OSCAR 2023 – Comentários sobre todas as categorias

 OSCAR 2023

* BEST PICTURE* 
* MELHOR FILME*

* Vencedor: Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Também concorriam:

* All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front)
* Avatar: The Way of Water (Avatar: O Caminho da Água)
* The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin)
* Elvis
* The Fabelmans (Os Fabelmans)
* Tár
* Top Gun: Maverick
* Triangle of Sadness (Triângulo da Tristeza)
* Women Talking (Entre Mulheres)

Daltopinião: quando as indicações ao Oscar saíram e Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo apareceu concorrendo a 11 estatuetas, a dúvida que ficou era… Hollywood vai mesmo se render a essa incrível catarse totalmente insana e sem igual que é este filme, ou ele vai fazer como outros no passado, que recebiam várias indicações e saíam com as mãos abanando? Mas para o bem do Cinema, não é que essa película sui generis acabou mesmo sendo a grande vencedora da noite? Ela tinha minha torcida, mas confesso que achava que os vencedores do Globo de Ouro, Os Banshees de Inisherin e Os Fabelmans, filmes “normais”, do feitio que a Academia gosta de premiar, tinham mais chance aqui também… mas que nada! A cerimônia acabou mesmo por consagrar a (boa) insanidade em forma de Sétima Arte, um dos filmes mais criativos, malucos e divertidos já criados. Hollywood evoluiu, e o Cinema agradece!

*DIRECTING* 
*MELHOR DIRETOR*

* Vencedor: Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Também concorriam:

* Martin McDonagh, por The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin)
* Steven Spielberg, por The Fabelmans (Os Fabelmans)
* Todd Field, por Tár
* Ruben Östlund, por Triangle of Sadness (Triângulo da Tristeza)

Daltopinião: aqui o favorito era o gênio Steven Spielberg, vencedor do Globo de Ouro nesta categoria por seu trabalho impecável em Os Fabelmans, mas a dupla de Daniels, cineastas debutando em seu primeiro grande filme, acabou arrebatando a estatueta dourada, com todo o merecimento possível. Dirigir um filme tão peculiar, com tantas histórias paralelas que acabam convergindo entre si, não é para qualquer um, e a dupla entregou um trabalho coeso e do mais alto nível, sem o qual o filme poderia ter se perdido. Eles vieram para ficar!

 

* ACTOR IN A LEADING ROLE* 
* MELHOR ATOR*

* Vencedor: Brendan Fraser, por The Whale (A Baleia)

Também concorriam:

* Austin Butler, por Elvis
* Colin Farrell, por The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin)
* Paul Mescal, por Aftersun
* Bill Nighy, por Living

Daltopinião: tínhamos aqui três grandes concorrentes… Austin Butler, vencedor do Globo de Ouro (Melhor Ator em Filme – Drama) por sua incrível personificação do Rei do Rock, Elvis; Colin Farrell, também vencedor do Globo de Ouro (Melhor Ator em Filme – Cómedia/Musical) por sua profunda interpretação em Os Banshees de Inisherin, e Brendan Fraser, vencedor do Bafta, por sua notável atuação em A Baleia, onde vive um professor recluso que tenta se reconectar com sua filha adolescente, enquanto tem que lidar com uma obesidade mórbida. E o Oscar ficou mesmo com Fraser, neste que foi o papel de sua vida, como o próprio ator já havia dito. Depois de anos de ostracismo e dado como acabado, essa foi uma das maiores voltas por cima que Hollywood já viu. Vitória merecida!

