“Caminho pelos escombros das minhas palavras insignificantes” (Frase de Ricola de Paula)
Brinco de quatro cantos
Pulando entre as palavras
Norteio-me com frases lépidas
Tomando o Sul por assalto.
Descanso delas no leste
Embrenhando-me num silêncio sem igual…
Assim vou compondo minha vida
Bordando por cima das feridas,
Rosas em ponto cruz.
Nas entrelinhas
Roubo palavras alheias
Fascinada pelo seu brilho de ouro
Noutras, ofereço frases soltas
Para quebra cabeças mirabolantes
No oeste encontro a esfinge de mim
Solta de seu sorriso enigmático, perguntas absurdas
Só para testar A inspiração, A respiração e A piração.
As palavras dançam no ar
São pirilampos a iluminar os caminhos sem volta,
Os abismos medonhos
E as trilhas sonoras encobertas por sombrias matas virgens.
Fico perdida entre tantas
Novas, belas, diferentes, salteadas, caóticas, maltrapilhas, sonoras, sombrias…
Embriagada com a Poesia
metrificada, desmetrificada, petrificada
Deliro e invento algumas
Gesto outras para nascer de novo
E mato muitas para renascer…
No momento, “Caminho pelos escombros das minhas palavras insignificantes” .
Elizabeth de Souza
Poema Inspirado na frase do Poeta Ricola de Paula
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