Superfície – Capítulo final

Imagem do site https://hypescience.com/

Por Milton T. Mendonça

Superfície – Capítulo final

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O general se precipitou em direção a Elisa cobrindo-a com  seu corpo enquanto detritos desabavam do teto. O local todo  tremeu em consequência do impacto causado pelo feixe de ondas eletromagnética recebido pela montanha, lançado pelo canhão de popa da nave de guerra que esperava estacionada fora da atmosfera da lua de Júpiter.

– Eles nos descobriram!

O comandante gritou enquanto protegia sua convidada.

Esperaram outro choque, mas nada aconteceu. Levantaram-se e correram para a janela. Lá fora pessoas vagavam desorientadas em busca de proteção. Não havia feridos a vista apenas pedaços da montanha esparramado por todo lado.

– Foi um aviso.

Elisa falou categórica.

– A comunicação foi liberada. Preciso me comunicar urgente com o general Nael Frozz…

Levantaram-se e Elisa apertou a tela de titânio do console fixo á mesa do comandante. O brilho surgiu quase ao mesmo tempo deixando a mostra o cardápio com várias opções disponíveis. Continuou apertando os caracteres seguindo uma rota predeterminada até encontrar um cone multicor. Penetrou em seu interior através de movimentos rápidos com os dedos e foi lançada para cima saindo do outro lado onde encontrou um soldado atarefado vasculhando seu console agilmente com ambas as mãos. Forçou a pequena janela de onde observava dobrando seu tamanho.

– Soldado!

Falou ríspida.

– Quero falar com o general Nael!

– Senadora? É a senhora?

– Estou tentando me comunicar com a senhora. Seu comunicador está desligado? Consegui localiza-la, mas não consigo me comunicar…

– Não está comigo. Chame seu comandante imediatamente.

Sem nenhum comentário a tela correu deixando em seu rastro uma luz branca brilhante. Milésimos de segundos depois, ou menos, a cor apareceu novamente fixando a imagem do homem que com seu bigode bem tratado a olhou espantado. Imediatamente seu semblante mudou de aflito para aliviado fazendo Elisa sorrir lisonjeada.

– Como vai general? Há quanto tempo não nos vemos…

– Senadora?! Que prazer revê-la! Pensamos que a tínhamos perdido…

– Não sou fácil de perder, general.

Elisa sorriu alegre.

– general, parece que temos um problema grave aqui. Não anuncie nosso contato por enquanto. Estamos sendo ludibriados pelo governo de Ganimedes e penso que está na hora de nossa intervenção. Quero que faça um link com o senado da terra preciso de orientação… Posso contar com o senhor?

– Claro! Imediatamente… Foi um prazer revê-la senadora.

A tela voltou a correr retornando ao soldado que a recebera anteriormente. Ouviu o general dando ordens, mas não pode vê-lo apesar de saber que estava em outra janela na mesma tela.

De repente a lembrança de Muai cruzou seu pensamentos e um tremor sacudiu seus ombros eretos.

– Meu Deus Muai! Como pude esquecê-lo?!

Murmurou angustiada. Olhou para os lados em busca do comandante e pode vê-lo conversando com o soldado que vigiava a porta.

– Comandante!

Gritou abanando a mão excitada.

– O soldado olhou para ela e falou algo para seu comandante que girou a cabeça fitando-a. Percebendo sua agitação se dirigiu apressado em sua direção.

– O que foi senadora? Algo a preocupa?

– É o Muai comandante? Como pude esquecê-lo? Se algo lhe aconteceu não sei o que será de mim…

– Ah! O menino? Não se preocupe senhora acabei de me informar de que tudo está bem. Seu alojamento não foi afetado. Parece que a descarga foi apenas um aviso mesmo, não alcançou os níveis mais baixos do complexo. Eles de nada perceberam…

O alivio relaxou seu corpo a obrigando se apoiar para não desabar. Firmou as mãos na mesa e soltou a cabeça, sonolenta.