 

* ACTRESS IN A LEADING ROLE* 
* MELHOR ATRIZ*

* Vencedora: Michelle Yeoh, por Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Também concorriam:

* Cate Blanchett, por Tár
* Ana de Armas, por Blonde
* Andrea Riseborough, por To Leslie
* Michelle Williams, por The Fabelmans (Os Fabelmans)

Daltopinião: a disputa aqui verdadeiramente se resumia a duas atrizes… a grandiosa Cate Blanchet, por seu espetacular trabalho em Tár, e a incrível Michelle Yeoh, grandíssima atriz que havia começado a ter seu talento reconhecido ao vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia/Musical. Mas Blanchet havia vencido o mesmo prêmio por Melhor Atriz em Drama… a veterana atriz da Malásia tinha minha torcida, apesar de eu considerar a australiana como favorita para levar seu terceiro Oscar para casa. Mas a laureada acabou mesmo sendo Michelle Yeoh, com toda a justiça do mundo, por sua atuação magnífica em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo. Seu discurso emocionado e belíssimo entrou para a história da Academia.

 

* WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)* 
* MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*

* Vencedor: Daniel Kwan & Daniel Scheinert, por Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Também concorriam:

* Martin McDonagh, por The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin)
* Steven Spielberg & Tony Kushner, por The Fabelmans (Os Fabelmans)
* Todd Field, por Tár
* Ruben Östlund, por Triangle of Sadness (Triângulo da Tristeza)

Daltopinião: um detalhe interessante aparecia nesta categoria… todos os roteiristas haviam também dirigido seus respectivos filmes. Martin McDonagh havia vencido o Globo de Ouro por Os Banshees de Inisherin, e tinha leve favoritismo aqui, mas seguido bem de perto por Steven Spielberg & Tony Kushner, além de Daniel Kwan & Daniel Scheinert. E a vitória coube mesmo aos Daniels, que se consagraram como os grandes vencedores da noite, tendo seu longa sido laureado em diversas categorias. De criadores de videoclipes premiados a criadores de um filme mega oscarizado!

 

* WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)* 
* MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*

* Vencedor: Sarah Polley, por Women Talking (Entre Mulheres)

Também concorriam:

* Edward Berger, Lesley Paterson & Ian Stokell, por All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front)
* Rian Johnson, por Glass Onion: A Knives Out Mystery (Glass Onion: Um Mistério Knives Out)
* Kazuo Ishiguro, por Living
* Ehren Kruger, Eric Warren Singer & Christopher McQuarrie, por Top Gun: Maverick

Daltopinião: a favorita era mesmo Sarah Polley, por sua grande adaptação do livro homônimo de Miriam Toews. Um roteiro intimista, sobre um grupo de mulheres de uma comunidade cristã isolada, a lutar contra os abusos a que eram submetidas pelos homens da comunidade. O Oscar foi para as mãos certas.

 

* ACTOR IN A SUPPORTING ROLE* 
* MELHOR ATOR COADJUVANTE*

* Vencedor: Ke Huy Quan, por Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Também concorriam:

* Brendan Gleeson, por The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin)
* Brian Tyree Henry, por Causeway (Passagem)
* Judd Hirsch, por The Fabelmans (Os Fabelmans)
* Berry Keoghan, por The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin)

Daltopinião: assim como na premiação de Melhor Ator, aqui temos um caso de incrível volta por cima, aliás, a vida de Ke Huy Quan por si só já daria um filme. Oriundo de uma família de refugiados do Vietnã, acabou escolhido por Steven Spielberg para trabalhar em Indiana Jones e o Templo da Perdição, de 1984, quando tinha apenas ido acompanhar o irmão no teste para o filme. No ano seguinte ele estava em Os Goonies, mas depois disso as ofertas de emprego foram ficando cada vez mais raras, e sempre em papéis estereotipados, o que o levou a desistir da atuação, para só decidir voltar aos 50 anos de idade, em um filme maluco que era uma mistura de drama sobre uma família de imigrantes, aventura de ficção científica insana e filme de ação de super-heróis. O resultado? Um Oscar redentor! E destaque também para seu belíssimo discurso emocionado ao receber a estatueta dourada.

