Tecnologia H2X é criada por brasileiro para prevenir acidentes
Proposta tem baixo custo e permitirá comunicação entre veículos autônomos e não autônomos com intervenção humana direta
É certo que num futuro próximo os automóveis conseguirão conversar com o ambiente ao redor, e o trânsito sairá ganhando por meio das tecnologias chamadas V2V (Veiculo para Veículo), V2I (Veículo para Infraestrutura) e V2X (Veículo para Tudo), eliminando parte importante dos acidentes que hoje ocorrem. Mas, e se, para além das máquinas, nós humanos pudéssemos nos comunicar com o espaço à volta para salvar vidas? Esta é a proposta do inventor Paulo Gannam, 40, batizada de H2X (Humano para Todas as Coisas).
A ideia
Tudo começou quando este brasileiro, natural de São Lourenço-MG, foi abordado por um policial que o alertou de que um de seus faróis baixos estava queimado. Após o ocorrido, o inventor voltou para casa e pensou que se outro motorista o tivesse avisado da ocorrência, de forma precisa e objetiva, quando o farol de fato queimou, ele já teria feito o reparo sem se colocar em risco e aos outros.
Feita a constatação, e refletindo sobre outras situações por ele vivenciadas no trânsito que poderiam ser merecedoras de comunicação, concebeu um produto inicialmente feito em hardware. Composto de um ou mais botões físicos conectados a um aplicativo de comunicação, o invento permite enviar – por meio de um único clique – alertas em áudio e-ou texto ao destinatário da informação, sem retirar a atenção do remetente ao volante durante a operação.
As mensagens poderiam ser enviadas entre motoristas, e entre estes e centrais de monitoramento de trânsito.
Exemplos: “Luz de ré queimada, aquaplanagem, engarrafamento, acidente à frente, sequestro, farol alto, reduza a velocidade, porta entreaberta, pneu murcho, use cinto de segurança, farol alto, desculpe, obrigado…”
Provas de conceito desenvolvidas. Segundo o inventor, uma junção de hard e soft facilitariam a comunicação e gerariam um troca de informações que os aplicativos de trânsito, abarrotados de recursos, não são capazes de proporcionar.
“Redes veiculares em desenvolvimento serão capazes de reduzir uma porcentagem razoável de acidentes. Porém, haverá um vácuo de proteção que poderá ser preenchido por este sistema, por colocar o ser humano – e não somente o veículo de forma automatizada – como o centro de recebimento e envio de informações de toda ordem”, afirma. O sistema permitiria ainda uma interação e troca de informações entre motoristas de veículos autônomos e de veículos não autônomos.
Mercado de motos
Sabe-se até o momento que motos não irão adquirir o mesmo grau de autonomia que outros veículos do futuro. Haverá um suporte de segurança assistida, mas não faz muito sentido pensar em uma moto totalmente autônoma, pois o conceito de “liberdade” associado a esse tipo de condução é bastante arraigado.
Tendo isso em conta, o inventor acredita que sua inovação poderá auxiliar motociclistas a enviar e receber mensagens do e para o entorno, ampliando o leque de proteção e fomento à segurança no trânsito.
“Esta forma multilateral de comunicação humana também criará um volume de informações sem precedentes nas vias, que poderão ser aproveitadas para processamento estatístico, desenvolvimento de novos produtos, insights preditivos e medidas corretivas de combate ao crime e aos acidentes observados na vias”, argumenta.
Segundo ele, as tecnologias V2X e H2X não seriam excludentes, mas complementares, podendo até se combinarem para fornecer soluções potencializadas em segurança e mobilidade.
O custo de produção estimado de uma das versões finais do dispositivo é de 9 dólares.
Parceria: Paulo tem seu projeto com patente solicitada e está disponibilizando a tecnologia para licenciamento ou sociedade. Seu principal objetivo é encontrar uma empresa com estrutura de engenharia e marketing para desenvolver os produtos finais e implementar o sistema no mercado com players do setor automotivo e de tecnologia.
Quem tiver interesse em conhecer mais sobre o trabalho de Gannam basta clicar aqui:
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