisjordânia por soldados israelenses e a aliança que nasce entre o ativista palestino Basel Adra e o jornalista israelense Yuval Abraham. Destaque para o discurso poderoso no palco, sobre o genocídio sofrido pelos palestinos.

* DOCUMENTARY SHORT FILM*
* DOCUMENTÁRIO – CURTA*

* Vencedor: The Only Girl in the Orchestra, por Molly O’Brien e Lisa Remington

Também concorriam:

* Death by Numbers, por Kim A. Snyder e Janique L. Robillard
* I Am Ready Warden, por Smriti Mundhra e Maya Gnyp
* Incident, por Bill Morrison e Jamie Kalven
* Instruments of a Beating Heart, por Ema Ryan Yamazaki e Eric Nyari

Daltopinião: este belo e vitorioso documentário fala sobre a contrabaixista Orin O’Brien, a primeira mulher da Filarmônica de Nova York, e pode ser visto na Netflix. Vale a pena conferir.

* ANIMATED SHORT FILM*
* CURTA DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: In the Shadow of the Cypress, por Shirin Sohani e Hossein Molayemi

Também concorriam:

* Beautiful Men, por Nicolas Keppens e Brecht Van Elslande
* Magic Candies, por Daisuke Nishio e Takashi Washio
* Wander to Wonder, por Nina Gantz e Stienette Bosklopper
* Yuck!, por Loïc Espuche e Juliette Marquet

Daltopinião: este marcante curta de animação iraniano, que não possui diálogos, mostra a dificil vida de um capitão, que sofre de transtorno pós-traumático, e deseja ser pai um dia. O estilo da animação é simples e belo em seus 20 minutos de pura arte.

* LIVE ACTION SHORT FILM*
* CURTA-METRAGEM*

* Vencedor: I’m Not a Robot, por Victoria Warmerdam e Trent

Também concorriam:

* A Lien, por Sam Cutler-Kreutz e David Cutler-Kreutz
* Anuja, por Adam J. Graves e Suchitra Mattai
* The Last Ranger, por Cindy Lee e Darwin Shaw
* The Man Who Could Not Remain Silent, por Nebojša Slijepčević e Danijel Pek

Daltopinião: o vencedor foi o interessantíssimo curta holandês de drama/ficção científica que conta a história de uma mulher que mergulha em uma estranha nova realidade após falhar várias vezes num teste CAPTCHA (aquele teste de segurança que verifica se o utilizador é um humano ou um bot). Pode ser visto no YouTube.

DALTO FIDENCIO
nils satis nisi optimum

7 total views , 1 views today

2 Comentários

  1. Dalto, como sempre, estava aguardando as daltopiniões. Excelente!
    Antes da premiação eu comecei a assistir Anora, mas assisti uns 20 minutos do filme e desisti. Tive a impressão de estar assistindo Uma linda mulher com outra pegada e mais explícita.
    É até compreensível a Fernanda não ter ganhado, pelos motivos que você pontuou…mas a Demi era a primeira opção e me pareceu injusto ela não ganhar, apesar do terror. Etarismo? A metalinguagem na vida da Demi, foi surreal.
    Eu também amei o Flow, uma das animações mais lindas que já assisti, onde os animais são retratados como animais, perfeito…como disse em seus comentários, às vezes a criatividade pode superar milhões de dólares.
    Em breve, vou assistir o restante dos filmes que ganharam e os que foram indicados.
    Obrigada por publicar as suas opiniões, Dalto!

    • Grato pelos comentários, sempre pertinentes, Beth! E é um privilégio fazer parte da família Entrementes!

Deixe uma resposta