Kaos com K soa melhor que com C

Por Joka Faria

Faz um tempo que ando me sentindo fora da realidade de minha cidade, não sei porque. Até sei, mudei de endereço, estou atento aos estudos e trabalho e circulando bem pouco. Fazemos parte de uma comunidade e de um jeito ou de outro precisamos estar próximos das pessoas. Meus textos ultimamente estão rareando, quase um por semana. Para quem gosta de escrever quase todo dia e pinta a necessidade de preparar o segundo livro, preciso achar um outro tempo para a escrita. O primeiro livro foi uma experiencia legal, fiz duas edições, a primeira vendi alguns e vi que não me satisfazia. Isto de manguear ou vender diretamente parece forçado, então passei a dar o livro a pessoas que acho importante o ter. Com o tempo quero colocar os livros em bancas, mas como sempre envolve custo, cabe a minha criatividade chegar a uma solução. E optei por não correr atrás de leis de incentivo ou fundos de cultura, acho que minha obra merece outras experiências, a experiência de mercado. Já existem Ongs e Fundações para tudo, então por que não devo ousar e buscar saídas dentro do mercado?  Sem depender dos SESC e Fundações, nada contra estas instituições, que são cumpridoras de seus papeis.

A cultura deve ser uma criadora de oportunidades, mesmo que arriscando outros voos, quebremos a cara. Aprendi com o tempo a absorver as críticas positivas ou negativas dada a minha curta visão. O mundo não é só o que enxergamos e enxergo bem distorcido, por isto uso óculos e quando os tiro tudo se embaça e vira um Kaos. E prefiro Caos com K, soa melhor e o simbolo é mais forte que com C. Hoje sei que a língua define os códigos de escrita. Mas para o público que escrevo estarão bem atentos a esta licença quase que poética. Tenho vontade de me aventurar nas Artes Plásticas. Uma hora destas chego lá, por enquanto crio textos e vídeos. Esta vontade despertou através do Arteateh, um grupo que discute arte na cidade virtual e presencialmente, só falta um blog para se ampliar o debate. Por que não um programa de TV nas emissoras a cabo? Tudo pode rolar, mas sempre depende de dinheiro e disposição das pessoas. Esta cidade é bem dinâmica, tem uma historia cultural já de tempos. Eu tenho uma lacuna a preencher, a década de 50 até 70 do século vinte. Quando se mudou a maneira do mundo ver as coisas? Só tenho uma referencia da cidade, a Helena Calil. Então precisamos aprender a decifrar esta época em que vivemos para gastar nossa pouca energia em coisas que deem um significado real. E deixaremos de bater cabeça.

Arte e cultura tem seu papel transformador para o debate politico. Mas hoje respeito quem não se manifesta politicamente. Mas prefiro continuar a levar minhas pedradas, me expondo. A vida é curta demais para nos calarmos?! E não me calarei. Mesmo sabendo dos ônus que isto acarreta. Se tem mais ônus que bônus. Mas isto é o jogo. E estamos bem vivos. O que importa é viver bem, mesmo que internamente. As coisas parecem que não acontecem, mas o mundo esta se movendo. A gravidade nos prende ao chão. E o corpo físico nos mantem na terra. Mas tudo flui e o planeta gira num espaço, cheios de galaxias. E nunca sabemos para onde vamos…Temos que aprender a decifrar os rumos que fazemos.

E arte, cultura, filosofia, religião e esoterismo, ciência estão ai com algumas chaves para desvendar estes mistérios tudo se misturando. E graças a Deus e o Diabo estamos bem vivos nesta festa que nunca termina. E como diria Paulo Rafael de Aguiar Godói que esta sem celular: Vivamos cem anos dentro de uma faca. A cidade esta aí, o pais e o mundo estão ai. Se não vamos mudar o mundo, que pelo menos mudemos a nós mesmo. Estou aqui vivo escrevendo desta minha, desta sua SÃO JOSÉ DOS CAMPOS SÃO PAULO BRASIL.

Que se faça a luz dentro de nossas cabeças. Giam, O Leão está enjaulado quem irá soltar o Leão?
João Carlos Faria

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