OSCAR 2020 – Comentários sobre todas as categorias!

OSCAR 2020 – Comentários sobre todas as categorias!

* BEST PICTURE*

* MELHOR FILME*

* Vencedor: Parasite (Parasita)

 

Também concorriam:

* The Irishman (O Irlandês)

* Litle Women (Adoráveis Mulheres)

* Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood)

* Parasite (Parasita)

* Marriage Story (História de um Casamento)

* 1917 (1917)

* Joker (Coringa)

* Ford V Ferrari (Ford vs Ferrari)

* Jojo Rabbit (Jojo Rabbit)

 

Daltopinião: e o status quo está mudando na Academia! Explico… até alguns anos seria impossível a obra-prima de Bong Joon Ho sair vencedora nesta categoria, pois não é bem um “filme de Oscar”, e estatueta teria ficado com o vencedor do Globo de Ouro para melhor Drama, 1917 (também uma obra-prima, aliás), que era o outro grande favorito da noite. Mas, como falei, tivemos uma bela surpresa e o visceral filme coreano mostrou que o Oscar está mesmo se tornando uma premiação mundial e não apenas uma festa estadunidense com alguns convidados de fora. Seria este apenas um ano de exceção ou a partir de agora poderemos torcer com o coração ao invés de com a razão? O tempo dirá… mas enquanto isso, é aproveitar e comemorar essa vitória merecidíssima! E já que falei em torcer, não posso deixar de citar minha torcida pelo melhor filme que vi no ano, o espetacular Coringa, geek apaixonado que sou pelo universo DC do Cavaleiro das Trevas, mesmo sabendo que a coisa estava mesmo entre os dois grandes filmes anteriormente citados.

 

*DIRECTING*

*MELHOR DIRETOR*

*Vencedor: Bong Joon Ho, por Parasite (Parasita)

Também concorriam:

* Martin Scorsese, por The Irishman (O Irlandês)

* Todd Phillips, por The Joker (O Coringa)

* Sam Mendes, por 1917 (1917)

* Quentin Tarantino, por Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood)

 

Daltopinião: aqui o grande favorito era Sam Mendes, por seu espetacular 1917, já que ele havia vencido o Globo de Ouro e o DGA, prêmio do Sindicato dos Diretores, e é muito raro um diretor vencer o DGA e não levar também o Oscar (em 72 anos de existência, essa é apenas a oitava vez que isso ocorre), mas Bong Joon Ho não quis saber de estatísticas e surpreendeu levando a estatueta dourada para a Coreia do Sul! Sua Direção em Parasita foi impecável, sendo um dos fatores responsáveis pelo enorme sucesso do filme, e a vitória ficou em boas mãos. E olha que tínhamos monstros sagrados como Martin Scorsese entre os indicados.

 

* ACTOR IN A LEADING ROLE*

* MELHOR ATOR*

* Vencedor: Joaquin Phoenix, por Joker (Coringa)

 

Também concorriam:

* Antonio Banderas, por Pain and Glory (Dor e Glória)

* Leonardo DiCaprio, por Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood)

* Adam Driver, por Marriage Story (História de um Casamento)

* Jonathan Pryce, por The Two Popes (Dois Papas)

 

Daltopinião: um dos prêmio mais previsíveis da noite e também um dos mais merecidos. Quem viu a atuação quase sobrenatural de Joaquin Phoenix em Coringa sabia que seria um dos maiores crimes já perpetrados contra a arte da atuação se ele não saísse vencedor. Uma atuação que se equiparou à de Heath Ledger por este mesmo icônico personagem criado nas HQs de Bob Kane. Ele já havia vencido o Globo de Ouro de Melhor Ator em Drama, e seu Oscar foi mais do que merecido, mesmo tendo como companheiros de indicação grandes astros de Hollywood. E o que dizer das palavras de Phoenix ao subir ao palco para receber seu Oscar? Se alguém lhe perguntar quais os prêmios a obra-prima Coringa levou na noite, responda: Melhor Ator, Melhor Trilha Sonora e… Melhor Discurso! Foi a primeira vitória de Joaquin, ele que já havia concorrido em 2001 para Melhor Ator Coadjuvante por Gladiador, e para Melhor Ator em 2006 por Johnny & June e em 2013 por O Mestre.

