Só Danço Samba em Macondo
Tantos crimes… sem castigo.
E cantar versos… sem versos.
O que Dostoievski escreveria hoje?
Se nada se assemelha…
Aqui, ladrões são perdoados?
O Estado, uma invenção.
Macondo, uma fantasia.
Sem Estado.
A Igreja, religião.
Roupas nos trópicos — uma cópia malfeita da Europa.
Ninguém ouve?
O artista Flávio de Carvalho?
A moda, invenção de poucos…
Crimes sem castigo.
Dostoiévski.
Plínio Marcos.
Quantos deveriam virar séries?
E nosso Machado de Assis…
Macondo.
Macondo…
Aquela casa de sonhos,
eu a transformaria em Casa de Cultura.
Paris não é Macondo.
Colônia Cecília.
Os Estados perdem poder para as Big Techs.
Cem anos hoje…
Seria uma história de androginia nos trópicos?
Rubem Fonseca e seu Rio de Janeiro.
“Eu só danço samba.”
Cantemos a ilusão de existir.
O Brasil é bossa.
Uma bala acerta nossos testamentos.
Nada se perde.
Macondo não está aqui?
Joka Faria
Dezembro de 2024
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