Afinal liberdade é liberdade

Afinal liberdade é liberdade

Por Joka Faria, em reflexão libertária

Na década de 80, 90 eu tinha uma boa influência da sociedade hippie surgida nos anos 60. Não me tinha chegado a informação dos beatniks. Estas informações culturais e artísticas são fundamentais em nossas vidas. Eu era adepto do nudismo, uso de saias masculinas e outras variedades, mas estranhamente continuo poeta bem depois dos trinta. Acho que as aventuras e desventuras que vivi até hoje foram fundamentais. Hoje estamos em outro momento histórico, o da era das redes sociais. E uma luta no mundo todo contra uma onda neo fascista. Tenho sorte de morar na Cidade das Palavras, São José dos Campos, cidade que mesmo tendo uma pequena comunidade de ativistas, eles se fazem ouvir. Estão presentes na cultura, arte, sindicalismo e partidos políticos. Aos 16 anos visitei vários partidos de esquerda. Aos 18 tirei o título e me filiei ao PT e fiquei até 2001. Na época era uma bela resistência a esta sociedade capitalista. Daí em diante fui conhecendo inúmeros movimentos, fazendo minhas músicas, descobrindo a poesia que escrevia em cadernos e mostrava na escola Ana Cândida de Barros Molina, ali havia inúmeros apoios de professoras e professoras, Regina Andrade, Kimico, Marina, Jean Carlos professor de história, que eu acompanhava até ́ perto de sua casa para aprender sobre as artes da política. Sempre gostei de ler desde que aprendi com uma certa dificuldade. Naquela época não tinha toda esta teoria e professores bem preparados. Elas estavam lá, mas não se faziam presente. A educação formal nas escolas é fundamental em nossa existência, com seus acertos e erros. Hoje é feriado, passei o dia entre dormir e estudar ARTES, mas a música me acompanha em todos estes momentos. Inspirei-me em Maria Bethânia para gravar GITA de Raul Seixas e Paulo Coelho, afinal liberdade é liberdade.

 

Estas três moças nos trazem recordações não vividas. Edson Souza que está lançando o disco “Coisas Lindas” com Elizabeth de Souza e suas letras, esteve em Iacanga e vi o belo documentário. Seria possível Festivais como este na atualidade? Com gente que busque uma reflexão alternativa da maneira de viver? O grito que mais ecoa nestes momentos é o do Feminismo e do movimento LGBT a mais e alguma coisa. Casas de show como o HOCUS POCUS em Sanja são fundamentais. Mas as três moças trazem uma rica nostalgia. Tempos outros, mas estamos VIVOS e prontos para fazer nascer novas utopias, novos movimentos que liberte o ser humano de sua ignorância. Precisamos nos libertar dos grilhões das cavernas.

João Carlos Faria
Professor, artista

Membro do COLETIVO AÇÃO LIBERTÁRIA

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