A palavra tem poder…

 

A palavra tem poder…

As palavras sempre foram mágicas para mim.

Não consigo me imaginar sem poder falar, escrever, ler e ouvir belas palavras. Elas tem poder sobre mim. Basta uma palavra para acessar novos mundos internos ou conceitos diferentes no dia-a-dia que se movem nesta curta passagem pelo planeta. Teremos um fim? Sei lá! Só sei que é assim. Nestes momentos de questionamentos sem nexo, fico imaginando Sócrates quando chegou no auge do conhecimento humano ao dizer “Só sei que nada sei”. Todos chegam a esse decreto em algum momento e os que pensam demais da conta, chegam mais rápido a essa fatídica conclusão
E nessa de buscar as palavras códigos para acessar os buracos insondáveis do conhecimento humano, palavras que desvendam mistérios, que são aprazíveis aos ouvidos, que são doces e delicadas ao sair das gargantas encontram-se toda a sorte de textos e contextos. O poder do verbo dos antigos escritos que se perderam no tempo, foram espalhadas ao vento chegando até os dias atuais, como uma herança sem explicação.
As palavras formam, deformam, atormentam, machucam, dão prazer, despertam os sonhos antigos, mas todas, sem exceção, mexem com a gente. O que seria dos humanos sem as palavras?
A música é sublime, a primeira Arte, mas a letra é a beleza que se desvenda profunda-mente, de forma ordenada ou caótica. As palavras expressam as fantasias mais ocultas, dentro de um mundo semiótico; expressam os sentimentos mais puros ou impuros, dependendo da vibe; expressam de forma pontual e visceral a realidade humana, em suas mais diversas situações.
A poesia mexe no coração da pessoa, entra, se instala e faz compreender aquilo que está oculto nas entrelinhas.  Tem poetas que escrevem de uma forma tão pontiaguda que faz a realidade saltar nua e esguichar sangue e suor.
Chico Buarque com sua linguagem sofisticada entregou uma música com poesia metafórica, assim como exigia o momento em que vivia e foi genial em sua arte, incomparável. E outros como Caetano Veloso, Zeca Baleiro, Criolo, Chico César e tantos mais, entregam as palavras de mãos beijadas, trazendo o entendimento  do mundo de uma forma culta e bem elaborada.
Mas voltando para o momento atual, onde o Funk é desprezado por alguns, pelo seu alto teor erótico, o apelo a violência, com palavras pesadas e cortantes, a tendência é olhar torto e com desdém, pelos desavisados. Mas esse ritmo é a expressão da realidade da periferia, quer se goste ou não. É a expressão do que acontece com uma parcela da população e os alienados insistem em tampar os olhos, ouvidos e bocas, num esforço para afastar essa realidade, mas ela está aí.
E nessa semana, conheci algo inusitado e por isso corri a escrever esse texto para compartilhar a experiência. Nas minhas navegações pela WEB, pelo Tik Tok especificamente, cheguei até uma música, que no primeiro momento ia pular (no Tik Tok a gente vai pulando), mas parei e resolvi ouvir e olha que foi uma pérola. A letra de forma simples, numa linguagem coloquial, sem perder a sofisticação da poesia e a preciosidade das rimas, num ritmo de Funk.

Escutem com a mente aberta e o coração sincero…

Elizabeth de Souza – E eu, continuo a escrever, continuo a escrever.
080724

O vídeo que encontrei no Tik Tok onde o cantor é o MC Menor do Chapa:

https://vm.tiktok.com/ZMrUj7ARq/

https://www.tiktok.com/@funkconscienteoriginal/video/7364119454923476229?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7389646862145996294

https://www.letras.com.br/menor-do-chapa/biografia

Para saber mais sobre o Funk, clique AQUI

@lovemezica

#funk #funkcarioca #thiagson #periferia #cultura

♬ Geceler – Remix – Oruc Amin

Sobre Elizabeth Souza 408 Artigos
Elizabeth de Souza é coordenadora e editora do Portal Entrementes....

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