Só nos resta estudar para nos livrarmos da mediocridade do senso comum.
Por Joka Faria – que pedala para ver o mundo.
Tarde da noite, a mulher vira onça. Eu pedalo pelas estradas da cidade, não cheguei ao Paraíba do Sul. O cansaço não nos deixa, mas ainda chegarei. Fotografei uma árvore do cerrado e seus frutos. Quem sabe comprarei outra bicicleta para andar sem roteiros pelas estradas sem fim. A mulher virou onça e morreu. O cerrado está resistindo no Estado de São Paulo. Até quando? Nem um parque para preservá-lo só à área do DCTA?
Uma CIDADE, um povo que desconhece seu bioma, não preservarmos o Rio Paraíba, Mata Atlântica e Cerrado. Quero pedalar pela Serra do Mar, Mantiqueira, Litoral.
E a mulher onça morre em algum canto do Pantanal. Então vim publicar minhas fotos, deixar meus relatos ao mundo. A guerra continua, os preços dos alimentos tudo caro e as pessoas jogam todas as suas fichas numa eleição presidencial. E se esquecem do CENTRÃO. É preciso saber votar, entender de política, entender capitalismo, liberalismo e socialismo. Só nos resta estudar para nos livrarmos da mediocridade do senso comum. Vou caminhando, pedalando, conhecendo os caminhos de minha e sua aldeia.
A vida está aí nua diante de nossos olhares, sentires. O desejo de fazer política que seja para o bem comum. Mas estamos cegos de tantas informações, ruídos e o não amor, não deixa nascer a solidariedade. Precisamos ver além do horizonte. Ressignificar utopias.
Para saber mais:
https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/na-imprensa/cerrado-paulista/
João Carlos Faria
Abril de 2022, Outono.
Gaia
literatura, filosofia e arte
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