
O HOMEM QUE ESCREVIA
Um homem ali estava
Absorto em seus pensamentos
Em meio às dores do mundo
Ele escrevia.
O ódio lá fora imperava
Violência em todos os momentos
Ele hesitava por um mero segundo
E então escrevia.
Sua mão não era escrava
Das agressões e dos tormentos
A inspiração ele buscava fundo
E escrevia.
Ele tinha o dom da palavra
Nascera com os fundamentos
Já os trouxera do além-mundo
Noite e dia, escrevia.
Os poemas que tanto amava
Causavam copiosos encantamentos
Cada verso tão único, profundo
Poesia, ele escrevia.
Impiedoso, o tempo passava
De sua vida só restavam fragmentos
Já não lembrava de onde era oriundo
Ainda assim, ele escrevia.
E no momento em que a Morte o tocava
Em que seu corpo se juntava aos elementos
Instantes antes de adentrar ao submundo
Um “Adeus”, ele escrevia…
DALTO FIDENCIO
Nil Satis Nisi Optimum
MMXXII
6 total views , 1 views today
Dalto, que lindo poema!
Continue escrevendo, meu amigo, adoro ler seus poemas!
Grande abraço…saudade