Troços e Destroços.
Tarde de outono, dia frio e chuvoso. As manhãs são como segunda-feira. O que fazer diante de um final de domingo? Estamos tão presos às horas e aos trabalhos. Afinal, o que é liberdade, se tudo se torna uma infinita rotina? Como seria um poema anunciando uma segunda-feira? Como romper a rotina? E a felicidade, realmente existe?
Às vezes, o poema nos escapa. Hoje iniciei a leitura de um livro de João Silvério Trevisan, “Troços e Destroços”, contos sobre o universo sexual na sociedade brasileira. E a vida segue sua rotina. Procuro a melhor luz da tarde de outono para ler. Ainda não tenho aquele dispositivo móvel de leitura. Imagine encerrar um dia com leituras.
Hoje fiz um vídeo sobre a educação e a privatização das escolas públicas em vários estados. Às vezes, não sobra espaço para a poesia. Mas ler um livro de contos é uma experiência muito boa. Eu gostava das antologias de contos da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, e na atualidade é muito bom encontrar um ótimo contista que desbrava sem restrições a sexualidade.
Assisti a uma palestra deste autor e conversei com ele rapidamente um tempo depois. Ler autores contemporâneos é uma experiência gratificante. Neste fim de semana, ouvi um relato literário de Abda Almirez que não chegou a dois minutos. Como tem gente criativa por aí. Pena que estamos cada vez mais sós em nossos finais de semana. A vida é tão corrida assim? Ou optamos, às vezes, por estar sós.
Acho as redes sociais de uma criatividade enorme, rompendo com o status quo, coisa que o jornalismo não mostra. Dias desses, desliguei um telejornal e fui para o zap e as redes sociais. Mas nada como achar um tempo para ler livros, pedalar e caminhar. Gostei da visão do centro de Abda Almirez. Quantos escritores no dia a dia nos cercam. O cotidiano se torna ficção. A vida é um livro sempre escrito por inúmeras mãos.
Estou mergulhado em “Troços e Destroços”.
João Carlos Faria
26 de Maio de 2024
Engraçado que já não leio nada de novos autores, só estou ficando nos clássicos e antigos mesmo.
Tudo isso, depois do chatgpt.
O autor é um nome conceituado desde a decada de 70.
Joka, não estava me referindo a esse autor que você está lendo e sim a novos autores, os de agora, entendeu?