 

* ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE* 
* MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*

* Vencedora: Jamie Lee Curtis, por Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Também concorriam:

* Angela Bassett, por Black Panther: Wakanda Forever (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)
* Hong Chau, por The Whale (A Baleia)
* Kerry Condon, por The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin)
* Stephanie Hsu, por Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo)

Daltopinião: a favorita era Angela Bassett, vencedora do Globo de Ouro por Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, e se saísse vitoriosa seria merecido, mas para a surpresa de todos, a eterna “Scream Queen”, a grande Jamie Lee Curtis, acabou sendo a laureada nesta categoria! Seu trabalho em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo foi mesmo impecável, e fiquei muito feliz ao vê-la subindo ao palco para receber a estatueta dourada, nesta que foi sua primeira nomeação. E seu discurso emocionado também merece ser citado. Uma surpresa mais do que agradável esta categoria nos proporcionou!

 

* ANIMATED FEATURE FILM* 
* LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: Guillermo del Toro’s Pinocchio (Pinóquio), por Guillermo del Toro, Mark Gustafson, Gary Ungar & Alex Bulkley

Também concorriam:

* Marcel the Shell with Shoes On, por Dean Fleischer Camp, Elisabeth Holm, Andrew Goldman, Caroline Kaplan & Paul Mezey
* Puss in Boots: The Last Wish (Gato de Botas 2: O Último Pedido), por Joel Crawford & Mark Swift
* The Sea Beast (A Fera do Mar), por Chris Williams & Jed Schlanger
* Turning Red (Red – Crescer é uma Fera), por Domee Shi & Lindsey Collins

Daltopinião: esse era o prêmio mais previsível, junto com Efeitos Visuais. Mais do que favorita, vencedora de todos os prêmios no ano, a genial animação em stop-motion de Guillermo del Toro não tinha como não levar também o Oscar para casa. Ela reconta a clássica história de Pinóquio, mas saindo do lugar comum e tendo aquela pitada de “escuridão” tão peculiar ao cineasta. Vitória mais do que merecida.

 

* PRODUCTION DESIGN* 
* DESIGN DE PRODUÇÃO (DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS)*

* Vencedor: All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front), por Christian M. Goldbeck (Direção de Arte) e Ernestine Hipper (Cenários)

Também concorriam:

* Avatar: The Way of Water (Avatar: O Caminho da Água), por Dylan Cole & Ben Procter (Direção de Arte) e Vanessa Cole (Cenários)
* Babylon (Babilônia), por Florencia Martin (Direção de Arte) e Anthony Carlino (Cenários)
* Elvis, por Catherine Martin & Karen Murphy (Direção de Arte) e Bev Dunn (Cenários)
* The Fabelmans (Os Fabelmans), por Rick Carter (Direção de Arte) e Karen O’Hara (Cenários)

Daltopinião: aqui tínhamos dois favoritos, que eram Babilônia e Nada de Novo no Front, e a vitória acabou com o grandioso filme alemão da Netflix. Ele entregou uma direção de arte impecável, e reproduziu com perfeição os cenários da 1ª Guerra Mundial. O Oscar desta categoria não poderia estar em mãos melhores.

 

* CINEMATOGRAPHY* 
* FOTOGRAFIA*

* Vencedor: All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front), por James Friend

Também concorriam:

* Bardo, False Chronicle of a Handful of truths (Bardo: Falsa Crônica de Algumas Verdades), por Darius Khondji
* Elvis, por Mandy Walker
* Empire of Light (Império da Luz), por Roger Deakins
* Tár, por Florian Hoffmeister

Daltopinião: o favoritismo decaía aqui para o filme alemão e isso acabou se concretizando. A fotografia de Nada de Novo no Front é soberba, e o trabalho de James Friend, que estava em sua primeira nomeação ao Oscar, foi impressionante a ponto de conseguir encontrar luz no tenebroso mundo da guerra. Vitória merecidíssima.

 

* COSTUME DESIGN* 
* FIGURINO*

* Vencedor: Black Panther: Wakanda Forever (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre), por Ruth Carter

Também concorriam:

* Babylon (Babilônia), por Mary Zophres
* Elvis, por Catherine Martin
* Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), por Shirley Kurata
* Mrs. Harris Goes To Paris (Sra. Harris Vai a Paris), por Jenny Beavan

Daltopinião: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre e Elvis dividiam o favoritismo nesta categoria, e a estatueta acabou indo para as mãos do filme da Marvel, pelo estupendo trabalho de Ruth Carter, que vestiu o povo de Wakanda utilizando seu já conhecido talento no ramo. Ela se tornou a primeira mulher negra a vencer 2 Oscars, já que havia vencido também por melhor figurino em 2019, pelo já clássico Pantera Negra.

