Filosofar é preciso, é vida

Foto: Ricardo Stuckert

Filosofar é preciso, é vida

Por Joka Faria

O que escrever sobre a liberdade do Brasil com a terceira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, que tive o prazer de encontrar algumas vezes em minha vida? Esta eleição é bem mais ampla que as fundamentais pautas da esquerda. Chegamos e iremos aprender a conviver com o centro. E o que somos enquanto esquerda? Como faremos um debate sincero com uma parcela significativa da população que se deixa levar pelo obscurantismo? Que tenta pautar a sociedade em camisas de forças conservadoras? A juventude da atualidade nos dá lição de liberdades, que não tivemos na década de 80, 90. A tecnologia digital que não conseguimos viver sem ela. Deixei meu celular sem internet recentemente, fui antiquado até não poder mais. Tirei o celular de casa. Eu uso e abuso das redes sociais.
Blogs, sites, redes sociais e meu canal do youtube. Estamos digitalizados, mas o calor humano das escolas nos ensinam a viver sem bolhas. Como iremos explodir as bolhas e debater com a extrema direita?
Buscamos a liberdade ao abrir um livro. Os livros nos surpreendem. LULA aproveitou o tempo de prisão para ler. E as pessoas sem a pluralidade de pensamentos que estão nos livros, nas artes? Em meio ao caos da política iniciei em Agosto, um encontro de amantes da literatura e das artes numa praça uma vez por mês. Nem espero nada deste encontro além do encontro. E as bolhas irão explodir?
Sexualidade, política, filosofia , religiosidade devem ser sim debatidas, nas praças, ruas, feiras, shopping, parques, escolas, faculdades. Filosofar é preciso, é vida. Vejo este Brasil desde minha infância, crianças observam tudo e refletem o mundo que as cercam. Então fortalecemos a democracia. Vamos ir além das teorias e ideologias do século dezenove. Estamos em 2022!
É hora de novas ideias. E a cultura, educação, artes andam de mãos dadas. Sejamos iluministas, libertários. Estamos começando a sair do abismo da ignorância? Recriar, repensar os movimentos sociais.
Lula vem de um movimento de trabalhadores do final dos anos setenta e início dos anos 80.
Ninguém solta a mão de ninguém Vamos realmente a aprender a dialogar com quem não pensa como nós?

João Carlos Faria

Professor e amante das artes;

Trinta e um de outubro de 2022

 

2 Comentários

  1. Belíssima e oportuna sua crônica, Joka.
    Creio ser possível encontrar espaços de diálogo com o Centro que, em muitas circunstâncias, pode ser o fiel da balança. Com a Direita deve ser difícil pela sua própria natureza.
    É sim, preciso filosofar.
    Um abraço fraterno

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