Ser tão pouco
Viajo pelos buracos negros
da minha inconsciência
A lucidez é medonha
A dor é tamanha
que não pode ser medida
apenas posso senti-la
atravessando meu corpo
e a alma que não tenho.
O monstro de mim mesma
criou-se nos recôncavos
das minhas origens
inerente a minha natureza
No entanto
penso que é um invasor
e poderia me libertar
Se tivesse ferramentas
pra lutar contra essa sina.
Sonhos e pesadelos dançam
zombando dos meus devaneios
brincando com meus anseios
fico a assistir
minha perda irreparável
por todos os crimes que não cometi
criatura inocente quase
fico a me culpar
por não alcançar a verdadeira realidade.
Elizabeth de Souza
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