O homem vestindo roupa oficial de presidente do senado saiu da reunião apressado segundos após ser notificado de que sua presença era necessária em seu gabinete. A frase que o motivou a quebrar sua regra de boas maneiras e deixar todos sem uma explicação foi a única que esperava ouvir desde que fora avisado do sequestro de sua amiga: “A senadora Elisa está pedindo vista”. Frase que sempre era usada quando a presidente de honra daquela magnífica casa solicitava sua presença.

Percorreu rapidamente os corredores e desceu a escadaria  sem olhar para os lados. O sorriso eternamente brincando em seu rosto bonito que o deixava acessível a todos estava fechado. O vinco de preocupação na testa larga não admitia duvidas a quem tentasse abordá-lo de que o momento não era propicio.

Adentrou em seu gabinete deixando a pequena multidão que o esperava ansiosa, perplexa. Fechou-se em sua sala batendo a porta atrás de si com um golpe seco. Parou um momento para tomar fôlego. Passou o lenço de seda no rosto suado ajeitou os cabelos respirou fundo e se colocou frente ao console sorrindo como se nada no mundo o preocupasse.

Bom revê-la senadora. O que houve? Resolveu tirar férias longe da política?

– Infelizmente não, excelência. Fomos ludibriados e um governo autoritário se formou aos moldes da antiga sociedade terráquea. Se é que posso me expressar dessa maneira. Estou chocada com as informações que chegaram aos meus ouvidos…

– São confiáveis, senadora?

O presidente voltou a ficar sério.

 – Temos informações que os rebeldes tentarão nos confundir com informações falsas… Estratégia desse tipo não pode ser descartada…

– Excelência! Estou no quartel-general da resistência e conversei com uma pessoa que veio das cavernas. Está conosco desde o princípio. Tornou-se intima. Sua honestidade é inquestionável…

– Sinto muito, senadora, mas precisamos mais do que isso para votar uma intervenção. Consiga a aprovação da maioria do senado de Ganimedes e entraremos com nosso exercito para acabar com a disputa. Caso não consiga a adesão em setenta e duas horas – é o que o senado acabou de aprovar – vamos aceitar o pedido de ajuda do governo legal para destruir os rebeldes.

Elisa ficou calada por um momento desanimada. De repente como se tivesse encontrado um caminho dentro de si seus olhos endureceram e ela replicou enérgica.

– Está bem excelência! Entro em contato assim que conseguir a aliança.

Desligou, olhou para o comandante e exclamou:

– Espero que tenha um plano!

Sem esperar por uma resposta ordenou:

– Chame End, o senador e sua esposa. Precisamos nos reunir imediatamente…

-Soldado!

O comandante levantou de um pulo e se precipitou para a porta.

– Traga os visitantes imediatamente…

O rapaz hesitou por um momento.

– Somente os adultos, homem! Vá ligeiro…

Saiu correndo desaparecendo na primeira curva. O general se voltou em direção à Elisa.

– Imagino que tenha um plano.

– O único comandante. Penso que não nos resta muita coisa…

– Será que conseguiremos?

Elisa olhou-o surpresa.

– O que foi general perdeu a fé?

– Não! Apenas quero saber se acredita no sucesso.

– Não temos opção, general. Não aceito o fracasso… Lutaremos se for necessário, mas não deixarei que Ganimedes cometa o mesmo erro que cometemos no passado… Jamais!

Exclamou enraivecida. O homem sorriu volvendo para a janela e mirando o exterior absorto.  Elisa sentou-se à mesa e fechou os olhos cansados se perdendo em pensamentos.

Abriu os olhos com o barulho de passos se aproximando. A porta foi aberta e os três convidados entraram após seu guia. Vendo Elisa á mesa se aproximaram rodeando-a.

– O que houve senadora? Ouvimos barulho de invasão… Pensamos que…

– Não! Foi apenas um aviso.   Temos um problema…

– Problema? Que problema?

Falaram em uníssonos.

– Temos setenta e duas horas para convencer o senado da terra que estamos no lado certo ou seremos invadidos pelo seu exercito.

