Ritual de Elêusis
Fiquei sabendo de um belo ritual que não chegou a nossos dias. Perdido ou achado? Quanto se perdeu na dura trilha humana nesse labirinto. Somos? Existimos? Nem lembramos de nossas passadas existências. Mortos, zumbis é o que somos a devastar este planeta em nossa ignorância. Poetas, profetas, xamãs em busca da reconexão com o cosmos. Fiquem com a tentativa de um poema, sempre uma intensa tentativa na busca da liberdade da palavra. Mestre José Omar de Carvalho dizia que um poema pode ter todo o saber de um romance. Em minhas pesquisas para entender o porquê de rituais encontrei num blog uma linda explicação de como os rituais devem ser vividos e experimentados. Nunca serão entendidos pela razão. Assim também é a Arte e a Metafísica transcendente. E assim indo e vindo estamos nesse planeta chamado Terra, em busca da humanidade perdida em alguma estrela. Viemos da luz e devemos voltar à luz. Fiat Lux !
Eleusis mistérios
Comi a maçã. O fruto proibido. Tomei a pílula. Sair de Matrix. Ignorância.
Mergulho dentro de minha alma, desço aos infernos.
Mistérios de Eleusis, Deusas, mulheres.
Tortos caminhos para se alcançar a alma.
Flores em meu túmulo. Morto por três dias. Eu defunto.
Canções da morte que joga xadrez.
Eu, Jonas, três dias no ventre da baleia.
Vida, alma, morte!
Todos os mistérios diante do abismo!
Canto canções diante de inefáveis dimensões.
Jogo cartas: Vinte e duas.
Decifro-me e sou devorado!
Ir e vir nesta imensas roda do parque de diversões.
Canções, cartas de tarô.
Desvendar-se diante do abismo.
Criar asas, saltar o infefavel.
Deus, Mulher, Deusas, Deuses!
Abismo sombrio.
Canto canções diante do amar!
O amor constrói nossa alma.
Loucos! Loucos! Loucos!
Êxtase êxtase.
Mergulhemos dentro de nossos abismos em busca de luz!
Joka Faria
João Carlos Faria
Verão de 2018
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