O Livre Arbítrio

https://www.dreamstime.com/illustration/free-will.html

Por Milton T. Mendonça

Sei que existe! Sinto na pele e no meu dia-a-dia! Vivo topando com ele!

Existem autores excessivamente intelectuais que rejeitam esta hipótese, mas existe. É como o tempo, sua não existência nos parece conto do vigário porque temos o relógio para confirmá-lo. O livre arbítrio nos exige muita responsabilidade e querer que ele exista é de certa maneira um conto do vigário também. Precisa-se estar ligado em si mesmo, perceber conscientemente cada minuto do dia sem emoção, apenas com o pensamento. Tudo que acontece nos exige uma escolha. Cada segundo do dia nos exige uma opção. Vez ou outra a percebemos porque sentimos na pele, mas na maioria das vezes nos parece tão insignificantes que deixamos que o automático escolha. Ele sempre vai escolher o menos difícil, o que sentiremos menos no momento. Como a água que escorre acompanhando o caminho mais fácil, deixamos que as escolhas aconteçam por si só. No final, depois de alguns anos, nossa vida está um caos e perguntamos: Onde foi que errei?! Foi nas escolhas!

Quando nos deparamos com um sorvete e nos perguntamos: devemos tomá-lo ou não?Essa escolha pode estar nos levando para uma diabetes. No momento escolhemos o mais fácil, o que nos dará mais prazer. Mas tivemos opção. Se estávamos consciente disso é outra questão. A escolha estava lá e poderíamos ter escolhido diferente.

Kant em seu livro a crítica da razão pura, levanta a hipótese de que não existe o livre arbítrio porque não temos liberdade de escolha em alguns casos. Citou o exemplo do dedo que está pré determinado a se mover em algumas direções e, por exemplo, para trás ele não se move. Discordo.  Tudo depende de nossa vontade e de quanto agüentaremos para realizar o nosso propósito. Eu quebraria meu dedo se movimentá-lo para trás fosse a escolha que eu desejasse.

Estamos acostumados a pensar binariamente. Sim e não, certo e errado. Isso nos leva a pensar que em qualquer situação temos apenas duas opções. Mas não é verdade. Penso que deveríamos pensar – se é que devemos pensar de alguma maneira – Matricialmente. Se devemos criar um modelo para identificar o ser humano com certeza não é o binário mas o matricial. Não que somos matriciais – estamos muito além disso. Mas creio que pensar matricialmente é mais lógico e mais proveitoso do que o binário. Eu costumo pensar dessa maneira e quando olho para trás, percebo o quanto consegui superar.

Reconheço a dificuldade dessa proposição e sei que minha capacidade está muito aquém para tentar defender sua existência, afinal não sou nem filósofo e muito menos matemático. Sou apenas um cidadão comum que pensa e se interessa por toda nuance da existência terrena, por isso não vou entrar em mais detalhes, mas afirmo que minha experiência pessoal confirma sua existência e acredito que se você também percebê-la e usá-la em seu proveito vai conseguir alcançar paz e felicidades. Sem falar em prosperidade financeira.

Tudo depende de nós. Não existe mágica, tudo depende de nosso querer e da força que colocamos em cima desse propósito. É difícil, mas o livre arbítrio existe para o nosso benefício e pode nos levar onde desejamos ir.

Isto não exclui Deus, como você deve estar imaginando. Ele está lá esperando que usemos nosso livre arbítrio para encontrá-lo e, aí sim, começarão os milagres.

2017

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*