– Precisamos da concordância da maioria dos senadores de Ganimedes de que fazemos o certo. O que fazemos é pela liberdade da lua e não o contrario.

– Posso me comunicar com meus colegas… Mas não será fácil. Seremos rastreados se usarmos qualquer tipo de comunicação dentro da atmosfera… Nossa criptografia é conhecida pelo governo.

– É verdade! A não ser que usemos outro método…

– Em que está pensando?

O general perguntou a Elisa.

– Usaremos uma ponte entre nós e o senado.

– Que tipo de ponte está sugerindo?

– A melhor… Estou pensando em mandar uma negociadora que já provou ser de uma competência impar. Estou falando de End.

Elisa olhou para End tocou-a nos ombros e sorriu satisfeita.

– Como?!

End estremeceu ao toque.

– Podemos manda-la com nosso pedido a quem o senador sugerir e deixar com que os dois iniciem as negociações. Adaptaremos as coisas conforme o desenrolar da conversação.

– Sim, sim pode dar certo.

O senador falou rápido contagiando o resto do grupo.

– Pode ser perigoso…

A esposa do senador falou alto saindo do silêncio auto imposto.

– O perigo não me assusta. Terei o maior prazer em fazer parte disso. Não esperava ter uma participação muito ativa nessa revolução e contradizer as expectativas me deixa muito feliz.

– O governo deve tê-la identificado como parte de tudo isso…

Alguém falou expressando preocupação.

– Não! Ela veio por iniciativa própria. Ninguém sabe que está aqui…

O comandante respondeu a afirmação com um sorriso.

– Parece que ela conseguiu mudar totalmente o rumo do conflito. Foi sua ideia envolver a senadora, o que, aliás, foi uma ótima ideia. Vai se transformar em uma heroína da resistência quando tudo isso acabar.

End virou o rosto encabulada.

– Muito merecidamente!

Elisa exclamou enfática.

– Bom, vamos nos sentar porque temos muito que planejar…

O general anunciou após alguns segundos de silêncio enquanto a homenagem feita á End se fortalecia no espírito de todos.

A nave pousou no pequeno circulo dentro da propriedade. End acionou o dispositivo no painel frontal e o utilitário desenvolvido especialmente para ser usado por pequenos fazendeiros desapareceu dentro da construção parando com um ruído metálico assim que a plataforma encontrou o trilho e dois braços metálicos se fixaram em sua lateral. A nave girou cento e oitenta graus ficando de frente para a parede onde foi empurrada em sua direção. A plataforma retornou ao ponto de origem fechando a entrada hermeticamente. Um silvo se fez ouvir enquanto a mulher desligava e saia do transporte. Atravessou rapidamente o corredor subterrâneo subiu os três degraus que dava acesso a casa e entrou na sala espaçosa.

– Seja bem vinda senhora.

 O androide se inclinou e pegou a pasta que lhe foi entregue enquanto era beijado efusivamente por sua patroa.

– Que bom estar em casa!

Exclamou alegre.

– Tudo bem por aqui?

– Tudo na mais perfeita ordem, senhora.

– Alguém perguntou por mim?

– Somente recados de baixa prioridade, senhora. Gostaria de ouvi-los agora?

– Não! Deixe para mais tarde…

– Avise na cozinha que almoçarei em casa… Ah! Mande preparar acomodações para dois convidados. Uma criança do sexo masculino e uma mulher muito querida.

– Por quanto tempo devo disponibilizar as acomodações, senhora.

– Hum! Deixe-me ver… Tempo indeterminado. Depois resolvemos isso…

Pegou de volta a pasta e sentou-se na poltrona frente ao console. Pegou a lista de nomes procurou o código marcado  com um circulo vermelho e o digitou atenta.

O console acendeu e uma garota pintando as unhas apareceu na tela.

– Pois não!

Exclamou chateada.

-Quero falar com o senador Marksteel!

– Quem deseja?

– Aqui é End da fazenda Solar… Diga-lhe que teremos aves nesse inverno e que seria interessante se marcássemos uma reunião para escolhermos as melhores antes que caiam a primeira penugem.

