OSCAR 2019 – Comentários sobre todas as categorias!

OSCAR 2019 – Comentários sobre todas as categorias!

OSCAR 2019 – Comentários sobre todas as categorias!

*BEST PICTURE*
 *MELHOR FILME*

* Vencedor: Green Book (Green Book: O Guia)

Também concorriam:

* Black Panther (Pantera Negra)
* BlacKkKlansman (Infiltrado na Klan)
* Bohemian Rhapsody (Bohemian Rhapsody)
* The Favourite (A Favorita)
* Roma (Roma)
* A Star is Born (Nasce Uma Estrela)
* Vice (Vice)

 Daltopinião: grandes filmes concorriam na principal categoria do Oscar, a começar pelo sublime Roma, de Alfonso Cuarón… mas dar a estatueta de Melhor Filme para uma produção de streaming, e ainda mais sendo um filme mexicano? Esqueçam, Roma era carta fora do baralho. Ficávamos ainda com o belíssimo (apesar de seus defeitos) Bohemian Rhapsody, ou com o surpreendente Pantera Negra (primeiro filme de super-heróis a concorrer nesta categoria), mas ambos não são “filmes de Oscar”, a Academia ainda não chegou nesse nível de liberdade de pensamento, então o favoritismo, mesmo que tênue, era mesmo de Green Book: O Guia, que já havia vencido o Globo de Ouro de Melhor Filme para Comédia ou Musical, e ele confirmou meu raciocínio, sendo laureado como o Melhor Filme da cerimônia. A trama deste belo rodie movie  ocorre nos anos 60, e mostra o personagem de Viggo Mortensen, Tony Lip, um brutamontes racista ítalo-americano, que é contratado como motorista e segurança por Don Shirley (vivido por Mahershala Ali), um importante músico negro, para uma série de shows pelo sul dos Estados Unidos. Essa jornada irá transformar o pensamento de ambos, pouco a pouco. É um longa divertido e corajoso, cheio de fascínio, obrigatório para o amante de grandes filmes. Não deixe de pegar carona e viajar com eles, é satisfação na certa!

*DIRECTING*
 *MELHOR DIRETOR*

 * Vencedor: Alfonso Cuarón, por Roma (Roma)

Também concorriam:

* Spike Lee, por BlacKkKlansman (Infiltrado na Klan)
* Pawel Pawlikowski, por Cold War (Guerra Fria)
* Yorgos Lanthimos, por The Favourite (A Favorita)
* Adam McKay, por Vice (Vice)

 Daltopinião:  apesar dos grandes nomes no páreo, o favorito era mesmo o mexicano Alfonso Cuarón, por sua obra-prima Roma, que já havia vencido o Globo de Ouro de Melhor Diretor. O filme conta a história de  Cleo (Yalitza Aparicio), uma jovem que trabalha como babá e doméstica para uma família de classe média do México, no bairro chamado Roma. Cuarón, além de ter dirigido, escreveu, montou e fotografou este filme, e mostrou seu enorme talento em cada uma das ações. Com uma câmera quase fixa, com movimentos sutis, ele nos deu uma sensação panorâmica dos ambientes, com uma talentosa estabilidade visual. Toda em preto e branco, o cineasta nos entregou uma obra intimista, instigante, inteligente, que, irônica e curiosamente, é uma belíssima representação do mais puro cinema, mesmo nunca tendo passado em sala alguma. O streaming veio mesmo para ficar e a Netflix provou isso com esta sublime produção. Alfonso Cuarón já havia vencido dois Oscars em 2014 por Gravidade (Melhor Direção e Melhor Montagem), e se consagra definitivamente como um dos grandes nomes da Sétima Arte, com ou sem muros tentando separá-lo de Hollywood.

