Sobrenatural: H. F. Pessoa não quis escrever um livro, ele foi obrigado!

Sobrenatural: H. F. Pessoa não quis escrever um livro, ele foi obrigado!

Em entrevista exclusiva, autor explica o processo de escrita de “O Diário de Hass”, que iniciou após um período de terror e insônia

 

 

 

Quando H. F. Pessoa começou a escrever O Diário de Hass, por vezes sentia-se como um mero espectador de uma história que se obrigava a ser contada. Ele abria o editor de texto e suas mãos digitavam de forma ininterrupta. O autor acredita que, do nome dos personagens até a trama principal, nada foi decisão própria. Era como se fosse somente uma ferramenta para uma narrativa que precisava ser externalizada para o mundo.

O livro surgiu depois de uma experiência sobrenatural enfrentada pelo escritor. Em uma madrugada qualquer, acordou no escuro de seu quarto, assustado com a janela arrombada e a sensação de ter uma presença à sua espreita. Começou, então, a ter dificuldades para dormir e passava dias seguidos acordados, com insônia – nem com a luz acesa o medo diminuía. Foi só quando escreveu sobre Hass, por horas madrugada adentro, que conseguiu ter uma noite tranquila de sono.

No conteúdo abaixo, o autor fala sobre o processo criativo da obra, e revela a experiência de arrepiar que propõe com O Diário de Hass. Leia:

1 – “O Diário de Hass” foi escrito após você enfrentar momentos de terror na sua vida, uma experiência sobrenatural e um período longo de insônia. Por que você sentiu a necessidade de escrever uma ficção depois dessa situação?

H. F. Pessoa: Fui obrigado. Depois da experiência, era bem nítido para mim que não estava mais sozinho no ambiente. Sentia que uma presença estava de pé e espreitando no canto mais escuro do quarto. Até que eu compreendesse que precisava escrever, a sensação que algo se aproximava de mim, pronto para atacar enquanto eu tentava dormir, era perturbadora. Parecia que dormir era uma afronta ao que quer que fosse aquela presença. A sensação não passava nem com a luz acesa.

2 – Hass é uma criança de sete anos que também enfrenta pesadelos e momentos sobrenaturais. De que maneira a história do garoto e a sua se relacionam, além dos pesadelos?

H. F. Pessoa: Muitas das experiências do Hass, eu experienciei quando criança. A mais comum eram os vultos de pessoas encapuzadas que pareciam me seguir para todo o lado. Mas, fora isso, acredito que nossas personalidades também se aproximam. A ideia de desconexão com a realidade à nossa volta, a ansiedade e a preferência pela solidão estão enraizadas em mim até hoje.

3 – A história é narrada através de um diário, em primeira pessoa. Na sua perspectiva, essa escolha na narrativa auxilia no processo de conexão dos leitores com o enredo. Se sim, por quê?

H. F. Pessoa: Acredito que sim, mas não foi escolha minha. O livro não foi idealizado em detalhes por mim, nem o método de escrita, nem os nomes dos personagens, nem o título do livro. Depois da experiência, eu só tive paz quando me sentei em frente ao computador antigo, abri o editor de texto e deixei que minhas mãos fossem usadas para conceber a história que se obrigava a nascer. Em vários momentos, assisti às minhas mãos digitando ininterruptamente, elas sabiam o caminho, eu não passava de um mero espectador. Quando terminou, a história já possuía um título.

4 – “O Diário de Hass” oferece uma experiência multissensorial: há uma trilha sonora e até uma fragrância exclusiva. De que forma esses recursos para além do livro instigam a leitura?

H. F. Pessoa.: Fiquei idealizando uma forma de tornar a experiência literária ainda mais intensa, de um jeito que os leitores vestissem a pele do Hass, tornando-se um com ele ao invés de ler sobre ele. A trilha sonora, por exemplo, conta com toda uma engenharia de áudio específica para ampliar a concentração, facilitando a transição entre as dimensões para os leitores. Uma parte considerável dos leitores gosta do cheiro de livros novos, por que não ter uma fragrância só nossa?

5 – Seu livro vendeu, de forma independente, mais de 1.500 exemplares. A que você atribui o sucesso da saga, em um mercado literário amplo e difícil como o do Brasil?

H. F. Pessoa: A conexão entre os leitores e o Hass. Por mais que eu tenha dedicado meses de trabalho árduo para transformar o livro numa experiência literária única no mundo, o retorno que temos dos leitores sobre o que mais impacta é justamente sobre a conexão entre o protagonista e eles. Os leitores se veem no Hass com muita facilidade. A criança tímida, ansiosa e que não se encaixa na realidade em que vive.

6 – “O Diário de Hass” terá continuações – o segundo livro, inclusive, já está perto de ser finalizado. O que podemos esperar da história do personagem no futuro?

H. F. Pessoa: Na verdade, estou finalizando o volume 5, que já ultrapassa as 300 páginas. Pelo que notei, iremos explorar em detalhes a vida do Hass da infância à vida adulta, inclusive um pouco de romance. Porém, suas aventuras vão se tornando mais sombrias, com dilemas mais complexos e exigindo níveis de sacrifícios cada vez maiores. Quero ver até onde ele irá suportar antes de, vocês sabem…

Sobre o autor: Heliel Ferraz Pessoa é advogado, pós-graduado em Direito Penal e Criminologia, além de ter trabalhado como hipnoterapeuta e músico. Apaixonado por assuntos sobrenaturais, de terror e fantasia, escreveu a obra “Diário de Hass”. Com o primeiro livro publicado, a saga tem três continuações finalizadas que serão lançadas nos próximos anos. O autor planeja, no total, oito volumes.

Para mais informações sobre o livro “O Diário de Hass”, clique aqui!

 

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1 Comentário

  1. Muito bom, nunca tinha lido que deixa a nossa imaginação fluir, viajar para o além. Li o volume 1 e o 2 espero encontrar o 3 e se possível o 4. Ah H.F.Pessoa continue escrevendo, você é bom cara

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