 

* ACTRESS IN A LEADING ROLE*

* MELHOR ATRIZ*

* Vencedor: Renée Zellweger, por Judy (Judy – Muito além do Arco-Íris)

 

Também concorriam:

* Cynthia Erivo, por Harriet (Harriet)

* Scarlett Johansson, por Marriage Story (História de um Casamento)

* Saoirse Ronan, por Litle Women (Adoráveis Mulheres)

* Charlize Theron, por Bombshell (O Escândalo)

 

Daltopinião: mais uma categoria sem surpresas… apesar do grande trabalho de todas as concorrentes, em especial de Charlize Theron em O Escândalo, seria uma verdadeiro escândalo (com o perdão do trocadilho infame) se Renée Zellweger não fosse a grande vencedora, ela que já havia vencido o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama, derrotando exatamente as mesmas atrizes que concorriam aqui no Oscar. Seu trabalho em Judy, interpretando ninguém menos do que Judy Garland, ícone da Sétima Arte, foi sensacional, e a estatueta ficou em boas mãos. Foi o segundo Oscar vencido por Renée, ela que havia sido vencedora como Melhor Atriz Coadjuvante em 2004 por Cold Mountain, além de ter sido indicada em 2002 e 2003 para Melhor Atriz, por Diário de Bridget Jones e Chicago, respectivamente.

 

 

* WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)*

* MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*

* Vencedor:  Bong Joon Ho e Han Jin Won, por Parasite (Parasita)

 

Também concorriam:

* Rian Johnson, por Knives Out (Entre Facas e Segredos)

* Noah Baumbach, por Marriage Story (História de um Casamento)

* Sam Mendes e Krysty Wilson-Cairns, por 1917 (1917)

* Quentin Tarantino, por Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood)

 

Daltopinião: aqui a coisa estava entre Tarantino e a dupla coreana… Parasita havia vencido o WGA, que é o prêmio do Sindicato dos Roteiristas, enquanto que Era Uma Vez em… Hollywood havia vencido o Globo de Ouro. Minha torcida era por Quentin, por ser um grande fã do incrível cineasta, mas a  vitória ficou mesmo com Bong Joon Ho e Han Jin Won, que concorriam pela primeira vez. É a Coreia do Sul invadindo Hollywood! E que sejam muito bem-vindos…

 

 

* WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)*

* MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*

* Vencedor: Taika Waititi, por Jojo Rabbit (Jojo Rabbit)

 

Também concorriam:

* Steven Zaillian, por The Irishman (O Irlandês)

* Todd Phillips e Scott Silver, por Joker (Coringa)

* Greta Gerwig, por Litle Women (Adoráveis Mulheres)

* Anthony McCarten, por The Two Popes (Dois Papas)

 

Daltopinião: mais uma categoria em que o favorito saiu vencedor. Jojo Rabbit já havia vencido o WGA, prêmio do Sindicato dos Roteiristas para Roteiro Adaptado, e por isso liderava as apostas nessa categoria, e as previsões acabaram se mostrando acertadas. Minha torcida é claro ia para Todd Phillips e Scott Silver pelo maravilhoso Coringa, mas não se pode dizer que o favoritismo e a posterior vitória de Taika Waititi, por Jojo Rabbit, não tenham sido justos. A forma como seu roteiro abordou a figura do tirano Adolf Hitler foi sui generis e não agradou alguns, que alegaram que ele estaria brincando com algo sério, mas é inegável que estamos falando de um grande filme. Foi a primeira vitória de Taika Waititi, que já havia concorrido em 2005 para Melhor Curta Metragem, por “Dois Carros, Uma Noite”, além da indicação neste ano para Melhor Filme também.