 *ACTOR IN A LEADING ROLE*
 *MELHOR ATOR*

 * Vencedor: Rami Malek, por Bohemian Rhapsody (Bohemian Rhapsody)

Também concorriam:

* Christian Bale, por Vice (Vice)
* Bradley Cooper, por A Star is Born (Nasce Uma Estrela)
* Willem Dafoe, por At Eternity’s Gate (No Portal da Eternidade)
* Viggo Mortensen, por Green Book (Green Book: O Guia)

 Daltopinião: difícil comentar esta categoria este ano de forma fria, sem deixar o coração falar, mas vamos lá: a melhor atuação no ano? Bem, foi a de Christian Bale, ator incrivelmente camaleônico que já tornou rotina se transformar fisicamente para os papéis que interpreta. Em Vice ele contou com uma maquiagem impressionante e simplesmente se transformou em Dick Cheney, vice-presidente no governo de George W. Bush, entre os anos 2001 e 2009. Mas como não torcer para Rami Malek, que incorporou de forma mais do que emocionante o imortal Freddie Mercury, no sublime Bohemian Rhapsody? Bale havia vencido o Globo de Ouro de Melhor Ator para Comédia ou Musical (fora inúmeros outros prêmios por este papel) e Malek tinha ficado com o Globo de Ouro de Melhor Ator para Drama. O favoritismo era de Christian Bale, ele merecia seu segundo Oscar (havia vencido em 2011 por O Vencedor, além de também ter concorrido em 2014 por Trapaça e 2016 por A Grande Aposta), mas não vou cometer o pecado de dizer que Rami Malek venceu de forma injusta, nesta que foi sua primeira nomeação. Ele, que ganhou fama protagonizando a ótima série Mr. Robot (pela qual foi indicado duas vezes ao Globo de Ouro, em 2016 e 2017) entregou uma atuação portentosa, e nos levou a algo que parecia impossível: ver um “show” do Queen, com Freddie Mercury mais vivo do que nunca, em pleno 2018.

 *ACTRESS IN A LEADING ROLE*
 *MELHOR ATRIZ*

 * Vencedora: Olivia Colman, por The Favourite (A Favorita)

Também concorriam:

* Yalitza Aparicio, por Roma (Roma)
* Glenn Close, por The Wife (A Esposa)
* Lady Gaga, por A Star is Born (Nasce Uma Estrela)
* Melissa McCarthy, por Can You Ever Forgive Me? (Poderia Me Perdoar?)

 Daltopinião: aqui, apesar da torcida do enorme fã-clube de Lady Gaga, a briga estava mesmo entre a espetacular Glenn Close, e a britânica Olivia Colman, por sua impecável interpretação da desequilibrada rainha Anne, em A Favorita. Close tinha a desvantagem de concorrer por um filme inferior em qualidade, pois A Esposa não se compara ao filme A Favorita. Ambas haviam vencido o Globo de Ouro este ano (o Golden Globe premia a melhor atriz para Drama, onde venceu Close, e para Comédia ou Musical, onde venceu Colman), mas aqui mostro a grande diferença que deveria ter dado a vitória à Close: ela é realmente a atriz principal em seu filme, já Colman, divide o protagonismo com Emma Stone, não existe uma atriz realmente principal em seu filme. Mas infelizmente a Academia parece ter algo contra Glenn Close, que já havia concorrido anteriormente por seis vezes, tendo sido derrotada em todas, e ela já deveria ter vencido no longínquo ano de 1988, por Atração Fatal. Que um dia a Academia perceba que essa estupenda atriz que possui três Tonys (o Oscar da Broadway), três Emmys e três Globos de Ouro, entre muitos outros prêmios, também merece ter um Oscar. Nada contra a ótima Olivia Colman, que fez um belo e emocionado discurso ao subir ao palco, mas ela simplesmente não é Glenn Close.

