Eu aprecio os poemas
com rumor de cachoeiras que cantam
que até as pedras mais ásperas
são suavizadas pela leveza das águas.
Eu gosto de poemas de cantigas de passarinhos
cantadas e aperfeiçoadas de geração em geração
nos galhos das fruteiras carregadas
e nem precisam ser poemas
com as palavras rimadas.
Eu prefiro os poemas que tresandam
a cheiro de capim orvalhado
às margens de um caminho
que não tem outra serventia
senão ligar-nos com o passado.
Domingos dos Santos
14-06-2020
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