Ilusão – As prisões de Maya

 

Ilusão – As prisões de Maya

Silêncio nesses dias sinistros que meu coração navega, por universos que nunca imaginei navegar. Leio o “Guardador de Rebanhos” de Fernando Pessoa, navego em minhas luxurias. E cadê o Sol nesse dia de domingo? Dente quebrado, alma despida de segredos. Eu, Eu maior, Eu superior!
Quem sou nestes diversos universos? Cada vez mais só no desvendar de almas, dragões, répteis e pássaros.
Quem somos na vastidão das estrelas? Mergulho em meus sonhos, vago em minhas lembranças. Sou eu Deus!
Os gnósticos primitivos nos mostraram em seus livros, o caminho da solidão. Humano, humano, navego dentro de meus sonhos, pactos quebrados, canções por escrever e cantá-las só para mim.
Não te ouso dizer nada desse caminhar, solidão, solidão, solidão.
Velhos amigos vivos, em meus sonhos sempre os aviso de suas mortes. Quem sabe eu, já esteja morto? E aqui mero sonho, ilusão, matrix.
Eu, Eu Maior, Eu Superior. Vejo-me numa antiga nave a banhar-me. Não sou. Mera sombra!

Joka Faria
João Carlos Faria
Junho de 2018

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