 

* FILM EDITING* 
* MONTAGEM*

* Vencedor: Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), por Paul Rogers

Também concorriam:

* The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin), por Mikkel E.G. Nielsen
* Elvis, por Matt Villa & Jonathan Redmond
* Tár, por Monika Willi
* Top Gun: Maverick, por Eddie Hamilton

Daltopinião: um filme insano como Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo dependia muito de um grande processo de montagem para funcionar bem, caso contrário ele poderia simplesmente desandar e se perder pelo multiverso afora… e Paul Rogers se mostrou à altura do trabalho, entregando um trabalho impecável, que muito contribuiu para que o filme atingisse tanto sucesso. Vitória incontestável.

 

* MAKEUP AND HAIRSTYLING* 
* MAQUIAGEM & PENTEADO*

* Vencedor: The Whale (A Baleia), por Adrien Morot, Judy Chin & Annemarie Bradley

Também concorriam:

* All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front), por Heike Merker & Linda Eisenhamerová
* The Batman, por Naomi Donne, Mike Marino & Mike Fontaine
* Black Panther: Wakanda Forever (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre), por Camille Friend & Joel Harlow
* Elvis, por Mark Coulier, Jason Baird & Aldo Signoretti

Daltopinião: Elvis e A Baleia eram os grandes favoritos aqui, mas não posso deixar de citar honrosamente The Batman, em especial pela inacreditável maquiagem do Pinguim, que fez Colin Farrell se tornar completamente irreconhecível. E o Oscar foi merecidamente para o trio Adrien Morot, Judy Chin & Annemarie Bradley, principalmente para a impressionante maquiagem feita em Brendan Fraser, que demorava cerca de 7 horas no total, sendo metade disso apenas para o rosto. Impossivel questionar este resultado.

 

* MUSIC (ORIGINAL SCORE)* 
* TRILHA SONORA ORIGINAL*

* Vencedor: All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front), por Volker Bertelmann

Também concorriam:

* Babylon (Babilônia), por Justin Hurwitz
* The Banshees of Inisherin (Os Banshees de Inisherin), por Carter Burwell
* Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), por Son Lux
* The Fabelmans (Os Fabelmans), por John Williams

Daltopinião: o pianista alemão Volker Bertelmann, também conhecido pelo pseudônimo Hauschka, já havia vencido o Bafta pela grandiosa trilha sonora de Nada de Novo no Front, e conseguiu aqui uma honraria ainda maior do que levar a estatueta para casa, que foi vencer o maior compositor da história do Cinema, o inigualável John Williams, indicado incontáveis vezes e laureado em cinco delas. Hauschka fez por merecer a premiação, entregando uma trilha enriquecedora para o já clássico filme de guerrra.

 

* MUSIC (ORIGINAL SONG)* 
* CANÇÃO*

* Vencedor: RRR, por “Naatu Naatu”. Música de M.M. Keeravaani; Letra de Chandrabose

Também concorriam:

* Tell It like a Woman, por “Applause”. Música e Letra de Diane Warren
* Top Gun: Maverick, por “Hold My Hand”. Música e Letra de Lady Gaga & BloodPop
* Black Panther: Wakanda Forever (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre), por “Lift Me Up”, Música de Tems, Rihanna, Ryan Coogler & Ludwig Goransson;
Letra de Tems & Ryan Coogler
* Everything Everywhere All At Once (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), por “This is a Life”. Música de Ryan Lott, David Byrne & Mitski;
Letra de Ryan Lott & David Byrne

