Elifas Andreato - Ilustrador brasileiro -

Elifas Andreato – Ilustrador brasileiro

Elifas Andreato é um artista, designer e ilustrador brasileiro que se tornou conhecido por suas ilustrações de capas de vinis na década de 1970. Ele trabalhou com várias gravadoras e artistas renomados, como Chico Buarque, Elis Regina, Gilberto Gil e João Gilberto, criando capas icônicas que ajudaram a definir a estética da música popular brasileira na época.

Andreato tem um estilo muito característico, que combina elementos figurativos e abstratos em composições vibrantes e coloridas. Suas ilustrações muitas vezes apresentam imagens que remetem à cultura popular, o folclore brasileiro, como festas juninas, samba, carnaval e futebol, além de símbolos políticos e sociais.

Algumas das capas mais famosas criadas por Andreato incluem “Álibi” de Maria Bethânia e outras. Essas capas são consideradas obras de arte e ajudaram a definir a estética da música popular brasileira naqueles momentos:

“Acabou Chorare” – Novos Baianos (1972)
“Clube da Esquina” – Milton Nascimento e Lô Borges (1972)
“África Brasil” – Jorge Ben Jor (1976)
“Refavela” – Gilberto Gil (1977)
“Bicho” – Caetano Veloso (1977)
“Mestre Ambrósio” – Mestre Ambrósio (1995)
“Banguela Records” – Vários Artistas (1996)

Hoje, as ilustrações de Elifas Andreato são consideradas um tesouro cultural brasileiro e uma parte importante da história da música brasileira. Suas capas de vinis são admiradas não apenas pelo seu valor estético, mas também por sua capacidade de capturar a essência da música e da cultura brasileira em uma época de transformação e mudança.

Nascido em São Paulo em 1946, Andreato estudou arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), mas logo se tornou interessado em design gráfico e ilustração.

Andreato começou sua carreira como ilustrador em 1968, trabalhando para a revista Realidade e, posteriormente, para a Folha de São Paulo. Em 1973, ele criou sua primeira capa de vinil, para o álbum “Os Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets”, da banda Os Mutantes. A partir daí, ele se tornou um dos principais ilustradores de capas de vinis do Brasil, criando mais de 600 capas ao longo de sua carreira.

Embora a popularidade dos vinis tenha diminuído nas últimas décadas, as ilustrações de capas de Andreato permanecem como um testemunho da rica cultura visual da música brasileira dos anos 70 e 80.

Alguns dos músicos que tiveram capas de vinis feitas por ele são:

Elis Regina – “Falso Brilhante”
Chico Buarque – “Construção”
Milton Nascimento – “Geraes”
Tom Jobim – “Urubu”
Gal Costa – “Gal Tropical”
João Bosco – “Caça à Raposa”
Alceu Valença – “Coração Bobo”
Clara Nunes – “Brasil Mestiço”
Paulinho da Viola – “Nervos de Aço”
Gonzaguinha – “De Volta ao Começo”
Gilberto Gil
Caetano Veloso
Jorge Ben Jor
Raul Seixas
Secos & Molhados

Capas dos discos Nação (1982), Canta Canta, Minha Gente (1974), Espiral de Ilusão (2017), Nervos de Aço (1973), Luz das Estrelas (1984) e Clementina, Cadê Você? (1970)

Essas são apenas algumas das capas de vinis que Elifas Andreato produziu. Ele é considerado um dos maiores artistas gráficos brasileiros e sua contribuição para a música popular brasileira é imensa.