Santiago do Chile – Um gostinho de quero mais!
Santiago do Chile me encantou de tal forma que pretendo voltar em breve.
Uma viagem muito rápida, não deu tempo de ver tudo o que a gente gostaria de ver numa cidade como Santiago, cheia de cantos e encantos que fascinam. Não turistamos como todos os turistas, mas apreciamos a alma da cidade. Senti frio em Santiago? Para uma friorenta, quase nada!
Não houve tempo de ver todos os museus que gostaria de ter visto, de subir o Cerro San Cristóbal de Funicular, de comer no Centro da cidade, onde tem comida barata e variada, de ir para Vina del Mar ver o Pacífico e tantas outras coisas. Enfim, tudo isso porque ficamos apenas o primeiro e o último dia na cidade. No segundo dia fomos à Farellones, ver a neve de perto. Esse era o objetivo primordial de termos ido ao Chile: ver a neve.
Mas nesse texto específico, só vou contar sobre Santiago e depois vou fazer outro para falar da neve.
Chegamos em Santiago de madrugada e por isso acordamos tarde. O hotel, na verdade um apartamento de 80 metros quadrados, com cozinha e tudo mais, podia-se ver da janela, essa paisagem:
Nesse primeiro dia saímos então para andar pelos arredores do belíssimo Bairro Providência, fazer o câmbio que até assusta tanto zero numa nota (linda nota, por sinal); 1000 pesos equivale entre 5 e 6 reais, dependendo da cotação do dia. Perto da casa de câmbio, um lugar para comer empanada, que realmente é maravilhosa.
Para utilizar o metrô é preciso comprar um cartão Bip onde se faz a recarga das passagens para se locomover em Santiago. Fomos até o shopping onde fica o Sky Costanera, que é um mirante no prédio mais alto da América Latina. É possível ter uma vista de Santiago em 360 graus lá de cima. O edifício tem trezentos metros de altura e o mirante fica no 62º andar. Faz parte do complexo do Shopping Costanera Center. Não subimos para ver lá de cima toda a cidade e que arrependimento não ter feito isso. Fizemos compras no Jumbo, para fazer a nossa comida no hotel. Escolhemos coisas básicas e esquecemos do sal, comemos tudo sem sal.
No segundo dia, Parque Farellones e no terceiro, um pouco mais de Santiago, utilizando o metrô, andando pelas ruas, praças e feiras de artesanato. O Centro da cidade é como São Paulo, ruas movimentadas, prédios sóbrios e muita história e cultura. Um passeio pela rua colorida, Paseo Bandera, um projeto que transformou uma rua numa verdadeira obra de arte.
O único museu que não poderia ter deixado de ir foi La Chascona, casa onde viveu o maior Poeta Chileno, Pablo Neruda. Esse poeta que envolveu a minha adolescência, quando então lia seus poemas, com aquele espírito revolucionário, típico das pessoas da minha época. Na minha adolescência, a palavra Revolução era carregada de fascínio e beleza, levando os jovens para um mundo real, onde os países da América latina estavam lutando por suas liberdades, por suas verdades e pelos seus sonhos. E foi nesse momento, de pensamentos ricos e variados que conheci a obra de Pablo Neruda. Então, tinha que ir até La Chascona.
Ficamos por muito tempo conhecendo todos os detalhes da casa onde viveu o poeta e sua amada. Infelizmente não podia fazer nenhuma imagem dentro da casa, apenas o lado externo da mesma. A casa de Neruda fica perto do Cerro San Cristobal e por isso na subida de uma rua sem saída. A casa é enorme, com várias repartições separadas, salas de jantar bem separadas da sala de visitas e da biblioteca, por exemplo. Ele já morava na casa e foi construindo outras partes no terreno, separadas por escadas. Na sala onde recebia seus amigos, tem uma enorme janela de vidro de onde se pode avistar a Cordilheira dos Andes.
Como essa cordilheira é linda! Só mesmo vendo, para sentir o esplendor das montanhas e a grandeza da natureza, em sua beleza profunda e incontestável.
Enfim fomos ao Cerro para subir de funicular, mas a fila era enorme e resolvemos sair pela cidade e conhecer o mercadão, a Plaza das Armas, a casa de la Moneda, a rua colorida, enfim, ver o povo chileno na sua vida diária. Andamos a pé e de metrô o tempo todo. Um metrô moderno, bonito, organizado, mas no horário de pico é um deus nos acuda.
Nas ruas tem muitos artistas, desde os malabares nos semáforos, como cantores nas estações e até dentro do metrô. Apresentações nos calçadões e com muita gente assistindo. O povo chileno é tranquilo, educado e podemos sentir na cidade de Santiago, uma verdadeira civilização. Nas ruas, não tem semáforo de 3 fases, no entanto pode-se atravessar a rua tranquilamente, os motoristas respeitam o pedestre. Mesmo nos horários de pico, quando o trânsito é intenso, não há tumultos. Paira no ar um clima de muita tranquilidade, sem violência e com isso, um sentimento de confiança.
A Feirinha no Cerro Santa Lucia tem muito artesanato e outras lembrancinhas interessantes para levar para os amigos. É tudo mais barato que outros lugares da cidade. E nessa, encontramos essa Botica Cannabis com variedades. Ali perto, havia lanches feitos com a Cannabis.
O tempo foi curto e não pude ver muita coisa, por isso tenho que voltar a Santiago com mais tempo. Quem sabe no próximo ano, mas no verão ou primavera, para ver uma paisagem diferente. Conhecer todos os museus da cidade, ir para Vina del Mar ver o pacífico, numa vinícola ver as parreiras de perto, deserto do Atacama, etc. Tem muita coisa para se ver no Chile, afinal esse é o país das variedades. No próximo texto vou falar das montanhas e da NEVE. Aguarde!
Elizabeth de Souza
No vídeo abaixo, alguns momentos nas ruas de Santiago:
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