Daltopinião: difícil entender o motivo da Índia não ter indicado RRR na categoria de Filme Internacional… mas ele deu um jeito de estar presente na cerimônia, como Melhor Canção. Tinha concorrentes de enorme peso, como as divas Lady Gaga e Rihanna, mas mesmo assim conseguiu sair como o grande vencedor, com “Naatu Naatu”. O discurso de vencedor foi um show à parte, sendo totalmente cantado! Genial…

 

* VISUAL EFFECTS* 
* EFEITOS VISUAIS*

* Vencedor: Avatar: The Way of Water (Avatar: O Caminho da Água), por Joe Letteri, Richard Baneham, Eric Saindon & Daniel Barrett

Também concorriam:

* All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front), por Frank Petzold, Viktor Müller, Markus Frank & Kamil Jafar
* The Batman, por Dan Lemmon, Russell Earl, Anders Langlands e Dominic Tuohy
* Black Panther: Wakanda Forever (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre), por Geoffrey Baumann, Craig Hammack, R. Christopher White & Dan Sudick
* Top Gun: Maverick, por Ryan Tudhope, Seth Hill, Bryan Litson & Scott R. Fisher

Daltopinião: aqui um prêmio que todos já sabiam de antemão quem seria o vencedor… sim, todos os demais concorrentes contavam com grandes efeitos visuais, mas convenhamos, não há como vencer esta saga de James Cameron quando ela está presente, simplesmente pelo motivo de que enquanto os demais USAM incríveis efeitos visuais, Avatar CRIA incríveis efeitos visuais que sequer existiam antes dele. Oscar incontestável.

 

* SOUND* 
* MELHOR SOM*

* Vencedor: Top Gun: Maverick, por Mark Weingarten, James H. Mather, Al Nelson, Chris Burdon & Mark Taylor

Também concorriam:

* All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front), por Viktor Prášil, Frank Kruse, Markus Stemler, Lars Ginzel & Stefan Korte
* Avatar: The Way of Water (Avatar: O Caminho da Água), por Julian Howarth, Gwendolyn Yates Whittle, Dick Bernstein, Christopher Boyes,
Gary Summers & Michael Hedges
* The Batman, por Stuart Wilson, William Files, Douglas Murray & Andy Nelson
* Elvis, por David Lee, Wayne Pashley, Andy Nelson & Michael Keller

Daltopinião: todos os concorrentes eram fortíssimos, Avatar dispensa comentários, The Batman, Elvis e Nada de Novo no Front entregaram grandes trabalho de captação e mixagem de som, mas a vitória for para as mãos certas, para a surpreendente obra-prima nostálgica que foi essa sequência de Top Gun… voamos juntos com Maverick e ao menos nesta categoria, vencemos juntos com ele!

 

* INTERNATIONAL FEATURE FILM* 
* LONGA-METRAGEM INTERNACIONAL*

* Vencedor: All Quiet on The Western Front (Nada de Novo no Front) – Alemanha

Também concorriam:

* Argentina, 1985 – Argentina
* Close – Bélgica
* EO – Polônia
* The Quiet Girl (A Menina Silenciosa) – Irlanda

Daltopinião: a disputa aqui se resumia a dois concorrentes… a película alemã e a argentina. A primeira era um épico da I Guerra Mundial e a segunda contava a história verídica de dois corajosos promotores públicos que ousaram investigar e processar a sangrenta ditadura militar da Argentina, em 1985. No Globo de Ouro o vencedor havia sido Argentina, 1985 mas Nada de Novo no Front concorria até na categoria Melhor Filme, o que o tornava o maior favorito, e isso acabou mesmo se confirmando, com a estatueta dourada indo para o grande filme de Edward Berger, que nos mostra a realidade nua e crua da guerra, onde não existem heróis, apenas vítimas.

