Roças esventradas
guardam intacta a dor dos contratados
numa renascida foto a preto e branco
se dilui o gesto e ecoa o pranto
se vislumbram rostos condenados
Roças fantasmas do passado
oferecem espantados meninos, dedos em riste
estendendo mãos sonhando guloseimas que não trouxe
pedindo apenas, serenos, com olhar doce
aforando a pele com olhos frágeis de tão tristes
Roças verdes
contam exuberantes memórias
ostentam partido um candelabro
num canto de gente lúgubre e macabro
guardam fragmentados átomos de História
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