Sabadou no mercadão
Tem coisa melhor que o Mercadão de São José nas manhãs de sábado? Tem não, podem crer.
O já centenário Mercado Municipal de São José dos Campos não é apenas um bom lugar para se fazer compras. Ele se tornou um local de convivência, acolhedor, leve, informal. Com grande movimento nas manhãs de sábado, ali é possível encontrar todo mundo.
Conviver com o povão, rever os amigos depois de uma semana de labuta, jogar conversa fora (a melhor terapia que se conhece); passar no boteco do Stelet para um dedinho de prosa com o Luiz Paulo Costa; ouvir alguém tocando e cantando, ainda que às vezes desafinando; encontrar o Rubão, com seu largo sorriso, trajando a camisa do Botafogo. Naqueles corredores apinhados de gente é possível encontrar o Joca Faria com a sua simpatia e inteligência; ouvir as anedotas e trocadilhos infames do Zé Dois (o irmão mais novo do Zé Um).
É prazeroso observar as pessoas circulando sorridentes e descontraídas, mas todo esse ambiente se completa com os tradicionais pastel e caldo de cana. Não dá para dispensá-los.
O mercadão, porém, não é somente aquele espaço. Sua área de influência ou abrangência se estende ao espaço anexo ao Museu de Arte Sacra. Espaço feito para aplausos, porque aos sábados pela manhã, podemos nos encantar com o desfile de talentos musicais desta cidade. Ali, artistas como Ana Morena, Nilton Blau, Claudio do Vale, para citar alguns, elevam e dignificam a arte e cultura do Vale do Paraíba.
Sabadou? Vamos ao Mercadão.
Por Gilberto Silos
Foto-Charles-de-Moura-PMSJC
Gilberto, que delícia de leitura; também amo o mercadão, mas não tenho frequentado ultimamente, por conta do trânsito. O mercadão é um símbolo, dentro de uma cidade voraz como Sanja City.