 

 

* ACTOR IN A SUPPORTING ROLE*

* MELHOR ATOR COADJUVANTE*

* Vencedor: Brad Pitt, por Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood)

 

Também concorriam:

* Tom Hanks, por A Beautiful Day in the Neighborhood (Um Lindo Dia na Vizinhança)

* Anthony Hopkins, por The Two Popes (Dois Papas)

* Al Pacino, por The Irishman (O Irlandês)

* Joe Pesci, por The Irishman (O Irlandês)

 

Daltopinião: aqui a vitória era tão certa que Brad Pitt já poderia ter se levantado quando começaram a citar os nomes que concorriam… e olha que a honra de Pitt não poderia ser maior, já que ao seu lado tínhamos monstros sagrados como Pacino, Hopkins e Hanks, além de Joe Pesci de volta a um grande papel. Mas Pitt já havia vencido todos os prêmios possíveis, como Globo de Ouro, BAFTA, entre outros, e sua vitória também no Oscar era mera questão protocolar. Esta foi a segunda estatueta dourada que Pitt levou para casa, já tendo vencido em 2014 por 12 Anos de Escravidão, mas como produtor e não como ator. Em atuação ele havia concorrido em 1996 por Os Doze Macacos (Melhor Ator Coadjuvante), em 2009 por O Curioso Caso de Benjamin Button (Melhor Ator) e em 2012 por O Homem que Mudou o Jogo (Melhor Ator). Como produtor havia concorrido também em 2016 por A Grande Aposta.

 

 

* ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE*

* MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*

* Vencedora: Laura Dern, por Marriage Story (História de um Casamento)

 

Também concorriam:

* Kathy Bates, por Richard Jewell (O Caso Richard Jewell)

* Scarlett Johansson, por Jojo Rabbit (Jojo Rabbit)

* Florence Pugh, por Litle Women (Adoráveis Mulheres)

* Margot Robbie, por Bombshell (O Escândalo)

 

Daltopinião: o favoritismo era todo para Laura Dern, também vencedora do Globo de Ouro por esta produção da Netflix. Sua atuação neste ótimo e sensível drama é marcante, como uma advogada especialista em divórcios. Vitória merecida, competindo contra grandes nomes. Ela concorria pela terceira vez, mas esta foi a primeira vitória de Laura, que havia sido indicada para Melhor Atriz em 1992 por As Noites de Rose, e para Melhor Atriz Coadjuvante em 2015, por Livre.

 

 

* ANIMATED FEATURE FILM*

* LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor:  Toy Story 4 (Toy Story 4), por Josh Cooley, Mark Nielsen e Jonas Rivera

 

Também concorriam:

* How To Train Your Dragon: The Hidden World (Como Treinar o Seu Dragão 3), por Dean DeBlois, Bradford Lewis e Bonnie Arnold

* I Lost My Body (Perdi Meu Corpo), por Jérémy Clapin e Marc du Pontavice

* Klaus (Klaus), por Sergio Pablos, Jinko Gotoh e Marisa Román

* Missing Link (Link Perdido), por Chris Butler, Arianne Sutner e Travis Knight

 

Daltopinião: os favoritos para melhor longa de animação eram Woody, Buzz & Cia com a sequência da obra-prima da Pixar e também a animação da Netflix, Klaus, que caiu no gosto do brasileiro e parecia ter a torcida tupiniquim. Mas cá entre nós, não havia comparação entre elas e Toy Story 4 saiu vencedor com todos os méritos, sem dúvida alguma. Destaque nesta categoria pelo o visualmente belo, Link Perdido. Quando a Pixar está na disputa com algum Toy Story, o resultado fica sempre previsível.

