Banda Signo XIII – Entrevista

Joana D’arc entrevista os Brasilienses da Banda Signo XIII

Essa entrevista foi publicada na Revista Entrementes 0. Confira!

1- Como surgiu a banda?

Desde 2004 vinha compondo um som com uma pegada mais sinistra, dark, pós punk, e, engavetando essas coisas, pois estava envolvido em outros projetos e bandas e não sabia o que essas músicas iriam virar. Então em 2011 resolvi chamar uns amigos e formei o Eixo Fantasma, uma banda em que pude experimentar um pouco dessa sonoridade que vinha criando; só que por diversos motivos em 10 meses a banda acabou, resolvi reformular o projeto e decidi gravar sozinho o primeiro EP da Signo XIII, o “El verdugo y La vendetta”. No segundo EP já contei com a colaboração do amigo Rômulo em alguns sons, e assim foi se somando o esforço de vários parceiros pra desenvolver esse trabalho. Hoje somos um trio, mas com muitas pessoas que nos acompanham por pura empatia pessoal e sonora.

 

2- Como banda, quais são os seus maiores desafios?

Hoje trabalhamos muito em eventos colaborativos como o F.O.D.A. Pública (Festa de Ocupação Dinâmica de Área pública) cuja ideia é ocupar com cultura áreas abandonadas e que originalmente tinham sido criadas para o lazer, e nisso subsidiamos nossos eventos e promovemos esse dialogo da revitalização cultural e social de nossa cidade. Mas sobre as dificuldades no geral, são problemas que a maioria das bandas passam: falta de grana para o ensaio ou um equipamento melhor, ter dificuldades de aceitação por ser um tipo de som que não está na moda, casas noturnas que pagam cachê pra banda cover e se licham para as bandas autorais, enfim, mas isso é só combustível para gente continuar trabalhando e melhorando.

 

3- Tem algum EP? Quantos?

Temos dois EP’s, o “El verdugo y La vendetta – http://www.mediafire.com/?mx1hj3bjwg0pkng de 2012 e o “Espectros de ferro – http://www.mediafire.com/?t3g6p8ql278y0jk  de 2013. Lançamos um split com a banda Pequi de Águas Lindas-GO e participamos de algumas coletâneas na América Latina (Peru,Venezuela,Colômbia).

 

4- Onde adquirimos o som de vocês?

Dá pra se ouvir e baixar boa parte de nosso material no www.soundcloud.com/signo13 E caso queiram os materiais físicos é só procurar a gente no facebook: www.facebook.com/signotreze.postpunk?fref=ts que lá acertamos os envios.

Rola patch, adesivos e camisa também só entrar em contato pelo bandasigno13@gmail.com

 

5- Como vocês resumem o som da banda?

Rock escuro.

 

6- Como vocês se veem no futuro?

Não muito diferente de hoje, queremos explorar cada vez mais o processo da criação. O Marcelo, que é o novo baterista, trouxe uma nova energia aos antigos e novos sons; o baixista (Douglas Almeida) tem dividido os vocais, o que está resultando em um som bem próximo do que almejamos como banda.

 7- Quais são suas influências?

A vida na cidade mecânica, o amor, o desapego, o jogo! Cinema marginal, HQs, Surrealismo.

Sonoras são The Sound, Cabine C, Décima Victima, The Cure, Ritual, Arte no Escuro, IRA!, The Chameleons, Interpol, At the Drive-In, Elite Sofisticada, Muzak, Kafka.

8- Tem projetos para este ano?

Muito em breve entraremos em estúdio para fazer o terceiro EP, estamos compondo vorazmente com essa nova formação. Vai rolar um clipe que será produzido por um cineasta aqui da cidade, e tem sido bastante interessante e enriquecedor explorar cada vez mais nossa própria cidade com essa estrutura de tocar nas ruas. Queremos também ir tocar nas redondezas cada vez mais…

9- Eu escutei o som de vocês, e a minha musica predileta é “Jardim de Inverno”. Como funciona o processo de composição de vocês?

Tem música que estou compondo há meses e não tenho previsão de quando vou terminar. Não que seja algo complexo, mas gosto de ir desenvolvendo cada ideia e ir experimentando, excluindo as que não deram certo; é um processo bem tranquilo e calmo. Em compensação, tem outras que já vem pronta, e em 15 minutos há uma música nova, varia. “Jardim de inverno” eu compus no ônibus indo para o trabalho, fala do deserto que rola de vez em quando em Brasília.

10- Paul Klee diz: “Arte não existe para reproduzir o visível, mas para tornar visível aquilo que está mais além dos olhos”. Vocês concordam?

Sim, um dos aspectos da arte é esse mesmo. Eu acredito na coexistência do literal e do subjetivo, é possível inserir fantasia na realidade e vice-versa.

11- Deixe uma mensagem para os leitores.

Muito obrigado pelo convite Joana e sucesso para o Portal “Entrementes” com o novo formato. A mensagem é a de que valorizem os artistas de sua cidade! E gentileza gera gentileza quando exercido na vida real!

Beijo e entrem em contato!

Fotos por: Marcos A. Gomes

Joelma A. de Sousa

Jéssyca Caroline

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