Lavar a alma

Apresento-vos, novamente, a escrita pulsante de Débora da Silva Novaes.

Um salve ao mestre Emerson de Souza Costa, o encantador de serpentes.

Que a Poesia seja sempre!

Por Débora da Silva Novaes*

 

Lavar a alma
 
Como seria lavar a alma?
O espírito, o oco do mundo,
Parece tão sórdido falar esses absurdos…
Mas, quando me entrego aos versos, vejo a plumagem
a saltitar pela pastagem verdejante que é mar.
Ou será azul como os olhos de seu luar?
Nunca mais puder ver, muito mensagem tocar…
Queria poder lavar a alma como se banha uma
criança feliz.
Queria poder banhar a alma para eu voltar a ti.
Queria poder lavar a alma só pra te fazer sorrir.
Queria banhar a alma para nunca mais deixar de
existir.
  • Débora da Silva Novaes é natural de São Paulo, mas atualmente reside na cidade baiana de Iraquara. “Minha infância foi marcada por muitos momentos felizes, sempre gostei e me dediquei aos estudos, o que me permitiu uma identificação com os números! Sim, eu era de exatas, mas ao longo do tempo descobri na poesia uma forma de expressão, um gesto sublime de dar vazão às minhas palavras, aos meus sentimentos, aos meus questionamentos internos acerca da existência humana e do próprio propósito da vida – os vários “eus”. Foi assim que, com 11 anos, comecei a escrever. No entanto, não levei muito a sério. Entretanto, aos 14, entreguei-me. Aos 17, não consigo me ver sem a poesia ao meu lado. Com um caderno e uma folha em branco, cabeça inundada de pensamentos e coração cheio de sonhos, eu consigo externar todos os meus sentimentos de modo peculiar e sublime, permitindo à poesia a realização de sua mais nobre missão: encantar!”

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