Abrir uma janela para a alma!

 

Abrir uma janela para a alma!

Por Raul Tartarotti

Quando falamos na busca para a cura de problemas emocionais, um dos diferenciais para pensar melhor nossas vidas é utilizar uma teoria aberta que inclua diversas ideias diferentes, e permita uma discussão de opiniões distintas nessa árdua existência.

Uma dessas teorias é a logoterapia que utiliza uma abordagem psicoterapêutica reconhecida internacionalmente, e se baseia na premissa de que a principal força motivacional de um indivíduo é encontrar um sentido para sua vida.

Segundo Nietzsche, “quem tem por que viver aguenta quase todo como”.
Nessa área não podemos esperar uma resposta pronta porque não existe, e não cabe a nenhum psicólogo dizer ao indivíduo qual o sentido da sua vida.

Seria sem desventura nenhuma nossos dias de perseguição e luta pelo prazer, e o encontro com a felicidade, se não dependessem muito de nosso interesse.

O Dr. Viktor E. Frankl, um neuropsiquiatra austríaco, foi o fundador da Logoterapia e Análise Existencial.

Ele ficou mundialmente conhecido após descrever sua experiência dramática em quatro campos de concentração nazistas, em seu best-seller internacional: “Em Busca de Sentido”.

Ele foi libertado somente ao fim da guerra quando tomou conhecimento de que sua mulher faleceu de esgotamento, e seus pais e o irmão, haviam morrido no Holocausto nazista.

Uma das pérolas que Dr. Viktor nos deixou é que “A vida é sofrimento e sobreviver, é encontrar sentido na dor. Se há, de algum modo, um propósito na vida, deve havê-lo também na dor e na morte”.

Essa visão aberta da logoterapia traz a possibilidade da disseminação de múltiplas formas de felicidade e a discussão promovida na mesa, é a base do crescimento coletivo.

O gatilho que mostra a felicidade em uma curva possível durante a busca, na verdade promove uma nova chance com dor e lágrimas, porém, capaz de proporcionar que sigamos em frente mesmo sem saber para onde ir, porque o durante, é onde se concretiza a experiência.

O andar desmonta o pesar e os sobreviventes serão os experientes de amanhã, que saberão empunhar novas armas para usar nesses quinhões de desafios.

Como definiu Dostoiévski, o ser humano é um ser que a tudo se habitua.

Mas afinal, quando se encerra o drama de quem por vezes não sabemos quem somos.
Chorar ajuda, é uma maneira de abrir uma janela para alma e deixar esvaziar o sangue dolorido.

Sobre Raul Tartarotti 97 Artigos
Natural de Gramado, Raul teve formação básica em Eng. Biomédica. É cronista em diversas publicações no Brasil e exterior, impressa e eletrônica. Estudou literatura Russa, filosofia clássica e contemporânea. Suas crônicas são de cunho filosófico e social, com objetivo de trazer reflexão ao leitor sobre temas importantes de nosso cotidiano.

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