A educação pelo ponto de vista dos educadores

 

A educação pelo ponto de vista dos educadores

Reflexão do professor João, Joka Faria

A vida diária nas escolas merece ser retratada pelo ponto de vista de professoras. Não de uma maneira acadêmica e ideológica.
Minha escrita é ideológica e tem seus lados. Quero me despir de minhas ideologias e aprender a retratar a educação e o dia a dia nas escolas de forma crua, direta, poética. Mas sofremos influências dos pensadores. Qualquer escritor que seja professor no dia a dia da vida escolar deveria retratar este caos criativo. Sofremos pressões diariamente. E olha que vivo numa das cidades mais ricas do Brasil. As periferias estão presentes no nosso dia a dia escolar. A educação é um abismo entre as teorias e seus pensadores e as leis que regem a forma de ser das escolas, LDB, Eca e outras. Preparativos para concursos, pós graduação. Temas como a inclusão, a defasagem de aprendizado, a indisciplina da educação infantil ao ensino médio e as maneiras criativas das professoras; elas são maioria na educação. Até o século dezenove eram os jesuítas que davam as cartas.

 

Tem inúmeras maneiras alternativas de dar aulas e métodos, mas a escola pública é a maioria. Hoje as faculdades têm cursos à distância que formam boa parte dos profissionais de educação. Não sabemos como o MEC as fiscaliza. Caberia ao Estado formar professores, pois universidades públicas tem uma qualidade bem melhor, não visam lucro. Mas estamos num Estado liberal e o capitalismo dita sempre as regras.
E estas maneiras de viver e ver o mundo estão nas escolas. As escolas não são um mundo à parte e por isso as relações são sempre tensas. Professores estão sempre adoecendo. A pressão em cima deles é enorme, sempre foi. O piso da categoria tem melhorado, mas direitos
vem sendo retirados. O piso dos professores deveria ser o salário mínimo do dieese, hoje em R$ 6.528,93 ou até maior, mas os sindicatos estão enfraquecidos e desorganizados.
No Congresso Brasileiro o Centrão é a maioria e não vemos pressões nas ruas neste atual governo. A cultura e as artes deveriam ter espaços nas escolas que deveriam abrir em finais de semana, feriados e nas férias escolares. Darcy Ribeiro criou os Cieps.
Mas sem reflexão e ações, as tensões irão permanecer na vida escolar. Cabe sempre mobilizações e estratégias.
Este texto é uma contribuição. Cabe a inúmeros, pensarem até divergentes deste autor. Teses de mestrado, doutorado. Enfim debater e reagir para a melhoria da qualidade do ensino. Só não devemos estar em silêncio. Afinal pensar é artigo de luxo.

João Carlos Faria

Pedagogo formado na Unicesumar.

Um de agosto de 2023

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