Quanto custa um abraço?
Se quer um abraço androide
ou andrógino?
De braços e pernas
ou só virtual?
Se quer em toneladas
ou em gramas multiplicadas?
Talvez por dúzias
não por pesos…
Talvez por quantidades torrenciais
ou qualidades totais…
Mas no fundo
no mais que profundo
de Sade, de Sada ou Mussoline?
Seriam os abraços nazistas
ou pós modernistas?
Mas para lhe dizer
a mais pura das verdades
o seu é natural
como um poema de Pessoa
E ao me envolver
tão delicado
só penso em me derreter
e nunca mais tomar forma
E só assim
unir-me ao nada e deixar de existir.
O que os humanos possuem de maior valor?
Suas vidas?
Suas mortes?
Ou a graça de um abraço de graça?
Elizabeth de Souza
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