A árvore (genealógica) lá de casa
abria seus muitos ramos
para abrigar, também,
o cego Doquinha que tocava violão
como quem escreve um poema,
o Mané Bento que sempre aparecia pra filar um almoço
e desaparecia quando se falava em serviço,
e, ainda, um ou outro passarinho
que se achegasse aos nossos galhos.
Com todo esse desmatamento,
onde vão se abrigar, hoje em dia,
as pessoas sem eira nem beira?
Faça um comentário