Uma performance na Rua 25 de Março Paulistana
Em memória a Edu Gair, Harley Campos, Dailor Varela, José Omar de Carvalho e Reginaldo Poeta Gomes.
O bardo carioca, que morou nos interiores dos interiores de Sampa, incendeia uma Nova Yorque inventada em sua mundial turnê. Sua Ursa Maior circula o planeta em nossos sonhos. Ele diz que só foi ao Paraguay. Bobagem, sua vida circula o planeta. E eu, idealizo performances na Rua 25 de Março a partir das roupas dos sacerdotes cristãos. A bailarina nas madrugadas, expulsa de Parnaso, cria estas roupas de imaginação. É, velho Monteiro Lobato, pir-lim-pim-pim. Nossa imaginação cria tudo.
Eu não tenho um roteiro, só a ideia de canções feitas por ele e um outro cantor, com um estranho nome de peixe de água doce. Já imaginei quem irá registrar, um cineasta de filmes ainda não realizados. Um diretor poeta, sem leis de incentivos, fundos de cultura na cara e na coragem. Invadir São Paulo, Rio de Janeiro e passar o chapéu. No interior dos interiores paulistas, nada acontece.
Como sempre falava um poeta criador do poema processo. Nossa arte, acontece e des-acontece. Em Goiás, Sampa, Rio, São José dos Campos – Estamos conectados e desconectados. Quem cria um roteiro de performance em plena 25 de Março? A velha Sampa!
Nós existimos e resistimos nas canções poemas destes bardos da contemporaneidade.
Joka Faria
João Carlos Faria
Outono 2020, Vale do Paraíba, SP, Brasil.
Faça um comentário