Uma Nova Visão de Mundo
A sobrevivência nestes tempos de pandemia é uma preocupação generalizada. Quando desperto, logo pela manhã, meu primeiro gesto é apalpar-me e me certificar se ainda faço parte deste mundo ou das ”estatísticas” do Ministério da Saúde.
Ligo o celular. Dou uma olhada nas mensagens. Cada vez mais deparo com vídeos e textos de conforto e solidariedade. Nas redes sociais circulam reflexões ressaltando a necessidade de união de todos no combate ao coronavírus. A ideia de que “todos somos UM” e vivemos numa “aldeia global” parece ganhar corpo.
Num momento em que ninguém está isento de riscos, o medo assume uma condição de pensamento global. Preocupa não só sobreviver à pandemia mas ao que virá depois, uma incógnita até agora. Intuitivamente a impressão é de que se não nos unirmos o futuro poderá ser sombrio. Mudanças de paradigmas serão inevitáveis se a sociedade humana pretende sobreviver.
Fritjof Capra está sendo relembrado com a sua visão orgânica, ecológica e holística, demonstrando que o homem deve buscar outras formas de percepção e de relação com a vida. É bom ler ou reler “O Ponto de Mutação”.
Agora, mais que nunca, há necessidade de ciência e espiritualidade se unirem, pela superação da visão dualista e cartesiana do mundo. No combate a essa pandemia a ciência deve apontar o caminho racional por meios dos protocolos de prevenção e agentes imunizantes. Não menos relevante é o papel da espiritualidade consciente quando fortalece o sistema imunológico pela fé e boas práticas como a meditação, reflexão, oração, além de confiança na Ordem Cósmica.
Talvez seja a oportunidade de perceber como ciência e espiritualidade podem ser complementares e não antagônicas. De uma revisão de paradigmas como fator de sobrevivência.
Por Gilberto Silos
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