 

* DOCUMENTARY FEATURE* 
* DOCUMENTÁRIO*

* Vencedor: Navalny, por Daniel Roher, Odessa Rae, Diane Becker, Melanie Miller & Shane Boris

Também concorriam:

* All That Breathes, por Shaunak Sen, Aman Mann & Teddy Leifer
* All The Beauty and the Bloodshed, por Laura Poitras, Howard Gertler, John Lyons, Nan Goldin & Yoni Golijov
* Fire of Love, por Sara Dosa, Shane Boris e Ina Fichman
* A House Made of Splinters, por Simon Lereng Wilmont & Monica Hellström

Daltopinião: o favorito acabou mesmo como o vencedor nesta categoria. Navalny conta a história de Alexei Navalny, o líder da oposição russa que foi envenenado e preso pelo governo de Vladimir Putin. Destaque para o discurso do vencedor, onde a a esposa de Navalny, Yulia Navalnaya, subiu ao palco junto com o diretor Daniel Roher e sua equipe, e fez um pronunciamento emocionado, dizendo que o marido foi preso apenas por defender a democracia e dizer a verdade.

 

* DOCUMENTARY SHORT SUBJECT* 
* DOCUMENTÁRIO – CURTA*

* Vencedor: The Elephant Whisperers (Como Cuidar de Um Bebê Elefante), por Kartiki Gonsalves por Guneet Monga

Também concorriam:

* Haulout, por Evgenia Arbugaeva & Maxim Arbugaev
* How do You Measure a Year?, por Jay Rosenblatt
* The Martha Mitchell Effect, por Anne Alvergue & Beth Levison
* Stranger at the Gate, por Joshua Seftel & Conall Jones

Daltopinião: Como Cuidar de Um Bebê Elefante era o favorito, e para alegria dos amantes de animais (como este que vos escreve), saiu mesmo como o grande vencedor. Este documentário que pode ser encontrado na Netflix é feito sob medida para quem se emociona com a relação com animais, e conta a história de um casal do sul da Índia que se dedica a cuidar de um bebê elefante órfão.

 

* SHORT FILM (ANIMATED)* 
* CURTA DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: The Boy, the Mole, the Fox and the Horse (O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo), por Charlie Mackesy & Matthew Freud

Também concorriam:

* The Flying Sailor, por Amanda Forbis & Wendy Tilby
* Ice Merchants, por João Gonzalez & Bruno Caetano
* My Year of Dicks, por Sara Gunnarsdóttir & Pamela Ribon
* An Ostrich Told Me the World is Fake and I Think I Believe It, por Lachlan Pendragon

Daltopinião: novamente o favorito acabou saindo vencedor… O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo é um curta de animação britânico-estadunidense, que dispõe de uma bela técnica com traços delicados, e conta a história de um menino que se perde no caminho de volta para casa, e na jornada vai se encontrando com os animais do título. Baseado no livro homônimo de Mackesy, de 2019.

 

* SHORT FILM (LIVE ACTION)* 
* CURTA-METRAGEM*

* Vencedor: An Irish Goodbye, por Tom Berkeley & Ross White

Também concorriam:

* Ivalu, por Anders Walter & Rebecca Pruzan
* Le Pupille, por Alice Rohrwacher & Alfonso Cuarón
* Night Ride, por Eirik Tveiten & Gaute Lid Larssen
* The Red Suitcase, por Cyrus Neshvad

Daltopinião: An Irish Goodbye já havia vencido o Bafta e era o favorito a vencer o Oscar de Melhor curta também, o que acabou se concretizando. Ele conta a história de dois dois irmãos separados que se reencontram na zona rural da Irlanda do Norte, após a morte prematura de sua mãe.

DALTO FIDENCIO   
nils satis nisi optimum

4 Comentários

  1. Dalto, ainda estou lendo suas opiniões, mas vou dizer uma coisa – também fiquei muito surpresa com o filme vencedor. Acho que foi um dos únicos que assisti bem antes e fiquei maior perdida de tão insano que é. Mas foi uma enorme surpresa esse tipo de coisa rolar na indústria do cinema em Hollywood.
    Muito boa essas mudanças de paradigmas…
    Obrigada Dalto, por esse trabalho tão especial e imperdível que você faz todo ano. Amo essas Daltopiniões. Muitas estrelas para você!
    E parabéns, Poeta!

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