 

 

* PRODUCTION DESIGN*

* DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS*

* Vencedor: Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood), por Barbara Ling (Direção de Arte) e Nancy Haigh (Cenários)

 

Também concorriam:

* The Irishman (O Irlandês), por Bob Shaw (Direção de Arte) e Regina Graves (Cenários)

* Jojo Rabbit (Jojo Rabbit), por Ra Vincent (Direção de Arte) e Nora Sopková (Cenários)

* 1917 (1917), por Dennis Gassner (Direção de Arte) e Lee Sandales (Cenários)

* Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood), por Barbara Ling (Direção de Arte) e Nancy Haigh (Cenários)

* Parasite (Parasita), por Lee Ha Jun (Direção de Arte) e Cho Won Woo (Cenários)

 

Daltopinião: grandes concorrentes para melhor Design de Produção, que prefiro continuar a chamar de Direção de Arte & Cenários, pois fica de mais fácil compreensão aos leitores. O favorito era sem dúvida o grande filme de Tarantino, simplesmente impecável no que se pede nesta categoria e felizmente não tivemos nenhuma surpresa… vitória justíssima! Este foi o primeiro Oscar de Barbara Ling e o segundo de Nancy Haigh, que já havia vencido em 1992 por Bugsy.

 

 

* CINEMATOGRAPHY*

* FOTOGRAFIA*

* Vencedor: 1917 (1917), por Roger Deakins

 

Também concorriam:

* The Irishman (O Irlandês), por Rodrigo Prieto

* Joker (Coringa), por Lawrence Sher

* The Lighthouse (O Farol), por Jarin Blaschke

* Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood), por Robert Richardson

 

Daltopinião: o favorito era mesmo 1917 mas aqui só tínhamos Fotografias da melhor estirpe! A vitória poderia ter ido para outras mãos e não se poderia dizer que  teria sido injustiça, mas a Academia acabou por escolher mesmo o épico da Primeira Grande Guerra, capitaneado nesta categoria pelo britânico Roger Deakins, que  concorria pela décima quinta vez, já tendo vencido em 2018 pelo seu trabalho impecável em Blade Runner 2049.

 

* COSTUME DESIGN*

* FIGURINO*

* Vencedor: Litle Women (Adoráveis Mulheres), por Jacqueline Durran

 

Também concorriam:

* The Irishman (O Irlandês), por Sandy Powell e Christopher Peterson

* Jojo Rabbit (Jojo Rabbit), por Mayes C. Rubeo

* Joker (Coringa), por Mark Bridges

* Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood), por Arianne Phillips

 

Daltopinião: o figurino do épico da Netflix, O irlandês, foi impressionante e também poderia ter vencido, mas era muito difícil que o incrível trabalho da britânica Jacqueline Durran por Adoráveis Mulheres não saísse laureado nesta categoria. Esta foi sua quinta indicação ao Oscar, sendo que ela já havia vencido também em 2013, por Anna Karenina.

 

 

* FILM EDITING*

* MONTAGEM*

* Vencedor: Ford V Ferrari (Ford vs Ferrari), por Michael McCusker e Andrew Buckland

 

Também concorriam:

* The Irishman (O Irlandês), por Thelma Schoonmaker

* Jojo Rabbit (Jojo Rabbit), por Tom Eagles

* Joker (Coringa), por Jeff Groth

* Parasite (Parasita), por Yang Jinmo

 

Daltopinião: numa categoria sem favoritos, eu daria a estatueta dourada para Jeff Groth por Coringa, mas é preciso lembrar que a Montagem é o que dá ritmo a um filme, e nesse quesito, Ford vs Ferrari foi mesmo impecável, e por isso o Oscar ficou em ótimas mãos. Foi o primeiro prêmio da Academia para Michael McCusker e também para Andrew Buckland.

* MAKEUP AND HAIRSTYLING*

* MAQUIAGEM & PENTEADO*

* Vencedor: Bombshell (O Escândalo), por Kazu Hiro, Anne Morgan e Vivian Baker

Também concorriam:

* Joker (Coringa), por Nicki Ledermann e Kay Georgiou

* Judy (Judy – Muito além do Arco-Íris), por Jeremy Woodhead

* Maleficent: Mistress of Evil (Malévola: Dona do Mal), por Paul Gooch, Arjen Tuiten e David White

* 1917 (1917), por Naomi Donne, Tristan Versluis e Rebecca Cole

Daltopinião: quem conferiu O Escândalo pôde ver o grande trabalho entregue pelo trio Kazu Hiro, Anne Morgan e Vivian Baker, e o favoritismo deste filme acabou mesmo se concretizando, com todos os méritos. Kazu Hiro (ou Kazuhiro Tsuji) venceu pela primeira vez, mas já tinha sido indicado em 2006 por Click e em 2007 por Norbit. Anne Morgan e Vivian Baker também venceram pela primeira vez.