Falou escolhendo as palavras sem saber como seria recebida.

– Está bem um momento…

Segundo depois o homem surgiu em seu campo de visão, sério e com ar preocupado.

– Ave trocando pena no inverno? Essa novidade deve ser mutação genética… Não sei se tenho interesse por mutações.

Falou rápido na tentativa de descartar uma possível eleitora chata.

– Não senhor. Esse resultado é consequência do cruzamento de aves vindo da terra… É a décima geração… E a primeira a dar resultados reais.

– Não acredito… Preciso ver isso!

– Que tal hoje lá pela trigésima quinta hora?

–  Combinado… Espere! Vamos mudar para a vigésima oitava… Vou tentar dar uma escapadinha isto aqui está um caos… É na fazenda Solar, não é? Deixe as coordenadas com minha secretária. Estarei aí… Obrigado.

Desligou o console e permaneceu sentada.

– Incrível!

Pensou consigo mesma.

– Nem ao menos questionou a veracidade de minhas palavras…

Levantou-se cantarolando e foi à cozinha em busca do pequeno almoço encomendado. Passara doze horas desde a última refeição e não gostava de ficar com o estomago vazio.

End viu o veículo aparecer no horizonte minutos antes da hora combinada. Ficou observando enquanto o verde espelhado tomou forma em sua íris não muito receptiva a luz, decorrência do nascimento longe do sol. Viu-a pousar e levantou-se de seu observatório caminhando para entrada. O protocolo exigia uma formalidade exagerada nas boas vindas de visitantes não muito frequentes.

Recebeu-o e se dirigiram a biblioteca onde se sentaram comodamente.

– Infelizmente devo desculpar-me, senador, por trazê-lo aqui com um falso pretexto…

– Espero não ter vindo de tão longe para ver pássaros, minha senhora. Não em um momento tão delicado.

O senador cortou suas palavras.

– Na verdade chamei-o aqui a pedido de seu colega o senador Hesíodo…

– A senhora tem provas do que me diz?

O homem voltou a cortar suas palavras.

End retirou do bolso o cubo ótico e lhe mostrou. O homem abriu a maleta que trazia consigo retirou de seu interior o aparelho de leitura depositando no orifício quadrado, abaixo do visor, o cubo entregue por sua anfitriã. Apertou o botão lateral e um teclado virtual apareceu. Digitou alguns algarismos e esperou.

Momento depois o aparelho iluminou-se pedindo a senha hexadecimal que foi digitada em seguida. O conteúdo da mensagem o surpreendeu sobremaneira o fazendo mirar desconfiado a dona da casa várias vezes enquanto seus olhos corria pela tela. Após o término da leitura apertou algumas teclas rapidamente e uma nova senha foi requisitada. O senador digitou uma sequencia numérica e minutos depois uma nova mensagem surgiu. Ele leu ansioso suspirando aliviado se recostando no espaldar do móvel.

– Fico muito feliz por não estar sendo ludibriado.

Falou simpático. Retirando a mão da maleta que trazia no colo mostrando uma arma sônica.

End sorriu contrafeita.

– O que quer dizer? Acha que seria capaz de algum ato desprezível?

– Tudo é possível nesses tempos de guerra… Pessoas honestas são levadas a fazerem coisas que jamais fariam em tempos de paz. A ideologia, a ganância ou simplesmente a ingenuidade são mais destrutivas do que pode imaginar.

– Achei-o ingênuo, na verdade, por aceitar tão rapidamente meu convite…

End retrucou ofendida.

– Realmente achei um convite muito peculiar por isso estou aqui. O senador Hesíodo e eu combinamos averiguar qualquer pedido extravagante… É o nosso código. Bem dissimulado não concorda?

O homem sorriu alegre por ter conseguido enganá-la.

– Mas como sabe que sou enviada do senador?

– Estamos usando a chave de encriptação Maxwell-Mendonça. Conhece-a?