 *WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)*
 *MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*

* Vencedor: Nick Vallelonga, Brian Currie e Peter Farrelly, por Green Book (Green Book: O Guia)

Também concorriam:

* Deborah Davis e Tony McNamara, por The Favourite (A Favorita)
* Paul Schrader, por First Reformed (No Coração da Escuridão)
* Alfonso Cuarón, por Roma (Roma)
* Adam McKay, por Vice (Vice)

 Daltopinião: Roma ou mesmo Vice também poderiam ter vencido, mas quem ficou com a estatueta dourada foi mesmo Green Book: O Guia, premiando o grande trabalho de Nick Vallelonga, Brian Currie e Peter Farrelly. O roteiro, brilhante, teve seus percalços também, já que a família do pianista Don Shirley criticou a trama, dizendo que nem tudo o que o filme mostra realmente aconteceu na vida real. Ah, as polêmicas liberdades poéticas, sempre a irritar uns e encantar outros… é uma eterna batalha, sem vencedores. Vitória que não se pode chamar de injusta, num trabalho contundente dos roteiristas.

 *WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)*
 *MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*

* Vencedor: Charlie Wachtel, David Rabinowitz, Kevin Willmott e Spike Lee, por BlacKkKlansman (Infiltrado na Klan)

Também concorriam:

* Joel Coen e Ethan Coen, por The Ballad of Buster Scruggs (A Balada de Buster Scruggs)
* Nicole Holofcener e Jeff Whitty, por Can You Ever Forgive Me? (Poderia Me Perdoar?)
* Barry Jenkins, por If Beale Street Could Talk (Se a Rua Beale Falasse)
* Eric Roth, Bradley Cooper eWill Fetters, por A Star is Born (Nasce Uma Estrela)

 Daltopinião: uma das melhores cenas da cerimônia foi ver o abraço efusivo trocado entre Samuel L. Jackson e Spike Lee, quando este subiu ao palco para receber sua estatueta dourada, junto com seus parceiros coautores no roteiro de Infiltrado na Klan. Tendo fortes concorrentes, como os Irmãos Coen por exemplo, o ótimo roteiro de Lee & Cia., que contou a história (su)real de um policial negro que consegue se infiltrar na Ku Kluk Klan nos anos 70, com sua quantidade considerável de nuances, foi a vencedora com todos os méritos. É um roteiro de grande força, que condena ideias racistas ainda mais do que pessoas racistas em si. Spike Lee havia concorrido outras duas vezes ao Oscar, a primeira em 1990 por Faça a Coisa Certa e a segunda em 1998 pelo documentário Quatro Meninas – Uma História Real.  Em 2016 teve seu talento reconhecido pela Academia ao receber um Oscar Honorário, por sua contribuição à Sétima Arte, mas agora ele merecidamente recebe o seu primeiro Oscar de forma “competitiva”.

 *ACTOR IN A SUPPORTING ROLE*
 *MELHOR ATOR COADJUVANTE*

* Vencedor: Mahershala Ali, por Green Book (Green Book: O Guia)

Também concorriam:

* Adam Driver, por BlacKkKlansman (Infiltrado na Klan)
* Sam Elliott, por A Star is Born (Nasce Uma Estrela)
* Richard E. Grant, por Can You Ever Forgive Me? (Poderia Me Perdoar?)
* Sam Rockwell, por Vice (Vice)

 Daltopinião: quando Mahershala Ali venceu seu primeiro Oscar em 2017 pela brilhante atuação em Moonlight: Sob a Luz do Luar, eu falei para guardarem o seu nome (apesar de ser um nome difícil de guardar), pois ele ainda faria muito mais na carreira… nem foi preciso esperar muito e aqui está ele vencendo seu segundo Oscar apenas 2 anos depois, desta vez pelo excelente trabalho em Green Book: O Guia. Richard E. Grant havia feito um trabalho espetacular em Poderia Me Perdoar?, Sam Rockwell tentava o bicampeonato seguido por Vice, mas não tinha como Ali perder, ele que já havia vencido o Globo de Ouro e vários outros prêmios por este trabalho, ao interpretar Don Shirley, um conceituado pianista que na iminência de uma turnê pelo sul dos Estados Unidos nos anos 60, precisa de um motorista que também seja seu segurança e assistente. É o primeiro ator negro a vencer dois Oscars na história da Academia. Justíssima vitória!

