A Gravitação Espiritual

 

A Gravitação Espiritual

Peter Russel, em sua obra O BURACO BRANCO NO TEMPO, faz uma  interessante reflexão sobre a evolução da humanidade, estabelecendo um paralelo com a evolução de uma estrela. Afirma que nos dois casos há um padrão acelerado de desenvolvimento.

No caso de uma estrela, é a força da gravidade que  mantém unida e coesa a matéria que a compõe. Já na raça humana, o que lhe garante a evolução espiritual é a busca de um estado interior mais pleno. Nossa mente gravita para a harmonia e paz interior.

A consciência da maioria dos seres humanos está mais voltada  ao exterior, à conquista do mundo material, na busca obsessiva por tudo aquilo que ele pode lhes oferecer em termos de conforto e segurança. Isso lhes bloqueia a percepção do que realmente consiste nosso verdadeiro objetivo enquanto habitantes deste lindo planeta azul.

Mesmo sem perceber, gravitamos para o nosso próprio centro. Com o passar do tempo e ajuda das experiências que vivenciamos, torna-se claro que, no fundo, o que estamos procurando é paz interior e amor. É no recôndito do nosso ser que podemos encontrar a única segurança possível. E, quanto mais reconheçamos nosso real objetivo, com mais celeridade caminharemos em sua direção. Estamos  nos tornando conscientes  não apenas do mundo à nossa volta, mas também do mundo dentro de nós , da nossa realidade interna e da consciência que a ilumina.

Em alguns aspectos   podemos identificar pontos comuns entre gravidade e amor. A  gravidade é a atração da massa para si mesma, uma força que atrai o Universo físico para sua unidade original. Por outro lado, o amor pode ser como uma atração da vida para  si mesma, o desejo por uma união consciente com a nossa própria fonte, com a essência  do que nós somos.

Para o visionário Buckminster Fuller, o amor é a gravidade da metafísica. É ele que nos inspira à reconexão com nosso estado original de “graça interior”, depois de peregrinarmos pelos escuros labirintos da vida. E, como o E.T. do maravilhoso filme de Spielberg, nós só queremos voltar ao nosso ponto de origem.

Somos filhos pródigos de nós mesmos.

Por Gilberto Silos

Sobre Gilberto Silos 189 Artigos
Gilberto Silos, natural de São José do Rio Pardo - SP, é autodidata, poeta e escritor. Participou de algumas antologias e foi colunista de alguns jornais de São José dos Campos, cidade onde reside. Comentarista da Rádio TV Imprensa. Ativista ambiental e em defesa dos direitos da criança e do idoso. Apaixonado por música, literatura, cinema e esoterismo. Tem filhas e netos. Já plantou muitas árvores, mas está devendo o livro.

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