Língua de Trapo lança single sobre vida do avô de Concheta: Pasquale

 

LÍNGUA DE TRAPO LANÇA SINGLE SOBRE VIDA DO AVÔ DE CONCHETA: PASQUALE

 

 

            O grupo paulistano Língua de Trapo está prestes a lançar um novo single que promete conquistar os fãs de humor. Intitulada Pasquale, a canção é uma homenagem ao “avô da Concheta”, um italiano que deixou sua terra natal para viver no Brasil e que acaba passando por diversas situações inusitadas na Pauliceia.

Com autoria de Carlos Castelo e Wagner Amorosino, Pasquale promete arrancar muitas risadas do público. Os integrantes do Língua de Trapo contam que a canção estava inicialmente prevista para fazer parte do álbum mais recente do grupo O último cd da Terra (2016), mas acabou sendo barrada na alfândega do porto de Santos na chegada do nonno. Por sorte, a mala de roupas e um salame de Pasquale foram liberados. Por essa razão, somente agora o single poderá ser conhecido por todos.

O lançamento oficial de Pasquale está marcado para o dia 11 de abril e ficará disponível em todas as plataformas digitais de música. A escolha da data não foi por acaso: ela é uma homenagem ao aniversário do poeta Juó Bananère, pseudônimo usado por Alexandre Ribeiro Marcondes Machado para criar obras literárias no dialeto falado pela colônia italiana do Brás, Bexiga e Barra Funda no início do século XX. 

Carlos Castelo e Cassiano Roda, compositores do Língua de Trapo, se inspiraram no livro La Divina Increnca, de Marcondes Machado, para criar Concheta, em meados dos anos 1980, uma das músicas mais conhecidas do grupo. 

Agora, com Pasquale, o grupo volta a explorar as raízes italianas de São Paulo em uma música que contém toda a ironia e o espírito crítico presentes no Língua de Trapo.

PASQUALE 

De: Carlos Castelo e Wagner Amorosino

 

Io me chiamo Vitorio Pasquale

Di Roma io sonno naturale

Ma no sê perche desdi bambino

Io sono questo ragazzo cretino

 

La mia mamma berrava: “imbecile”!

Ficca en Italia, no va a Brasile

Ma io, questo maledeto mulo

Viaggei p’resti paese fancullo

 

Refrão: oggi oglio migna crassia suciale

I digo: vucê é um troxa, Pasquale  (2 vezes)

 

Mio San Genaro, faiz setent’ani

Desdi chi avuô u primo éreoplani

Chi’stô  niste paese insgugliambado

Ingodicionarmente adirrotado!

 

Gomecei na Pegna, fazzia uns bicco

I giurava che ia ficá ricco

Sognava andá di becca i gollarigno

I tê argun p’ra gastá nu xoppigno

 

Refrão

 

Entô abri una casa di massa

Ma loggo succedeu una disgraza

Servi una sardela vaggabunda

Mattei quasi che toda Barra Funda

 

No dia ch’io saí da prisó

Un drombadigne me paso a mó

Perch’io fue morá nista confusó

Si na Itália é maise migliore di bó?

 

Refrão

 

FICHA TÉCNICA

 

Arranjo e produção: Sergio Gama

Voz-solo:  Laert Sarrumor 

Coro: Sérgio Gama e Cacá Lima 

Guitarra: Sérgio Gama 

Contrabaixo: Cacá Lima 

Bateria: Valmir Valentim 

Acordeon: Marcelo Castilha 

Pandeirolas: Marcos Artur 

Palmas: Cacá Lima e Laert Sarrumor

“Nonna”: Laert  

“Figlio”: Cacá

 

Gravado no Estúdio Musiclave (SP), em novembro e dezembro de 2015.

Técnico de gravação e mixagem: Rafael Vieira.

Masterização: Roberto Gava, Estúdio Azulão (SP), março de 2023.

Arte de capa: Yuri Campagnaro

 

SOBRE O LÍNGUA DE TRAPO 

 

         A trajetória do grupo começa em 1979, em divertidos shows nas salas de aula da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero, em São Paulo, onde seus fundadores Laert Sarrumor, Guca Domenico, Carlos Castelo e Antonio Freitas Neto, o Pituco, cursavam jornalismo. Mas eles costumam contar a partir de 1980, quando adotaram o nome Língua de Trapo, uma expressão antiga presente na letra da marchinha Dá Nela, de Ary Barroso, gravada em 1930 por Francisco Alves: “Esta mulher há muito tempo me provoca / Dá nela! Dá nela! /É perigosa, fala mais que pata choca /Dá nela! Dá nela! /Fala, língua de trapo /Pois da tua boca eu não escapo”

        O grupo marcou toda uma geração com sua irreverência e originalidade, influenciando artistas importantes do humor musical. Herdando a iconoclastia de trabalhos revolucionários como o dos Mutantes, Joelho de Porco e do grupo inglês Monty Python, o Língua de Trapo vai mais além, misturando teatralidade, letras inteligentes e críticas, além de uma variada mescla de estilos musicais, provando que é possível manter a qualidade e ser absolutamente popular. Hoje, como um divertido e sempre renovado quarentão, o grupo tem ainda muita história para contar e cantar.

 

                                                ***

 

Pré-save de Pasquale nos streamings: https://onerpm.link/372897570465

 

Contatos: Márcia Oliveira – (11) 99591-4338 

marcia@linguadetrapo.com.br

 

(Fotos de Ricardo Ferreira)

 

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