Samba “Esquema Novo” – Corujão da Poesia

Samba Esquema Novo – Corujão da Poesia

Nunca ouvi falar deste disco de Ben Jor. É o primeiro disco deste cantor e compositor lançado em 1963. Que disco! É daqueles que marcam tanto nos dias de hoje como em seu lançamento. O disco Transa de Caetano Veloso também foi um impacto. No Canal Brasil está rolando um documentário sobre 1973 na música. E aqui no Entrementes está rolando matérias com a nova música brasileira, mais o aprendizado que tenho com crianças e adolescentes sobre música. Sim, muito das músicas eu conheço, mas não tinha ouvido enquanto disco. O conceito de disco que não se deve perder. Muda-se o formato como recentemente o ator e compositor Santos Chagas lançou As novas no youtube. Tenho aqui em casa para ouvir, Déo Lopes O SAMBEIRO e já ouvi Vida que segue de Joca Freire.

 

A música, sem ela, não somos…Não vivemos. Seja cantada, instrumental. Sinto-me hipócrita quando incentivo meus alunos a ouvirem música clássica. Mas música é fundamental. Seja de qualquer época, tempo e momento. Ben Jor…É que ouço pouco as clássicas. Música faz parte do universo. Só sei compor sem tocar nenhum instrumento. Entrou Chove, Chuva…Que maravilha! Que conceito, enquanto entrava nas paradas mundiais The Beatles, Rolling Stones, Roberto e Erasmo já estavam no auge. Vem Ben Jor, é o século vinte, de infinitos significados nas artes. E alguns anos, em um sarau no Rio de Janeiro, pasmem, no Corujão, ele Ben Jor, cantou com Edu Planchez. Que mistura! É a música. As letras e a poesia, juntas e misturadas. Era para fazermos ao menos um disco ao ano, através dos saraus, e paramos.
A música no Vale do Paraíba é efervescente, com inúmeros músicos em seus diversos e universais estilos. O mês que passou foi dedicado à musica, na Fundação Cultural Cassiano Ricardo. E neste domingo, quando eu voltava do Sesc, querendo ir almoçar, uma bela moça cantava no quiosque do Santos Dumont. Não parei, queria curtir de fora. Nem soube o nome. Tanta gente boa na musica, na arte. E Samba Esquema Novo é fundamental, depois que se ouve na primeira vez. Saúdo novos compositores, poetas e cantores. Que fazem nossa música eterna. “Eu que sou apenas um rapaz latino, sem dinheiro no banco”. Viva Belchior, Cazuza, Raul Seixas. E todas as sextas no Canal Brasil tem o som do vinil, programa com Charles Gavin, um TitÃs e torçam o nariz mas, Lobão esta ai, firme e forte fazendo muito pela musica das novas gerações. Enfim, rica é nossa MPB. VIVA está com o Funk Carioca…Criação antropofágica brasileira, que nos dói, mas consegue enriquecer a música. A vida é leve, breve e já não entro em qualquer portal, nem atravesso espelhos.
Curtam este disco…Ouçam Léo Mandi e tantos outros compositores do Vale do Paraíba e do Brasil. O Entrementes esta aí, dando espaço a nossa música.

Joka Faria

João Carlos Faria

4 de Dezembro de 2018

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