Sem retorno
No breu.
No breu da noite nublada no mar de fora, sem bússola, sem visão do litoral, sem solução, com risco de morrer pagão.
No breu da noite nublada no mar de fora, sem visão do litoral, sem solução, com risco de morrer pagão, em quase desespero, rogue a Deus que se abram as nuvens para mostrar o setestrelo.
No breu da noite nublada no mar de fora, sem visão do litoral, sem solução, com risco de morrer pagão, em quase desespero, peça a Deus que se abram as nuvens para mostrar o setestrelo, para achar o rumo do porto de Ubatuba, para a capela de Nossa Senhora do Itaguá, onde se entoa a ladainha pedindo proteção para todos os desventurados.
No breu da noite nublada no mar de fora, sem visão do litoral, sem solução, com risco de morrer pagão, em quase desespero, peça a Deus que se abram as nuvens para mostrar o setestrelo, para achar o rumo do porto de Ubatuba, para a capela de Nossa Senhora do Itaguá, onde se entoa a ladainha pedindo proteção para todos os desventurados que erraram em navegar muito longe da segurança, muito perto do perigo; muito perto do abismo, muito longe da esperança.
Domingos dos Santos
27-04-2019
Parabéns pelo texto!
Gostei muito
Você tem talento…