As pessoas sonhando com revoluções que nunca desacontecem

Digo amém, leio vagarosamente Adélia Prado, frases soltas no facebook. Nunca é hora de partir, qual é a dor de parir? Amanhecem dias e dias e nunca um dia é como o outro. Hoje era dia escatológico, as pessoas sonhando com revoluções que nunca desacontecem.
Tece a aranha, sua teia e alguém me fala que veio de Orion, respondem-me não, se mistura UFOLOGIA com magia. Que salada eu faço dentro de mim. Adélia é um saber. Beth Brait Alvim cita Anais Nim num poema. Devorei Anais Nin, seus livros, sua vida e alma.
Não sei quem ler, domingo li livros e mais livros, na manha. A luz do Sol devora os livros.
Hoje o motorista e o cobrador do ônibus não eram os mesmos. O horário é o mesmo e esse ônibus atravessa a ponte sobre o Paraiba. Minha sagrada Mantiqueira. Estradas paradas, fantasias sobre o preço do feijão. A realidade cabe em minha prosa. Não sei de qual estrela eu vim…Nem sei de minha religiosidade, uma curiosidade por Adélia Prado. Mas gosto mesmo é de algumas poetas e estas moças de lingerie na internet. Não sei ler o que as nuvens nos dizem. Reptilianos? Greys? Afinal o que somos, quem somos?
Quantas canções por criar, quantos amores por viver?
Anjos sem asas, naves maiores que o Planeta Terra?
Maya ilusão. Nunca aprendi a criar um soneto. Minha escrita é sem amarras. Minha alma libertina, a vida sem ousadias. Triste, sem amores carnais.
Deveria eu trabalhar com moda? Uma sala de aula numa tarde de outono é um prazer, além de velhas ilusões. Resta-me escrever, refletir e pensar. Quantas caixas dentro de mim e de você?
Rasguemos as caixas! MacBeth deixou se influenciar por três bruxas? Dias sem meus demônios, dias sem poesia. Quantas ilusões!
Tudo criado por um Demiurgo?! Continuo a explorar meus abismos. Eu, sem fé sem religião, em busca de me reencontrar com minha alma. Eu Demiurgo de meu próprio Universo? De qual estrela você veio?
Quando sairemos desse abismo de ignorância? Já não digo Amém. Desejo saltar abismos, reencontrar uma nave e partir. “Ei seu moço, do disco voador” cantava Raul Seixas.
Cadê minha carona?

Joka Faria
João Carlos Faria
Outono de 2018

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