Um romance sobre amor, traumas e todos os erros que alguém pode cometer

 

Um romance sobre amor, traumas e todos os erros que alguém pode cometer

A carioca Elaine Araújo Brito, autora de três livros de contos, estreia como romancista apresentando a história de um grande amor (e de escolhas, e traição, amantes, abandono parental, traumas, medos, e uma série de perguntas sem respostas fáceis. Como, por exemplo, o que fazer diante do inevitável?). 

“Nós dois éramos casados e eu não dava a mínima”, afirma o protagonista Gustavo, logo na abertura de Porque éramos nós. 

Julia e Gustavo são adultos funcionais e responsáveis quando se conhecem no portão da escola das filhas adolescentes. Ao menos na superfície de suas vidas, tudo está como deveria. Ela é advogada e mãe e esposa. Ele é arquiteto e pai e marido. 

Ela foi abandonada pela mãe quando criança – e por todos os outros adultos que a cercavam –  e quando tomou consciência dos próprios atos, criou um esconderijo obsessivo para as emoções que remetiam àquela parte da sua existência que ela não entendia e temia visitar. 

Ele, por sua vez, pai por “acidente”, casou-se com a primeira namorada e desde então vive mornamente um dia após o outro, arrastando correntes e evitando aquela última gota que fará uma vida inteira de agonia transbordar. 

Porque éramos nós é mais que a história de um caso extraconjugal, garante a autora, “os dramas humanos me fascinam, escrevo sobre as entrelinhas dos sentimentos”.

Julia e Gustavo mantêm famílias felizes e casamentos infelizes, cada qual por suas razões, bastante distintas, mas que se encontram em pontos cruciais: vale a pena ser infeliz em nome da família? Dos filhos? Das aparências? Um casamento é feito de quantas partes? De quantas renúncias?

O livro levanta questões em torno do poder de escolha e, claro, suas inevitáveis consequências, mas não se propõem a encerrá-las. Na verdade, trata-se, sim, de uma grande história de amor, um romance romântico na essência que, no entanto, causará incômodos. Ora, qual seria a graça da vida sem eles?  

“Eu o amava como ninguém deveria amar outra pessoa. Ou como todo mundo deveria amar outra pessoa”.  

Narrado em 1ª pessoa, intercalando os pontos de vista entre os protagonistas, o enredo mergulha nas camadas complexas dos personagens – inclusive os secundários – e possibilita que  o leitor enxergue pessoas vivas e reais, e se identifique com elas.  

Um drama intenso, polêmico, por vezes divertido e emocionante. Uma obra contemporânea pronta para desafiar os velhos padrões de certo e errado, sem apresentar “mocinhos” ou “vilões”, mas capaz de surpreender e provocar muita conversa após a leitura. 

 

Pré-venda disponível no site da Editora Caravana ou diretamente com a autora, para exemplares especialmente autografados.

https://www.instagram.com/elaine.escritora/

https://caravanagrupoeditorial.com.br/produto/porque-eramos-nos/

 

Elaine Araújo Brito

“Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas, continuarei a escrever – Clarice Lispector”

3 Comentários

  1. Gostei muito do texto. Deu vontade de ler. O enredo parece interessante.Parabéns à autora e à resenhista.

  2. Muito obrigada por esse espaço, Portal Entrementes. Divulgar a literatura independente é grande um desafio, e encontrar a porta aberta nesse canal tão importante é sempre uma alegria. Beijocas!

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