 *ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE*
 *MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*

* Vencedora: Regina King, por If Beale Street Could Talk (Se a Rua Beale Falasse)

Também concorriam:

* Amy Adams, por Vice (Vice)
* Marina De Tavira, por Roma (Roma)
* Emma Stone, por The Favourite (A Favorita)
* Rachel Weisz, por The Favourite (A Favorita)

 Daltopinião: numa categoria equilibrada, havia um certo favoritismo para Regina King, já que ela já havia levado o Globo de Ouro por sua atuação em Se a Rua Beale Falasse, mas Rachel Weisz, que entregou um brilhante trabalho em A Favorita, também tinha certo… favoritismo, com o perdão do trocadilho infame, mas a vencedora acabou mesmo sendo a grande Regina King, já em sua primeira indicação ao Oscar. Ela se mostrou perfeita em sua interpretação de uma sogra que luta pela libertação do genro, que foi preso injustamente. A atriz e diretora negra ainda se disse honrada em representar o legado do escritor James Baldwin, autor do livro que deu origem ao roteiro do filme, e que é um expoente do pensamento racial nos Estados Unidos.

*ANIMATED FEATURE FILM*
 *LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*

 * Vencedor: Spider-Man: Into the Spider-Verse (Homem-Aranha no Aranhaverso), por Bob Persichetti, Peter Ramsey,
Rodney Rothman, Phil Lord e Christopher Miller

Também concorriam:

* Incredibles 2 (Os Incríveis 2), por Brad Bird, John Walker e Nicole Paradis Grindle
* Isle of Dogs (Ilha de Cachorros), por Wes Anderson, Scott Rudin, Steven Rales e Jeremy Dawson
* Mirai (Mirai), por Mamoru Hosoda e Yuichiro Saito
* Ralph Breaks The Internet (WiFi Ralph: Quebrando a Internet), por Rich Moore, Phil Johnston e Clark Spencer

 Daltopinião: aqui tínhamos fortes concorrentes, mas o favorito era mesmo o já vencedor do Globo de Ouro de Melhor Animação, Homem-Aranha no Aranhaverso, e as expectativas foram confirmadas, com a animação do Aranha (ou Aranhas, para ser mais correto) saindo com a grande vencedora. Esta produção é de tamanha qualidade que já está sendo considerada a melhor aparição do Homem-Aranha nos cinemas, contando inclusive todos os filmes em live-action. Grandes poderes trazem grandes responsabilidades e às vezes, grandes animações também!

*PRODUCTION DESIGN*
 *DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS*

 * Vencedor: Black Panther (Pantera Negra), por Hannah Beachler (Direção de Arte) e Jay Hart (Cenários)

Também concorriam:

* The Favourite (A Favorita), por Fiona Crombie (Direção de Arte) e Alice Felton (Cenários)
* First Man (O Primeiro Homem), por Nathan Crowley (Direção de Arte) e Kathy Lucas (Cenários)
* Mary Poppins Returns (O Retorno de Mary Poppins), por John Myhre (Direção de Arte) e
Gordon Sim (Cenários)
* Roma (Roma), por Eugenio Caballero (Direção de Arte) e Bárbara Enríquez (Cenários)

 Daltopinião: concorrência acirrada nesta categoria… praticamente todos poderiam ter saído vencedores, mas a grande honra coube mesmo à dupla Hannah Beachler e Jay Hart, por seu marcante trabalho em Pantera Negra. Os filmes nascidos das  HQs cada vez mais vêm tendo seu valor reconhecido, e isso não é pouco. Como diria o imortal Stan Lee: excelsior!