– Infelizmente não tenho mais tempo para a ciência… Agora sou apenas uma fazendeira…

– Essa chave foi criada por esses dois gênios da matemática na segunda metade do século vinte e um. Ela possui  duas senhas. Uma publica e outra privada. A privada é usada para identificar a origem da mensagem. Eu e Hesíodo temos uma senha privada.

– Muito interessante… Na minha adolescência fui muito interessada pela matemática da computação…

– Realmente? Também sou apaixonado por essa ciência.

Ele digitou rapidamente no teclado virtual e passou o aparelho para a mulher que o pegou espantada.

– Simplificando o processo da criptografia é mais ou menos assim.  Não foi quebrada até hoje, portanto pelos padrões interestelares é inviolável.

Ela leu no visor.

 Seu  processo de decodificação “D(c)” é dado por:

“D(c)” é equivalente a “C” exp “d” (“mod n” exp “3”) onde  “0” é menor ou igual a “D(c)” “menor que “n”.
Sendo n = 6 números primos com 3 algarismos cada. Um para cada face do cubo

– Pelo pouco que entendo percebo que a senha deve ser bem longa… Longa demais para memorizar…

– Aí está a beleza desse processo. Precisamos memorizar apenas seis blocos de três dígitos cada. A ordem colocada é que deve ser exata. Para quebra-la precisaria encontrar a sequencia correta de milhares de símbolos hexadecimal. E isso é impossível.

– Muito interessante…

– Senador, agora que resolvemos as duvidas quanto à confiança o que o senhor achou da tarefa que nos foi encomendada?

– Não será fácil, mas também não será impossível. Alguns colegas já estão do nosso lado. Vou levar a mensagem e logo que tiver um resultado entrarei em contato.

– Lembre-se de que precisa ouvir a palavra…

O senador pensou por algum tempo.

– Hexadecimal pelo menos três vezes de qualquer pessoa que venha até a senhora em meu nome.

– Muito bom. O inverso também é verdadeiro.

– Tenho que ir… Foi um grande prazer conhece-la… É uma pena que não crie pássaros em sua fazenda.

Ele riu ao se despedir.

A partir daquele momento a peleja que estava escondida eclodiu  envolvendo todas as famílias de Ganimedes. O senado da terra aceitou o pedido de intervenção de Elisa e invadiu a lua desequilibrando o conflito.  O chefe das três famílias foram exilados juntamente com o Paredro para longínquos planetas além de nosso sistema solar. Novas criaturas seriam contatadas e talvez novos conhecimentos fossem incorporados a velha cultura. Esse era um castigo digno. Um castigo que faria enriquecer a raça.

As três famílias foram proibidas de se envolver em política nos cem anos seguintes desestimulando novas tentativas de conspiração tendo como objetivo somente o poder.

Descobriu-se que o governo segurava a terraformação para poder cobrar imposto sobre o oxigênio respirável e decidiu-se que em vez de cinquenta anos para o término dos trabalhos tudo seria concretizado em apenas seis meses. Em consequência disso a fazenda de End triplicou o preço em poucas horas.

End estava ansiosa naquela primeira manhã de paz. Elisa e o bisneto deveriam chegar a qualquer momento e na sala os convidados esperavam ansiosos pelo aniversariante. Os festejos apesar do atraso deixaria uma lembrança indelével na memória daquele garoto que apesar da pouca idade já era um líder de homens. Fazia jus ao sangue de sua família.

Os senadores na tentativa de homenagear Elisa, que não aceitara homenagem no senado, trouxeram os filhos e muitos presentes numa demonstração inequívoca de amizade e respeito.

 End que estava frente à janela olhando para fora volveu a cabeça e com gestos enérgicos pediu silêncio. Acabara de ver a nave surgir no horizonte.

– Eles terão uma grande surpresa.

Murmurou feliz dando uma última olhada para ver se todos estavam escondidos.

Fim

Caro leitor,

Aguarde meu novo conto. O próximo não será ficção científica… Obrigado pela companhia.

Abraços.

Milton

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