Em Ferry-Boat Blues 21, a dualidade da intimidade e da realidade contemporânea -

Em Ferry-Boat Blues 21, a dualidade da intimidade e da realidade contemporânea

Navegando nos mares do blues, a canção explora simultaneamente a beleza do amor e a preocupação com o futuro do planeta.

Escrita durante uma travessia de ferry-boat no mar da Baía de Todos os Santos, em Salvador, Bahia, a letra aborda problemas ambientais e a incerteza do futuro do planeta e da vida. E todas essas reflexões acontecem ao mesmo tempo em que acontecem belos momentos de amor, com laivos de esperança.

Através dessa canção, a Organoclorados explora o contraste entre um momento de intimidade romântica compartilhado entre duas pessoas e uma realidade perturbadora de degradação ambiental. Os versos da letra evocam imagens e sensações, criando um cenário que mescla a beleza da conexão humana com a preocupação ambiental e a inquietação do mundo moderno.

“Musicalmente, fomos buscar inspiração no blues, mas acredito que conseguimos adicionar nosso estilo e as características da nossa maneira de produzir música”, analisa o compositor Artur W.

Joir Rocha (bateria) completa: “Essa inspiração produziu sonoridades e uma cadência contagiante, quase hipnótica, com algum espaço para experimentalismos e influências do rock dos anos 1960.”

Dessa forma, os arranjos de acordes, riffs e melodias tentam refletir justamente a dualidade que permeia o sentido da letra. De um lado, a efemeridade da vida e a preocupação ambiental, simbolizadas pela poluição e o futuro incerto. Do outro, a beleza do amor e o idealismo da juventude que nos tornam capazes de imaginar oceanos limpos e praias seguras, mesmo com uma pontinha de dúvida e receio em relação ao futuro.

Ficha Técnica:

Música: Artur W – Letra: Paulo Coqueiro
Gravação, mixagem e masterização: Estúdio Jimbo, Alagoinhas-Bahia.
André G (baixo), Artur W (guitarras solo e voz), Joir Rocha (bateria), Roger Silva (teclados). Participação: Alan Gustavo (guitarra).
Arte da capa: Lindi Lima
Fotos: Aislan Santana