 *CINEMATOGRAPHY*
 *FOTOGRAFIA*

* Vencedor: Roma (Roma), por Alfonso Cuarón

Também concorriam:

* Cold War (Guerra Fria), por Lukasz Zal
* The Favourite (A Favorita), por Robbie Ryan
* Never Look Away (Nunca Deixe de Lembrar), por Caleb Deschanel
* A Star is Born (Nasce Uma Estrela), por Matthew Libatique

Daltopinião: esta categoria tem uma história bem peculiar este ano… o fotógrafo (ou cinematógrafo, como queiram)habitual de Alfonso Cuarón é o grandíssimo mexicano Emmanuel Lubezki, oito vezes indicado ao Oscar e vencedor em 3 delas (2014 por Gravidade, 2015 por Birdman – A Inesperada Virtude da Ignorância e em 2016 por O Regresso), mas por absoluta falta de espaço na agenda, não foi possível que Lubezki traballhasse em Roma. O que fez então Alfonso Cuarón? Arregaçou as mangas e ele próprio se encarregou da Fotografia de seu novo filme, e o resultado foi uma Fotografia espetacular, intimista e irretocável, merecidamente vencedora do Oscar. ¡Cuarón sea alabado!

*COSTUME DESIGN*
 *FIGURINO*

* Vencedor: Black Panther (Pantera Negra), por Ruth Carter

Também concorriam:

* The Ballad of Buster Scruggs (A Balada de Buster Scruggs), por Mary Zophres
* The Favourite (A Favorita), por Sandy Powell
* Mary Poppins Returns (O Retorno de Mary Poppins), por Sandy Powell
* Mary Queen of Scots (Duas Rainhas), por Alexandra Byrne

Daltopinião: apesar do bom trabalho dos outros concorrentes, o favorito aqui era mesmo Pantera Negra, pelo incrível trabalho de Ruth Carter, que criou um figurino “afrofuturista” para a trama do super-herói da Marvel, repleto de referências que remetem à realeza africana e à cultura negra estadunidense. Ela já havia chamado a atenção em Amistad (1997) e Malcolm X (1992), e agora seu talento é laureado, já na primeira indicação ao Oscar. Ela se tornou a primeira mulher negra a vencer nesta categoria.

 *FILM EDITING*
 *MONTAGEM*

* Vencedor: Bohemian Rhapsody (Bohemian Rhapsody), por John Ottman

Também concorriam:

* BlacKkKlansman (Infiltrado na Klan), por Barry Alexander Brown
* The Favourite (A Favorita), por Yorgos Mavropsaridis
* Green Book (Green Book: O Guia), por Patrick J. Don Vito
* Vice (Vice), por Hank Corwin

Daltopinião: apesar das críticas dos fãs mais fervorosos quanto às várias liberdades poéticas presentes no filme, é inegável que a Montagem de John Ottman foi soberba, e não seria possível se fazer um filme neste estilo e com um nível tão alto como Bohemian Rhapsody com um trabalho
menos do que perfeito na Montagem.

 *MAKEUP AND HAIRSTYLING*
 *MAQUIAGEM & PENTEADO*

 * Vencedor: Vice (Vice), por Greg Cannom, Kate Biscoe e Patricia Dehaney

Também concorriam:

* Border (Gräns), por Göran Lundström e Pamela Goldammer
* Mary Queen of Scots (Duas Rainhas), por Jenny Shircore, Marc Pilcher e Jessica Brooks

Daltopinião: na categoria com menos concorrentes na noite, o favorito era Vice, pelo marcante trabalho entregue pelo trio Greg Cannom, Kate Biscoe e Patricia Dehaney, e eles acabaram mesmo sendo os agraciados com a estatueta dourada, com todos os méritos.

