paciência, irmãos e irmãs
um pouco mais de paciência
pois aqueles que, há tempos
haviam sido esquecidos
de repente, foram lembrados
na tragédia, estamos unidos
ao encarar a beleza irônica
desta guerra que lutamos
contra um inimigo invisível
precisamos de calma e afinco
veja como a feiura do egoismo
enfim procurou por tardio abrigo
e os homens que há tempos
governavam o mundo
de olhos vendados
lavaram as mãos atadas, de medo
pois não há cura para o que se perdeu
para os que não entendem,
para os que se foram em vão
e não viverão novamente
nesta busca aflita por irmandade,
pela verdade final da humanidade
não devemos nem podemos nos esquecer
da mente que ainda vive!
do coração batendo forte e vibrante!
de braços intercalados, continuaremos!
o amor chegou onde
não existem banidos
não existem mocinhos
não existem bandidos
assim, talvez aprendamos a viver
por aqueles que tiveram de morrer
sem ouro, sem raça, sem briga
fazendo o mal desaparecer
só desta vez, curando a ferida
sem apenas sobreviver
a sina não será sinal pra desistir
a rua deserta voltará a sorrir
a árvore amiga estará de braços abertos
assim que o sol sem amarras surgir
então paciência, irmãos e irmãs
um pouco mais de paciência.
Quênia Lalita
18/04/2020
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