“Minha mensagem aos cineastas”
“Somos cineastas. Nossa arma é o cinema, nossas ações são filmar, seja com grandes equipes, com dinheiro, com belas câmeras ou com nada disso, com nosso celular. O que interessa agora é filmar, registrar esse tempo maldito com nossa indignação e vontade de entender como chegamos a isso. E como reencontrar o caminho.”
João Batista de Andrade, cineasta, escritor.
Pequeno Manifesto de um cineasta
Por Joka Faria, fazedor de vídeos sem roteiros e a vida tem roteiro?
O que escrever diante deste manifesto? Eu que nem sei começar um roteiro, mas sei ligar câmeras e filmar.
João, também poderíamos escrever?
João Batista de Andrade é um dos nossos grandes cineastas, nos dá o prazer do convívio no facebook. E este ato de indignação nestes tortuosos dias, que talvez se findem em breve com o chegar das eleições. Filmar é um enorme desafio diante de grandes roteiros na Netflix da vida e outras plataformas de streaming. Só sei que não sei, mas como numa apostila de desenho da Faveni, quem sabe sabemos. A ESTÉTICA é um desafio. Então liguemos nossas câmeras com ou sem roteiro. Glauber Rocha nos dizia quando o cinema era novo: “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”.
Vamos seguir nossas jornadas a filmar, escrever e criar músicas. Vamos rabiscar a cidade? Faz tempo que não vejo as cidades rabiscadas, cadê os rebeldes desta geração?
Dias desses criei um grupo de whatsapp, COLETIVO AÇAO LIBERTARIA. Dentro das ciências políticas, nascido no século dezenove, o anarquismo é uma rebeldia da cultura humana. Vamos ser rebeldes até nossa última respiração.
João, não viraremos suco. Nossa alma é corsária. Carlos Reichenbach nos disse em seu filme – Tivemos o ETHOS nos campos de São José.
A vida segue, amanhã estarei em minhas aulas na educação infantil. E aí vamos filmar?
Joka Faria , outono de 2022
João Carlos Faria, professor e atualmente em sua segunda graduação de ARTES na Faveni. É pedagogo pela Unicesumar.
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