 *MUSIC (ORIGINAL SCORE)*
 *TRILHA SONORA ORIGINAL*

 * Vencedor: Black Panther (Pantera Negra), por Ludwig Goransson

Também concorriam:

* BlacKkKlansman (Infiltrado na Klan), por Terence Blanchard
* If Beale Street Talk (Se a Rua Beale Falasse), por Nicholas Britell
* Isle of Dogs ( Ilha dos Cachorros), por Alexandre Desplat
* Mary Poppins Returns (O Retorno de Mary Poppins), por Marc Shaiman

 Daltopinião: o grande trabalho do jovem compositor sueco Ludwig Goransson foi premiado, com méritos totais ! A Trilha Sonora de Pantera Negra foi mais do que marcante, num amálgama de instrumentos africanos e modernos, ajudando com perfeição a contar a história do super-herói de Wakanda nos cinemas.

*MUSIC (ORIGINAL SONG)*
 *CANÇÃO*

 * Vencedor: A Star is Born (Nasce Uma Estrela), por “Shallow”
   Música e Letra de Lady Gaga, Mark Ronson, Anthony Rossomando e Andrew Wyatt

Também concorriam:

* Black Panther (Pantera Negra), por “All the Stars”
Música de Kendrick Lamar, Mark “Sounwave” Spears e Anthony “Top Dawg” Tiffith, Letra de Kendrick Lamar,
SZA and Anthony “Top Dawg” Tiffith
* RBG, por “I’ll Fight”
Música e Letra de Diane Warren
* Mary Poppins Returns (O Retorno de Mary Poppins), por “The Place Where Lost Things Go”
Música de Marc Shaiman, Letra de Scott Wittman e Marc Shaiman
* The Ballad of Buster Scruggs (A Balada de Buster Scruggs), por “When A Cowboy Trades His Spurs For Wings”
Música e Letra de Gillian Welch e David Rawlings

 Daltopinião: um dos prêmios mais previsíveis da noite… Shallow já havia vencido o Globo de Ouro como Melhor Canção Original e era o grande favorito ao Oscar também. E depois da apresentação arrebatadora de Lady Gaga e Bradley Cooper, ninguém mais teve dúvida sobre quem deveria levar este Oscar para casa.

 *VISUAL EFFECTS*
 *EFEITOS VISUAIS*

* Vencedor: First Man (O Primeiro Homem), por Paul Lambert, Ian Hunter, Tristan Myles e J.D. Schwalm

Também concorriam:

* Avengers: Infinity War (Vingadores: Guerra Infinita), por Dan DeLeeuw, Kelly Port, Russell Earl e Dan Sudick
* Christopher Robin (Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível), por Christopher Lawrence, Michael Eames,
Theo Jones e Chris Corbould
* Ready Player One (Jogador Nº 1), por Roger Guyett, Grady Cofer, Matthew E. Butler e David Shirk
* Solo: A Star Wars Story (Han Solo: Uma História Star Wars), por Rob Bredow, Patrick Tubach, Neal Scanlan
e Dominic Tuohy

Daltopinião: numa categoria com grandes concorrentes, o maior favorito era o bilionário Vingadores: Guerra Infinita, mas olhem só, O Primeiro Homem surpreendeu e levou a estatueta para casa! O filme que mostra a vida vida do astronauta norte-americano Neil Armstrong (vivido por Ryan Gosling) realmente contou com Efeitos Visuais espetaculares, e não se pode dizer que o prêmio não foi justo. Um pequeno passo para um homem, um grande salto para Paul Lambert, Ian Hunter, Tristan Myles e J.D. Schwalm!