* MUSIC (ORIGINAL SCORE)*

* TRILHA SONORA ORIGINAL*

* Vencedor: Joker (Coringa), por Hildur Guðnadóttir

Também concorriam:

* Litle Women (Adoráveis Mulheres), por Alexandre Desplat

* Marriage Story (História de um Casamento), por Randy Newman

* 1917 (1917), por Thomas Newman

* Star Wars: The Rise of Skywalker (Star Wars: A Ascensão Skywalker), por John Williams

Daltopinião: John Williams é o maior compositor da história do cinema, simples assim, e deveria ser considerado hour-concours. tendo sido indicado mais de cinquenta (!!!) vezes e vencido cinco, os outros concorrentes deveriam se considerar vencedores só por poder estar ao seu lado nesta categoria. Bem, mas o grande favorito aqui era mesmo a Trilha Sonora de Coringa, que já havia vencido o Globo de Ouro, e o Oscar ficou em ótimas mãos. Foi a primeira vitória na Academia da talentosíssima violoncelista e compositora islandesa Hildur Guðnadóttir, já em sua primeira nomeação.

* MUSIC (ORIGINAL SONG)*

* CANÇÃO*

* Vencedor: Rocketman (Rocketman), por “(I’m Gonna) Love Me Again”. Música de Elton John, Letra de Bernie Taupin

Também concorriam:

* Toy Story 4 (Toy Story 4), por “I Can’t Let You Throw Yourself Away”. Música e Letra de Randy Newman

* Breakthrough (Superação – O Milagre da Fé), por “I’m Standing With You”. Música e Letra de Diane Warren

* Frozen II (Frozen 2 – O Reino do Gelo), por “Into The Unknown”. Música e Letra de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez

* Harriet (Harriet), por “Stand Up”. Música e Letra de Joshuah Brian Campbell e Cynthia Erivo

Daltopinião: tínhamos grandes canções concorrendo, mas como tirar o Oscar das mãos de Sir Elton John, grande favorito nesta categoria? Deu a lógica, e o grande astro britânico, que já havia vencido o Globo de Ouro este ano também, levou sua segunda estatueta dourada para casa, ele que já tinha sido vencedor em 1995 por “Can You Feel the Love Tonight”, trilha do clássico “O Rei Leão”.

* VISUAL EFFECTS*

* EFEITOS VISUAIS*

* Vencedor: 1917 (1917), por Guillaume Rocheron, Greg Butler e Dominic Tuohy

Também concorriam:

* Avengers: Endgame (Vingadores: Ultimato), por Dan DeLeeuw, Russell Earl, Matt Aitken e Dan Sudick

* The Irishman (O Irlandês), por Pablo Helman, Leandro Estebecorena, Nelson Sepulveda-Fauser e Stephane Grabli

* The Lion King (O Rei Leão), por Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones e Elliot Newman

* Star Wars: The Rise of Skywalker (Star Wars: A Ascensão Skywalker), por Roger Guyett, Neal Scanlan, Patrick Tubach e Dominic Tuohy

Daltopinião: a minha torcida era por Star Wars (sempre será), apesar de saber que não tinha chances de bater os favoritos 1917 (principal) e Vingadores: Ultimato… mas acabou dando o esperado e com isso o incrível épico de guerra, que contou mesmo com Efeitos Visuais espetaculares, saiu como o grande laureado na mais popular categoria técnica do Oscar. Foi a segunda vitória do francês Guillaume Rocheron, que já havia vencido em 2013 por As Aventuras de Pi, e a primeira de Greg Butler e de Dominic Tuohy.

