A migração e a educação pública

 

A migração e a educação pública

Por Joka Faria

É Fantástico, hoje dia 6 de Agosto de 2023. Faz cinquenta anos do Fantástico. Em era de redes sociais, netflix, youtube, às vezes paramos para ver tv. É o momento em que as pessoas da família estão na sala antes de se recolherem. Este momento de encerrar o final de semana deveria ser estudado em teses de psicologia. Hoje felizmente pedalei, ainda não comprei meu carro para circular por nossas regiões.
Um amigo meu me indicou o canal de economia no youtube PRIMO POBRE. Como a vida é rotina até em finais de semana. Estou me esforçando para sair da minha zona de conforto, mas o primo pobre falou que temos que jogar o cartão de crédito no lixo. Fazer o pé de meia. Enfim economizar um valor igual a seis meses de trabalho. Vou me esforçar. Preciso lançar meus livros. Vai que aprendo a vender meus livros. A ong GERANDO FALCÕES surgiu assim.
Eu vi neste final de semana no canal do youtube do Ferréz um escritor de nossa classe social, o proletariado. Não somos a classe média.
Hoje revi a sede de uma fazenda que foram de meus bisavós pais de meu avô materno João Caetano. Hoje ficamos fora das cercas. Famílias migrantes do Sul de Minas Gerais. Vinda nos anos 70. A Mantiqueira faz parte do meu DNA, de minha genética. Eu passei férias naquela antiga sede de fazenda nos anos 70. Ainda não dirijo para revisitar estes lugares, imaginem um documentário sobre a migração na região do Sul de Minas para São Paulo. A pinga Amélia é um símbolo da família FARIA.
O ZÉ OMAR me criticou quando falei que eu vinha desta genealogia. Para mim, só restam essas estradas. Nem um cantinho de terra. Minha avó dona Maria falava que terra só embaixo das unhas.
Imaginem as dificuldades destas gerações. Minha mãe e meus tios caminhavam mais de dez quilômetros para estudar. Minha geração sempre teve escolas públicas perto de casa. Vejo a crítica à escola Estadual de São Paulo desde o final dos anos setenta, bem fortes.
E hoje sou professor. Uma geração de professores que não se mobilizam. Estamos enraizados numa cultura liberal. Então ninguém se mobiliza. É preciso descobrir novas nuances e técnicas de lutas políticas. Vamos que vamos quem sabe ainda monto uma colônia anarquista. Como já o fez Edson Souza em Caraguá. Tem umas terras na ilha da represa Jaguari. Então a vida é Fantástica.

João Carlos Faria

Foto: Joaquim Caetano Neto, tio Quinzinho

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