Uma festa das artes e utopias – FLIM
Joka Faria buscando entender a decolonialidade
O que dizer dessa festa que é a Flim? Sem esquecer o Festival da Mantiqueira e a Flip. Eu gostaria de um dia circular nas principais festas literárias deste Brasil. Criar uma a partir de coletivos de escritores, seria uma utopia. Acho fundamental nascer coletivos de escritores. E mesmo com limitações tento e faço um esforço para criar um.
O Fórum de Cultura de São José dos Campos vem descentralizando seus encontros presenciais. Um dos próximos será num espaço no Bairro Pinheirinho dos Palmares. Neste momento tortuoso da história Brasileira, a comunidade de esquerda começa a dar passos de auto organização. Na busca da chamada democracia participativa. O PSOL vem reunindo uma juventude que dá gosto de ver. Assistir a quatro mesas em dois dias foi uma experiência única. Esqueci meu mundinho e mergulhei neste encontro. Tinha um cuidado da coordenação da festa, sobre a questão política. Sinto estas questões na pele enquanto professor. Então entendo o ponto de vista da AFAC, Mas a emoção e o grito em nossas gargantas, longe bem longe das redes sociais, estava na Flim. Eu ali, pacato cidadão, sem pensar em performance, sem minhas melancias no pescoço. Embora senta saudade de minhas vestes performáticas.
Em novembro teremos na cidade de Monteiro Lobato um festival de literatura infantil. Quero estar presente. Me faltam livros de minha autoria para compartilhar. O que publicar? Gravei alguns vídeos que irei publicar ao longo desta semana. Uma só entrevista com a escritora Larissa Ferreira, mas meu foco eram as mesas literárias. Este ano, em um lugar aberto, sem precisar reservar ingressos na internet. A questão indígena e quilombola estão presentes em inúmeros seres humanos…Enfim a cultura europeia sendo questionada. Inúmeros escritores indígenas. Foi uma imersão em saberes e desconstrução de nossas visões de mundo. Mas cada pessoa tem uma visão destas festas. Isto é fundamental para a diversidade de pensares. Escrevo porque vivo. E busco deixar de sobreviver, quero viver. Este mergulho travou minha escrita. Estava respirando para deixar este relato. Uma simples vivência, um ponto de vista…Imagina algo assim sobre a educação?
Educação às vezes cansativa, estressante, mas muitas vezes gratificante. Ser professor faz parte da construção de seres humanos
A vida é curta mas muitas vezes cheia de significados como no último final de semana do inverno. Para variar, no primeiro dia não levei nada para comer, mania de confiar no vil metal…Ou cartão? Gentilezas e bolachas me foram oferecidas, saciei minha fome. Quantos escritoras e escritores.
Debates sobre a questão de gêneros e não somos neutros. Enfim, um fim de semana marcante com inúmeros caminhos a se desvendar.
João Carlos Faria
Professor, artista, escritor
E nada ao mesmo tempo.
Como bem disse Solfidone
Tribo Invisível
Coletivo filosófico, poético
“Só não existe o que não é imaginado” (Murilo Mendes)
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