* SOUND EDITING*

* EDIÇÃO DE SOM*

* Vencedor: Ford V Ferrari (Ford vs Ferrari), por Donald Sylvester

Também concorriam:

* Joker (Coringa), por Alan Robert Murray

* 1917 (1917), por Oliver Tarney e Rachael Tate

* Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood), por Wylie Stateman

*  Star Wars: The Rise of Skywalker (Star Wars: A Ascensão Skywalker), por Matthew Wood e David Acord

Daltopinião: Edição de Som se relaciona à captação de áudio de um filme, tanto no momento da gravação como para complementar a cena depois, como um som ambiente, ou o barulho numa rua movimentada, por exemplo. O engenheiro de som precisa também definir a melhor forma de captar o som para a película, utilizando as tecnologias necessárias. O favorito aqui era 1917 mas quem diria, Ford vs Ferrari surpreendeu e acabou como o grande vencedor! Este foi o primeiro Oscar de Donald Sylvester.

* SOUND MIXING*

* MIXAGEM DE SOM*

* Vencedor: 1917 (1917), por Mark Taylor e Stuart Wilson

Também concorriam:

* Ad Astra (Ad Astra – Rumo às Estrelas), por Gary Rydstrom, Tom Johnson e Mark Ulano

* Ford V Ferrari (Ford vs Ferrari), por Paul Massey, David Giammarco e Steven A. Morrow

* Joker (Coringa), por Tom Ozanich, Dean Zupancic and e Maitland

* Once Upon a Time… in Hollywood (Era Uma Vez em… Hollywood), por Michael Minkler, Christian P. Minkler e Mark Ulano

Daltopinião: a Mixagem de Som entra em cena depois que todos os sons são coletados, é a hora da pós-produção. Traduzindo, a Mixagem de Som é o trabalho de adicionar, aumentar, diminuir, mesclar e sincronizar os áudios nas cenas de um filme. Um bom exemplo é criar a sensação de distância (o crescente barulho do motor de um carro se aproximando), de tensão (amplificar barulhos para dar mais suspense a uma cena), etc. Diferentemente de sua categoria irmã, aqui todo o trabalho é feito indoor. Aqui o favorito acabou mesmo vitorioso, e 1917 levou o Oscar para casa, dando a primeira estatueta tanto para Mark Taylor quanto para Stuart Wilson.

* INTERNATIONAL FEATURE FILM*

* LONGA-METRAGEM INTERNACIONAL*

* Vencedor: Parasite (Parasita) – Coreia do Sul. Direção de Bong Joon-ho

Também concorriam:

* Corpus Christi – Polônia. Direção de Jan Komasa

* Honeyland – Macedônia do Norte. Direção de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov

* Les Misérables (Os Miseráveis) – França. Direção de Jadj Ly

* Pain and Glory (Dor e Glória) – Espanha. Direção de  Pedro Almodóvar

Daltopinião: esta categoria recebeu um novo nome este ano… sai Melhor Filme em Língua Estrangeira e entra Melhor Longa Internacional. Na prática segue sendo a categoria que por aqui se acostumou chamar de “Melhor Filme Estrangeiro”, Oscar que ainda estamos correndo atrás, aliás. Este ano, apesar de termos uma película do gênio Almodóvar entre os indicados, a vitória do furacão sul-coreano Parasita era a aposta mais fácil da noite, e como não houve nenhuma surpresa, Bong Joon-ho subiu ao palco para receber o primeiro dos quatro Oscars que viria a receber na cerimônia.