 *SOUND EDITING*
 *EDIÇÃO DE SOM*

* Vencedor: Bohemian Rhapsody (Bohemian Rhapsody), por John Warhurst e Nina Hartstone

Também concorriam:

* Black Panther (Pantera Negra), por Benjamin A. Burtt e Steve Boeddeker
* First Man (O Primeiro Homem), por Ai-Ling Lee e Mildred Iatrou Morgan
* A Quiet Place (Um Lugar Silencioso), por Ethan Van der Ryn e Erik Aadahl
* Roma (Roma), por Sergio Díaz e Skip Lievsay

 Daltopinião: Edição de Som é a captação de áudio de todo o filme e nesse quesito, a concorrência que me perdoe, mas Bohemian Rhapsody veio para vencer. O trabalho da dupla John Warhurst e Nina Hartstone foi absolutamente sublime, como que nos transportando para dentro de um show do Queen… vitória mais do que merecida! Menção honrosa para a Edição de Som também perfeita de Um Lugar Silencioso.

 *SOUND MIXING*
 *MIXAGEM DE SOM*

* Vencedor: Bohemian Rhapsody (Bohemian Rhapsody), por Paul Massey, Tim Cavagin e John Casali

Também concorriam:

* Black Panther (Pantera Negra), por Steve Boeddeker, Brandon Proctor e Peter Devlin
* First Man (O Primeiro Homem), por Jon Taylor, Frank A. Montaño, Ai-Ling Lee e Mary H. Ellis
* Roma (Roma), por Skip Lievsay, Craig Henighan e José Antonio García
* A Star is Born (Nasce Uma Estrela), por Tom Ozanich, Dean Zupancic, Jason Ruder e Steve Morrow

 Daltopinião: a diferença para a categoria anterior é que aqui entra todo o trabalho de pós-produção, onde todo o som captado é mixado. E venceu o favorito, claro, pois Paul Massey, Tim Cavagin e John Casali sem dúvida alguma entregaram o melhor trabalho do ano. Bastava ver suas feições para ler seus pensamentos em relação aos concorrentes: “we will rock you!”.

*FOREIGN LANGUAGE FILM*
 *FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA*

* Vencedor: Roma (Roma) – México. Direção de Alfonso Cuarón

Também concorriam:

* Capernaum – Líbano. Direção de Nadine Labaki
* Cold War (Guerra Fria) – Polônia. Direção de Pawel Pawlikowski
* Never Look Away (Nunca Deixe de Lembrar) – Alemanha. Direção de Florian Henckel von Donnersmarck
* Shoplifters (Assunto de Família) – Japão. Direção de Hirokazu Kore-eda

 Daltopinião: apesar da produção polonesa ser um excelente filme, aqui tínhamos um dos prêmios mais previsíveis da noite, pois a vitória de Roma era mais do que certa. A belíssima e sublime produção da Netflix não deixou para ninguém e, assim como já tinha ocorrido com o Globo de Ouro, o Oscar de Melhor Filme em Língua  Estrangeira foi mesmo para o México. Como falei na categoria Melhor Diretor, Alfonso Cuarón se prova como um dos maiores cineastas da atualidade, e com justiça levou sua terceira estatueta para casa só nesta cerimônia, elevando para cinco o número de Oscars que já tem em mãos.

 *DOCUMENTARY FEATURE*
 *DOCUMENTÁRIO*

 * Vencedor: Free Solo, por Elizabeth Chai Vasarhelyi, Jimmy Chin, Evan Hayes e Shannon Dill

Também concorriam:

* Hale County This Morning, This Evening, por RaMell Ross, Joslyn Barnes e Su Kim
* Minding the Gap, por Bing Liu e Diane Quon
* Of Fathers and Sons, por Talal Derki, Ansgar Frerich, Eva Kemme e Tobias N. Siebert
* RBG, por Betsy West e Julie Cohen

 Daltopinião: aqui a briga era mesmo entre Free Solo e RBG e a vitória coube ao documentário da National Geographic, que acompanha Alex Honnold, o maior escalador solo do mundo, em seus preparativos para sua maior escalada, um paredão de quase 1 Km, em Yosemite, sem qualquer tipo de material de proteção. Simplesmente de tirar o fôlego, vitória mais do que justa!