* DOCUMENTARY FEATURE*

* DOCUMENTÁRIO*

* Vencedor: American Factory, por Steven Bognar, Julia Reichert e Jeff Reichert

Também concorriam:

* The Cave, por Feras Fayyad, Kirstine Barfod and Sigrid Dyekjær

* The Edge of Democracy (Democracia em Vertigem), por Petra Costa

* For Sama, por Waad al-Kateab e Edward Watts

* Honeyland, por Ljubo Stefanov, Tamara Kotevska e Atanas Georgiev

Daltopinião: o Brasil aqui estava representado por Democracia em Vertigem, da Netflix, mas quem é conhecedor sabe que a disputa se resumia apenas entre o grande favorito, o estadunidense American Factory (também da Netflix), vencedor de inúmeros prêmios, e o belo documentário macedônio Honeyland, que conseguiu ser indicado a duas categorias (a outra foi Melhor Longa Internacional), face a sua qualidade. E não houve surpresa, com o favorito confirmando a vitória. Foi o primeiro Oscar de Steven Bognar, na segunda vez em que concorreu; Julia Reichert venceu também pela primeira vez, nesta que foi sua quarta nomeação, e Jeff Reichert levou seu primeiro Oscar para casa, já na primeira vez em que foi nomeado.

* DOCUMENTARY SHORT SUBJECT*

* DOCUMENTÁRIO – CURTA*

* Vencedor: Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl), por Carol Dysinger e Elena Andreicheva

Também concorriam:

* In the Absence, por Yi Seung-Jun e Gary Byung-Seok Kam

* Life Overtakes Me, por John Haptas e Kristine Samuelson

* St. Louis Superman, por Smriti Mundhra e Sami Khan

* Walk Run Cha-Cha, por Laura Nix e Colette Sandstedt

Daltopinião: a vitória não poderia ter ficado em mãos melhores aqui: Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl) conta a história de meninas que vivem em zonas devastadas pela guerra em Cabul, que aprendem a ler e a escrever, tendo como elo entre si a prática do skate! Este esporte incrível mostra seu poder literalmente em qualquer parte do mundo…

* SHORT FILM (ANIMATED)*

* CURTA DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor:  Hair Love, por Matthew A. Cherry e Karen Rupert Toliver

Também concorriam:

* Dcera (Daughter), por Daria Kashcheeva

* Kitbull, por Rosana Sullivan e Kathryn Hendrickson

* Memorable, por Bruno Collet e Jean-François Le Corre

* Sister, por Siqi Song

Daltopinião: o favoritíssimo Hair love não podia deixar de sair vencedor… este curta é simplesmente adorável e venceu com todos os méritos possíveis. Ele está disponível no YouTube, são apenas pouco mais de 6 minutos, não deixe de conferir, é fofo até o último fio de cabelo… recomendo muito! Foi o primeiro Oscar do cineasta Matthew A. Cherry, que curiosamente é um ex-jogador de futebol americano, e também o primeiro da produtora Karen Rupert Toliver.

* SHORT FILM (LIVE ACTION)*

* CURTA-METRAGEM*

* Vencedor:  The Neighbors’ Window, por Marshall Curry

Também concorriam:

* Brotherhood, por Meryam Joobeur e Maria Gracia Turgeon

* Nefta Football Club, por Yves Piat e Damien Megherbi

* Saria, por Bryan Buckley e Matt Lefebvre

* A Sister, por Delphine Girard

Daltopinião: mais uma categoria em que o favorito saiu vencedor… The Neighbors’ Window conta a história de uma mulher de meia-idade com filhos pequenos que tem a vida abalada quando duas pessoas de vinte e poucos anos se mudam para o endereço do outro lado da rua. Marshall Curry já havia concorrido uma vez mas esta foi a primeira vez que levou o Oscar para casa.

DALTO FIDENCIO  

nils satis nisi optimum

 

2 Comments

  1. Dalto FidencioAuthor

    Grato por suas palavras, Beth! Sugestão bem interessante a sua, deu saudade do Festival de Gramado! Conectando ideias, conectando a Sétima Arte!

     Reply

  2. beth

    Dalto, parabéns pelo belo trabalho e dessa vez foi mais rápido ainda. A sua crítica e seus comentários sobre a sétima arte é de grande importância aqui para o site e para os leitores do Entrementes.
    Ficamos aguardando ansiosamente esses seus preciosos comentários sobre os ganhadores do Oscar e a espera vale a pena. Vamos aguardar também suas opiniões sobre outros festivais de cinema, que tal?
    Agradecimentos por seu empenho e dedicação!

     Reply

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