*DOCUMENTARY SHORT SUBJECT*
 *DOCUMENTÁRIO – CURTA*

* Vencedor: Period. End of Sentence (Absorvendo o Tabu), por Rayka Zehtabchi e Melissa Berton

Também concorriam:

* Black Sheep, por Ed Perkins e Jonathan Chinn
* End Game, por Rob Epstein e Jeffrey Friedman
* Lifeboat, por Skye Fitzgerald e Bryn Mooser
* A Night at the Garden, por Marshall Curry

 Daltopinião: numa categoria sem favoritos, o documentário em curta metragem da Netflix acabou sendo o grande vencedor. Ele trata de um tema insólito: acompanha o cotidiano de uma comunidade rural em Harpur, na Índia, onde a primeira menstruação significa que as meninas devem abandonar os estudos. A realidade machista faz com as meninas tenham que se privar totalmente de higiene, e o curta mostra a implementação de uma máquina que produz absorventes biodegradáveis. A menstruação ainda é tabu em muitas partes do mundo… e não deveria ser.

 *SHORT FILM (ANIMATED)*
 *CURTA DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: Bao, por Domee Shi e Becky Neiman-Cobb

Também concorriam:

* Animal Behavior, por Alison Snowden e David Fine
* Late Afternoon (Fim de Tarde), por Louise Bagnall e Nuria González Blanco
* One Small Step, por Andrew Chesworth e Bobby Pontillas
* Weekends, por Trevor Jimenez

 Daltopinião: o curta da Pixar (exibido antes do longa Os Incríveis 2) era o grande favorito apesar de seu final peculiar, e acabou mesmo confirmando as espectativas, com todos os méritos. A diretora Domee Shi teve seu talento reconhecido não apenas pela Academia mas também por seus empregadores, e irá dirigir agora um longa-metragem para a Pixar, a ser lançado em 2022.

 *SHORT FILM (LIVE ACTION)*
 *CURTA-METRAGEM*

* Vencedor: Skin, por Guy Nattiv e Jaime Ray Newman

Também concorriam:

* Detainment, por Vincent Lambe e Darren Mahon
* Fauve, por Jeremy Comte e Maria Gracia Turgeon
* Marguerite, por Marianne Farley e Marie-Hélène Panisset
* Mother, por Rodrigo Sorogoyen e María del Puy Alvarado

 Daltopinião: o favorito aqui era o canadense Marguerite, mas o Oscar acabou mesmo nas mãos de Skin, o curta de Guy Nattiv e Jaime Ray Newman, cuja trama fala sobre skinheads. Este filme inclusive já “cresceu” e ganhou sua versão em longa-metragem, com o mesmo nome, também escrito e dirigido por Guy Nattiv.

 DALTO FIDENCIO 
 nils satis nisi optimum

 http://www.facebook.com/dalto.fidencio
 http://twitter.com/DaltoFidencio

 

2 Comments

  1. Patricia do Carmo

    Estava ansiosa pela Daltopinião, pois é de alguém que realmente entende do assunto e faz com dedicação e responsabilidade! Parabéns, és o melhor no que faz!

     Reply

  2. beth

    Parabéns Dalto pelas lúcidas opiniões sobre os vencedores do Oscar 2019. Muitos dos indicados a alguns dos que ganharam, ainda não assisti, mas também fiquei surpresa de aparecer o “Pantera Negra”, um filme de super herói concorrendo ao Oscar.
    Como já disse anteriormente, não gostei do Moleke Malek ganhando como melhor ator, acho que não foi merecido não, assim como é uma injustiça a Glenn Close ficar novamente a ver navios. Mas amei Mahershala Ali ter ganhado de melhor ator coadjuvante, porque realmente ele é muito bom, gosto dele. E achei maravilhoso o momento da Lady Gaga e Bradley Cooper, a canção merecia o prêmio. E Roma, sem comentários, merecidíssimo.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*